Perdoem-me por ter atrasado as últimas reviews, galera. E perdoem-me roteiristas por ter demorado tanto a ver esses episódios per-fei-tos. Inclusive, mil desculpas por ter reclamado de The Good Wife nessa segunda metade da temporada. A minha justificativa é que eu não esperava uma reviravolta tão fantástica nesta reta final.
Dois principais pontos refletem a sutileza com que o roteiro amarra suas tramas: Alicia está novamente apoiando a candidatura de Peter, fazendo o seu papel de boa esposa e Cary retorna à Lockhart and Gardner. Não aprovo a primeira escolha, mas tudo nesta temporada conspirou para isso. Não é de hoje que os roteiristas estão cantando essa música, muito pelo contrário.
Não é segredo pra ninguém que ver Alicia num palanque ao lado de Peter é um absurdo pra mim. Quando a série estreou, eu queria muito ver como eles iriam retratar a esposa que perdoa tudo e se dispõe a aparecer na TV novamente pelo marido, e aí está. Se Alicia ama Peter, não sei. O que sei é que seu destino está amarrado ao dele. E de forma muito bem construída, The Good Wife traçou seu caminho até o momento em que ela retoma ao seu papel de “boa esposa”, afinal, isso representa muito bem uma boa esposa – aquela que supera os próprios sentimentos pelo marido, pelos filhos e pela sociedade.
Devemos isso ao personagem de Matthew Perry que, a princípio, não parecia que teria tanta importância assim na trama, mas foi absurdamente genial colocá-lo como antagonista de Peter, manipulador e mal caráter. Isso fez com que Alicia tomasse uma atitude, não em relação ao casamento (pelo menos ainda), mas em relação à candidatura de Peter.
Não sei se rio ou choro quando vejo Jackie tentando “proteger” Peter, é quase uma dramédia essa relação dela com Alicia e o (ex) marido. Fiquei surpresa dela ter comprado a casa em que o filho morava, mas é bem a cara dela fazer isso. O bom é que Alicia é a nobreza em pessoa, porque qualquer outra nora teria envenenado a sogra!
Pants on Fire me deixou com uma dor no coração, no entanto. Not cool o que fizeram com Eli e Vanessa, não foi legal mesmo. Lógico que ele escolheria Peter, mas como explicar isso pra ex esposa, justo agora que as coisas ficaram mais fáceis?! Não gostei, galera.
The Penalty Box foi um dos melhores episódios da série, sem dúvida entra num top 10 (se é que é possível fazer um top desses!). Lockhart and Gardner pode não ser a firma que mais fatura, mas sem dúvida é a mais procurada por clientes com casos impossíveis. A reputação da firma ao ganhar casos como o de Will e o Grand Júri, Alicia e o tesouro e diversas ações coletivas, tem rendidos bons contratos e bons clientes. Nada mal então adicionar à lista um juiz que foi suspenso por ter supostamente conduzido errado um processo quando era promotor, vinte anos atrás.
Juiz Cuesta: Você acredita em inferno?
Diane: Não.
Juiz Cuesta: Nem eu. Mas quando encontro advogados, mudo de ideia.
Só quando revi o episódio percebi que ele não era inocente. Foi um erro inocente, a defesa inclusive tentou justificar, mas não muda o fato de que ele errou sim, embora durante todo o planejamento de sua defesa ele parecesse disposto a aceitar a culpa para não prejudicar o seu antigo assessor.
Do outro lado, tivemos Kalinda tentando contornar seu problema com impostos, enquanto sua amiga do FBI procura Lemon Bishop e coloca sua vida em risco. A cena em que ela vai até a casa de Lana foi sensacional, uma mistura de tensão e medo, e a química entre as duas explodindo naquele quarto. Como sempre ficamos no escuro, sem saber que tipo de serviço Kalinda prestou pra Lemon e o que Lana pretende indo atrás dela. Pelo visto só na próxima temporada.
Por fim, amei o retorno de Cary, já estava na hora!!
