Person of Interest – 2×11 2πR | Apaixonados por Séries

Person of Interest voltou do hiato (foi pequeno, não? O suficiente para que tivéssemos nossas festas de fim de ano.) com uma história tranquila, começando pouco depois de onde o último episódio acabou, com o Mr. Reese chegando na prisão, trocando o seu querido terno por um outro, alaranjado. Me pergunto como o Finch colocou aquele celular lá dentro da cela que o John ficou, antes mesmo dele chegar lá. E como ele disse, a prisão não seria um empecilho para o super talentoso Harold Finch.

Voltaremos ao caso do John mais tarde, quero começar a review com o personagem chave dela: Harold Finch. Com o Reese em Rikers (a prisão em New York) Mr. Finch tem que cuidar do número, do caso da semana, sem o seu fiel companheiro, tem que fazer justiça com suas próprias mãos e isso significa sair do seu esconderijo, ir fazer o trabalho de campo.

O número era de um garoto, Caleb Phipps (Luke Kleintank), que perdeu o irmão uns dois anos antes, de uma forma muito suspeita, e desde o início a gente já sabia que isso teria algo a ver com o número dele ter sido escolhido pela máquina. No principio fiquei um pouco incomodada com o ator que interpreta Caleb. Luke interpreta um dos internos em Bones , um que eu particularmente odeio e achei que isso poderia interferir com a minha percepção do episódio, mas felizmente descobri que o meu desgosto é mais pelo personagem do que pelo ator. Ele não é excelente (ainda tem chance de melhorar, ele é novo ainda), mas não prejudicou de forma alguma o episódio.

Foi interessante ver o Finch como um professor, sempre o imaginei com uma posição como essa, mas na universidade, não no colegial. E ele abordou um assunto que gosto muito em sua aula, o número Pi e os fractais, mas isso não importa. O que importa é que ele conseguiu um pouco da atenção do Caleb, ele viu que o Finch não era um daqueles professores chatos, mas eu ficaria um pouco preocupada com um professor sempre aparecendo perto de mim. Parece assédio, não?

O mais interessante foi descobrir mais do Finch, porque ele é o hacker que nunca foi preso, não é? Quando o professor de computação começa a falar sobre esse Hacker, ele dá um sorrisinho, meio envaidecido na verdade, um pouco orgulhoso também. Nessa hora achei que ele era o Hacker, mas como o Harold é discreto e o Michael Emerson um excelente ator, tive uma dúvida sobre isso, havia uns 3% de chance dele não ser o famoso hacker. Mas com as dicas que deu para o Caleb, e com o que sabia sobre a história não restou nenhuma dúvida.

Essa temporada está se tornando a temporada do Harold Finch, a cada episódio descobrimos um fragmento do seu passado. Mesmo que esse não seja um fragmento, seja um pedaço e tanto. Provavelmente dessas atividades veio todo o seu dinheiro, que ele gasta sem miséria a cada novo caso que surge. Além de mostrar também que ele se arrependeu de ter sumido, de um dia ter pensado que o seu desaparecimento era melhor para sua esposa do que deixa-la saber a verdade. E talvez até tenha outras pessoas que ele deixou pra trás. O fato que Caleb serviu como um espelho de sua própria história, um garoto inteligente, que desenvolveu um programa revolucionário, tem muito potencial e está pensando em abandonar tudo, por acreditar que seja melhor para todos.

Finch teve medo de colocar em risco a segurança de sua esposa quando vendeu o programa para o governo, quando estava trabalhando secretamente e decidiu que era melhor para ela se ele morresse. Ele não chegou ao extremo de pensar em realmente morrer, mas para a esposa isso não faz diferença, não é mesmo? E para Finch é uma dor constante, porque alguns episódios para trás ele estava seguindo a esposa de longe, deu a impressão de fazer isso com frequência, e não abre possibilidade para aparecer alguém novo em sua vida.

Gostei muito do Harold contando com o apoio do Fusco. Dessa vez não teve, HR, Elias, nada que atrapalhasse o desempenho do detetive. Fusco é sempre engraçado, mesmo quando não tem falas engraçadas. Ele interrogando o policial de transito foi engraçado à sua maneira, Fusco tentando dar uma lição de moral. E depois ele seguindo o dinheiro e se encontrando com o Finch na esquina, foi uma cena divertida, que deu um alivio cômico para Person of Interest esta semana.

O lado bom e ruim do episódio foi o Mr. Reese. John foi preso e o lado bom é que não o soltaram logo, só as evidencias adulteradas pela Carter e Finch não foram o suficiente. Agora ele não está com problemas com a polícia de New York, mas com o FBI e o agente Donnelly não é bobo, sabe que tem armação aqui. O problema é que apesar de estar com o cara certo atrás das grades, ele está muito longe da verdade, e a Carter vai fazer de tudo para que ele continue nesse caminho. Como ela mesmo disse, ela já cruzou essa linha moral, agora acredita na causa dos dois e além disso, está tão envolvida que tem que se salvar também. Infelizmente o Donnelly só confia nela.

Como não resolveram tudo nessa semana, nos próximos episódios teremos mais do John na prisão, e se nesse episódio ele não teve nenhuma confusão, no próximo deve ter. Esse foi o único ponto da fórmula de Person of Interest que não seguiu o normal, não teve nenhuma briga do John nesse episódio. Vai ser interessante se mostrarem o interrogatório dele, quero ver como a Carter vai se sair porque ela é uma boa interrogadora, John um bom “resistente”. Vai ser um bom embate, até porque os dois sabem a verdade.

Enfim, foi diferente ver que o caso da semana a pessoa não era nem vítima nem culpado e que o Finch conseguiu seguir sozinho com a ajuda, bastante competente, do Fusco. Foi um bom episódio, sem muita ação ou suspense. Não foi o melhor, mas foi bom saber um pouco mais sobre o Finch.

PS.: Senti falta do Bear.