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The Vampire Diaries 2×19 – Klaus

Por: em 23 de abril de 2011

The Vampire Diaries 2×19 – Klaus

Por: em

Podendo estar desatualizado ou não, somente a expressão advinda da boca de Elijah para definir o que assistimos nesse episódio: OMG. Com uma carga imensa de mitologia da série, o episódio ‘Klaus’ mostrou mais uma vez como ‘The Vampire Diaries’ cria tramas fechadas, preparadas para serem desenvolvidas de maneira mais que eficiente, são surpreendentes. Era impossível prever qualquer uma das coisas que nos foi revelada nesse episódio e depois disso, somente restando mais três episódios, aposto em muito mais ação, drama e qualidade. Preparem-se, a partir de agora, os episódios passaram em um curto espaço de tempo e uma semana de espera pelo próximo inédito será uma tortura que teremos de agüentar.

Inglaterra, 1492. Flashbacks são um dos pontos mais fortes que a série tem e fomos mais uma vez levados ao passado, para conhecer um pouco mais daquele que aterroriza só com seu nome: Klaus, ou melhor, Lord Niklaus. Europeus, de uma pequena cidade, que eu admito ser um feudo, Klaus e Elijah são filhos da família mais nobre da espécie dos vampiros: os Originais. Vossa mãe tivera sete filhos (e eu começo a me preocupar seriamente com os outros cinco originais que ainda não conhecemos) e todos, de algum modo que ainda não pudemos saber, viraram vampiros. Mas Klaus era diferente, ele era o bastardo. Após a transformação, seu suposto pai descobrira a traição da mulher e foi atrás do verdadeiro pai de Klaus, aniquilando sua família. Começava aqui uma das maiores disputas entre espécies já existentes: vampiros x lobisomens. E foi do mesmo jeito que Elena ficou, que ficamos também: Klaus é um lobisomem? Ou um vampiro? E Elijah respondeu exatamente o que não queríamos ouvir. Ele é os dois.

Suprimido o seu lado lobisomem pelas bruxas, pois isso seria um desequilíbrio tremendo da natureza, Klaus criou toda uma história para conseguir os elementos que precisava para quebrar sua própria maldição. Nunca houvera maldição do sol e da lua. Vampiros são sensíveis ao sol e lobisomens à força do luar por agentes da natureza. A maldição que ele deseja quebrar é para criar uma nova linhagem de híbridos, mais fortes, poderosos, o que poderia acabar não só com as duas espécies envolvidas, mas também com toda a humanidade. E Klaus não desiste disso tão fácil. Joseph Morgan entrou e fez encaixar um dos personagens mais esperados de toda série, só perdendo para Katherine. O personagem é canastrão, até certo ponto divertido e consegue passar todo o lance do medo e da ironia ao mesmo tempo. E a quebra da maldição começou a muito tempo atrás, quando buscando os elementos necessários, Klaus e Elijah implantaram falsos ‘documentos’ que falavam da maldição. Astecas, africanos, romanos. Não importava a cultura, Klaus estava determinado a ser o mais forte e com muitos querendo quebrar a maldição, tudo ficaria mais fácil. Ou não.

Não sabemos ao certo se Katerina foi a primeira das cópias a cair nas mãos de Klaus, mas o importante é vermos esse relacionamento sendo desenvolvido. Longe de ser um amor, os dois mantinham uma relação meio que de troca de favores, pois a primeira era de uma família humilde e sempre fora ambiciosa demais. Se nada tivesse acontecido, o sacrifício teria sido realizado, mas só foi presenciarmos Elijah e Katerina correndo pelos campos, que tudo mudou. Elijah passou a se importar com a cópia, com a sacrificada e, mais uma vez, o amor deixou tudo virado do avesso. A disputa entre irmãos assolara pela primeira vez a vida de Katerina, que estava nas mãos da disputa entre Elijah e Klaus. Depois seria Stefan e Damon e quantos mais. Não querendo sacrificar a garota, Elijah arruma um meio de salvá-la no sacrifício, meio este vetado imediatamente por Klaus, que pouco se importa com o que irá perder se seu objetivo for atingido. E na ânsia pelo poder, Klaus perde seu amuleto, perde Katerina e explode contra seu próprio irmão (e que paralelo fantástico foi mostrar os Salvatore brigando e, em seguida, as memórias de Elijah e seu irmão brigando, pela mesma mulher). Assim Elijah promete encontrá-la e Klaus jura o irmão de morte, caso ele não a encontre. Foi assim que tudo começou, assim que chegamos a Mystic Falls atual.

