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Parenthood – 5×14 You’ve Got Mold

Por: em 24 de janeiro de 2014

Parenthood – 5×14 You’ve Got Mold

Por: em

Os roteiristas de Parenthood deram um jeito de iniciar o hiato de um mês da série de uma maneira cruel. “You’ve Got Mold” terminou da maneira que não desejávamos: na separação de Joel e Julia.

Foi doloroso assistir a todo o processo de desmoronamento deste jovem casal. É nítido que a falta de diálogo é a grande vilã deste fim, visível até no desesperado pedido de segunda chance de Julia, e na recusa irrefutável de Joel em ouvi-la.  Em um casamento com filhos as escolhas não são tomadas simplesmente em prol do bem estar de um ou outro indivíduo, digo isto porque é um tremendo egoísmo não tentar solucionar os problemas pelas crianças. São elas que sofrem, que caem de rendimento na escola, que não dormem bem. Os filhos são um fruto deste casamento de Joel e Julia. Victor então foi uma batalha que o casal venceu junto e que agora é deixado de lado por uma simples falta de vontade de tentar resolver.  A verdade em toda esta história é que o casal Joelia representa exatamente o que vamos vendo com muita frequência em jovens casais: a falta de tolerância. Os índices de divórcio hoje são tão altos em todo o mundo que o significado da palavra casamento vem perdendo força, porque ao simples sinal de uma crise, uma breve separação é a solução dos problemas. Depois ficamos nos perguntando porque a palavra cumplicidade faz muito mais sentido quando nos referimos ao casamento dos nossos avós, ou de alguns de nossos pais, já que na época deles a opção de se unir a alguém não vinha com a possibilidade de desistir. Todos erram, todos cansam, todos se chateiam, uma ou várias vezes durante um relacionamento, mas a tolerância deve ser inversamente proporcional a diminuição da paixão ao longo dos anos, pois é ela que anda de mãos dadas com o amor. Que o plot de Joel e Julia (que claramente ainda não terminou) permita aos fãs de Parenthood uma reflexão um pouco mais profunda sobre o significado do casamento.

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Joel e Julia nitidamente emburrados com o sermão da autora do post.

Deixando o melodrama e as reflexões de lado, neste episódio tivemos a volta de um enredo totalmente voltado para Kristina. E que falta ela faz. Mônica Potter sabe entregar para a personagem a dosagem ideal de razão e de emoção. Eu pessoalmente adoro quando Kristina toma para ela própria as causas de outras mães de crianças com problemas, porque ela sempre aprende algo novo para Max. Neste episódio, após a atitude irresponsável e inadmissível do professor de história em optar por tirar Max da sala para não prejudicar os outros alunos, a Sra. Braverman teve a espetacular ideia de criar uma escola para crianças especiais. Não sei até que ponto ela e Adam seguirão em frente, mas depois de se candidatar a prefeitura e quase ganhar, nada é impossível para Kristina Braverman.

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Kristina e Adam em defesa dos fracos e oprimidos.

Para Sarah é claro que a relação profissional com Hank teria várias pedras pelo caminho. O fato do fotógrafo ter uma leve propensão, ainda que não confirmada, para algum grau de autismo, não permite que ele tente e queira sair de sua zona de conforto. E sua técnica fotográfica perfeita, porém engessada (que o levou a perder a vaga de emprego para a ex-namorada) iria prejudicar o que Sarah tem de melhor, que é sua ousadia. É claro que as fotos de surf ficariam melhores externas (afinal até o pequeno Max viu isto), mas o medo de Hank em perder tempo e errar iria colocar tudo a perder. Para a nossa alegria o personagem de Ray Romano ouviu os conselhos de seu pimpolho, e fez com Sarah uma bela sessão de fotos a céu aberto, o que me deixa ainda mais a vontade para afirmar que Max e Hank fazem uma excelente dupla.

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A luz do dia realmente faz a diferença Hank.

E que delícia é ver Crosby de volta na tela. Com um plot simples, que envolvia a saída de casa para resolver problemas de mofos na parede, foi possível ver que a constante batalha do Braverman com a maturidade ainda não acabou. As decisões de Crosby ainda tem que ser respaldadas por seu irmão mais velho Adam e sua adorável esposa Jasmine, mas é possível ver que ele aprende com cada passo que dá. Quem diria que veriamos um Crosby pai de família e responsável como vemos agora?

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Mr. Crosby e seu conselheiro Adam.

Por fim, como uma maneira de acalmar nossos corações com tanta polêmica para cima de Joel e Julia, os roteiristas nos presentearam com um tenro enredo para Zeek e Camille. É possível entender a dificuldade do personagem de Craig T. Nelson em abrir mão de sua própria casa, e resolver vendê-la foi uma prova de puro amor a sua Camille (e também uma nítida tentativa de não perdê-la). Mas depois de receber toda a família de Crosby (e de quebra uma Julia completamente desamparada) para abrigar em sua casa , não tenho certeza que essa decisão será tão simples assim. E algo me diz que os filhos, mais uma vez, vão entrar no meio dessa confusão.

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Zeek vai ceder ao charminho de Camille?

Para nossa tristeza, Parenthood só volta dia 27 de fevereiro! Será que dá para segurar a ansiedade até lá?

Até a próxima!

 


Marina Sousa

Mineira radicada em SP. Pão de queijo + séries + música. É fã de listas, maratonas e, claro, trilhas sonoras.

São Paulo/SP

Série Favorita: Friends

Não assiste de jeito nenhum: Lost

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