Quem é Wendy Scott-Carr? Foi com esta pergunta nas mentes dos telespectadores que The Good Wife encerrou o episódio da semana passada, Cleaning House. Eli Gold, com certeza, também ficou intrigado com a reviravolta na história que tinha nas mãos. Um terceiro candidato apareceria para aumentar a briga entre Childs e Peter, mas, com a ajuda de Diane, ele tirara de sua frente este empecilho na campanha. Só eu achei muito fácil? E é óbvio que teve motivo!
Wendy Scott-Carr apareceu pela primeira vez na trama jurídica de The Good Wife no episódio passado, em Breaking Fast. Como assistente da promotoria no interrogatório que Alicia fez com Childs, Wendy figurou boa parte das cenas e foi o personagem que os roteiristas utilizaram para fomentar a disputa pelo posto de promotor de Chicago. E a maior carta que ela tem na manga, com certeza, é por ser a primeira mulher a se candidatar e, assim, ter a possibilidade de limpar a casa (governo) dos escândalos e corrupções que tanto Childs, Peter e passados promotores tiveram enquanto o cargo ocuparam.
Mais um episódio sem igual para a lista de episódios sensacionais da série. Todos os personagens estiveram em boas performances e aqui abro espaço para falar em especial sobre dois: Cary e Kalinda. Nunca escondi o meu apreço pelo personagem da Archie Panjabi e sempre achei um dos pontos altos dos episódios de TGW. No entanto, achei forte as cenas que sua Kalinda protagonizou neste episódio. Salvo, somente no caso deste segredo envolvendo o nome Leela ser uma coisa extremamente fora do normal para ter despertado tanta raiva na investigadora. A sorte do Blake era que o carro não era de sua propriedade, e sim de uma locadora de carros. Quer dizer, sorte não seria a palavra mais adequada, mas, é a que mais se aproxima do que ele teve após o ato explosivo de Kalinda. Eu acho que os roteiristas estão conduzindo muito bem a trama dos dois investigadores. Foi bom ter finalmente visto um jogando na cara do outro os podres que eles já descobriram.
Já sabemos que Blake e Will tem um passado obscuro juntos – e talvez mais obscuro do que jamais esperamos, pois envolve uma arma de grande porte e um possível assassinato! – e que Kalinda não é filha de imigrantes árabes como sempre dissera. O negócio é esperar para ver o que os roteiristas reservam para os fãs.
Já no caso de Cary – que graças ao seu intérprete Matt Czuchry só tem crescido a cada episódio na trama -, o comentário é meio pessoal. Cansei. Cansei dos plots dele. As cenas que Czuchry e Panjabi protagonizaram em Breaking Fast, onde ele pergunta à investigadora se ele sente falta dela e ela diz que sim, são totalmente opostas às deste episódio, onde o franzino recém-formado advogado que agora trabalha na promotoria e acha que pode chega a ser um pé no saco com Alicia. O interrogatório que ele fez à ex-amiga(?), nossa good wife, foi uma situação…. escrota.
Vamos ao interrogatório e seus motivos. Enquanto ainda promotor de Chicago, Peter havia concedido à Alicia, ainda no primeiro caso de sua carreira, algumas informações extraoficiais sobre este tal caso. Mas, Alicia nunca havia pedido aquelas informações. No episódio passado, ao entrevistar Childs, Alicia descobriu que o promotor havia falhado enquanto promotor e, assim, teria deixado uma informação importantíssima ter prejudicado uma pessoa inocente, no caso do atirador. Um acordo foi feito, o dinheiro pago ao filho do homem acusado injustamente e uma cláusula salientava o sigilo desta operação toda. Ambos os acordos foram firmados e cumpridos por ambas as partes envolvidas – Alicia e Childs.
Entretanto, a informação vazou e foi parar num jornal. Então, eis que o interrogatório volta à cena. Cary quis provar com ele que da mesma forma que Alicia recebera informação de um de seus casos, no primeiro caso de sua carreira, ela teria quebrado o acordo e vazado informações que ajudariam Peter e sua trupe na campanha! E se fosse provado que Alicia teria realmente vazado este material, ela perderia – trazendo para a realidade brasileira- sua carteira da OAB.
Vale lembrar que uma das pessoas que estavam na sala, na reunião, era Wendy – na situação, assistente do escritório de Childs – e, ao final do episódio, é ela quem anuncia a candidatura para a promotoria de Chicago. Com a entrada desta nova figura na disputa, as coisas ficarão, no mínimo, mais quentes. Encontro vocês na review do episódio VIP Treatment, exibido ontem nos Estados Unidos.
ps.: mais uma jornalista entrou pra lista de jornalistas que o Will pegou! E a jornalista desta vez foi a talentosíssima Elizabeth Reaser, que nos presentou com sua minúscula participação no episódio com Tammy.
ps².: Julianna Margulies prova que é uma excelente atriz quando, mesmo calada, sem dizer uma só palavra, consegue passar tudo o que precisava passar. Na cena em que Will a salva do interrogatório, é visível o quanto sua Alicia estava aliviada por ter sido tirada daquela fria! Mais e mais pontos para TGW!
ps³.: Esqueci de mencionar no post as grandes participações das atrizes Kate Burton (a grande Ellis Grey, mãe da nossa querida Meredith em Grey’s Anatomy) e Mamie Gummer (a loirinha que se faz de tonta, que já havia aparecido num caso anterior em TGW).