Talvez toda essa carga de informações fica um pouco repetitiva para quem ler, mas achei bastante necessário repassar um pouco dessa história toda porque vai ser muito importante ter isso claro na mente para os próximos episódios. E então Jenna leva o choque da realidade. A cena com ela, Stefan e Alaric-Klaus na cozinha foi absurda de boa. Foi nela que percebemos o jogo que Klaus adora jogar, o jogo do medo, do pavor. Ele contava sobre os vampiros de um modo irônico e começava ali a dar pistas da sua origem mesclada. Stefan se mostrou agressivo, ativo e, por muito pouco, não deixou a fúria falar mais alto. Mas foi Jenna que teve destaque. A tia se sentiu a mais idiota do mundo por não saber de nada, por ser protegida por aqueles que deveria proteger e o pior é que ela ainda sabe muito pouco, a situação só tende a piorar.

Se a atitude de Elena ao libertar Elijah foi certa é difícil saber, mas com certeza nos garantiu informações valiosas demais para o desenvolvimento da trama. Além do mais, a garota estava determinada a arrumar um outro jeito de acabar com a maldição, sem perder aqueles que ama no meio de tudo isso. Fora que Elijah é um personagem espetacular para ser deixado no porão da malsão Salvatore. Vale destacar o começo do episódio com Elijah se contorcendo todo por não ter sido convidado. Sempre quis saber o que acontecia quando vampiros não eram convidados e finalmente pude ver isso, valeu a pena.

Katherine contou com uma ajuda um pouco inesperada, mas muito útil. Dando um pouco de verbena para a vampira, Damon garantiu uma troca de favores que pode ser muito necessária daqui para frente. A balada na casa de Alaric também rendeu uma ótima cena, algo que me lembrou até a cena de Damon e Vicky curtindo na mansão Salvatore, lá no começo da primeira temporada. E não podemos esquecer-nos da briga entre os irmãos Damon e Stefan, que começa a pegar fogo. Stefan cansou de fingir que não percebe o amor que o irmão sente pela sua namorada e, claramente, os dois não concordam em qual caminho deve ser tomado nessa história toda. Isso enfraquece muito o lado de Elena, que acaba se dividindo entre os dois e pode dificultar sua salvação durante o tal sacrifício.

Elijah pode até ser o mais nobre dos homens, mas que eu adorei o Damon mandando todo mundo para o inferno quando o Original requisita suas desculpas, eu adorei. Damon é emoção pura a flor da pele. Ele fala o que pensa e não está nem se ligando para os sentimentos alheios. E como está engraçada/sadomasoquista, a relação do vampiro com a jornalista Andie. Mas creio que ela chegou ao final, pois agora não teremos mais tempo para distrações. E finalmente, fomos levados para o ritual que traria para Mystic Falls o tão temido dos vampiros. Maddox e Greta, bruxos que devemos conhecer melhor logo, tiraram Klaus do corpo de Alaric e o colocaram em sua forma original. Agora Klaus tem todo o seu poder e seu corpo, as coisas começam a dificultar. O dia do sacrifício chegou. Quem vai estar vivo ao fim dele é o que pretendemos descobrir. É lua cheia, chegou a sua hora de dar as caras de novo. Nos vemos semana que vem e enquanto isso, você confere aqui o vídeo promocional de ‘The Last Day’.


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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