Assiste o episódio pela Terceira vez antes de começar essa review porque não queria deixar passar nada pela minha mente. Foi absurdo. Uma temporada inteira foi o tempo que esperamos pelo tão falado ritual e quando ele chegou, nenhum de nós estava preparado para o que ia acontecer. A intensidade de todas as cenas nesse episódio extrapolou o normal e elevou The Vampire Diaries a uma das melhores séries em exibição, não mais só no meu conceito, agora a série merece o respeito de qualquer um. Os atores foram brilhantes, as cenas foram incríveis, tudo caiu perfeitamente bem e mostrou que se o penúltimo episódio foi assim, imagine o que nos aguarda no season finale.
Voltamos ao final do último episódio, com Caroline e Matt tentando sair vivos dos ataques de Tyler. Vou começar falando que o Matt passou a me irritar depois que entrou nos planos da xerife Forbes, mas nessas cenas ele estava muito compreensível, mas isso durou muito pouco ou talvez o tempo necessário para ele se achar machão o suficiente para enfrentar um lobisomem com uma espingarda (ou seja lá que arma fosse aquela). Sobre essa trama, não existiam muitos caminhos a seguir e, como eu imaginei, Matt escolhe a saída mais da situação e decide por não ficar mais com Carol, mesmo sabendo que isso era o que ele mais queria. Curti também a vampira saber finalmente que todos conhecem seu segredo, acho que isso pode influenciar na sua postura daqui para frente, o que pode ser bem interessante de se mostrar. E Tyler voltou a ser o lobo coitado que sofre com as transformações e precisa da ajuda de sua melhor amiga. Sério, eu adoro esse triângulo amoroso e espero mesmo que nenhum deles morra no season finale, pois acho um plot muito bom para ser mais bem desenvolvido. Tirando isso, os três ficaram sãos e salvos o episódio inteiro, então cesso meus comentários sobre eles por aqui.
Outra que quero comentar brevemente é Katherine. Esperava mais ação da vampira nesse espetáculo todo que foi o sacrifício, mas isso era impossível já que ela estava presa a casa de Alaric por hipnose de Klaus. Não julgo a vampira. Ela tinha que manter seu disfarce, hipnotizar Jenna não era bem uma opção e sim uma escolha de vida ou morte. Por mais que Damon não entenda isso, essa sempre foi a escolha de Kath, sua vida ao invés das vidas dos outros, o amor nunca lhe impediu de fazer nada. Interessante foi ver seu incomodo perante a partida de Damon, sem sequer um adeus. Por mais que negue, a atração entre os dois sempre existiu e para mim a preferência por Stefan não é tão clara assim. E mesmo vivendo por anos no mundo, Kath nunca tinha visto uma mordida de lobisomem. Vampira esperta essa que sempre conseguiu se safar dos perigos. Mas foi isso, sobre Kath paramos por aqui.
Entramos agora no grande plano do episódio, no seu grande cenário, definidor de um marcona série como um todo. Estavam lá, Jenna e Elena prontas para serem sacrificadas. A partir desse momento, qualquer troca de cena para mim parecia dispensável (e claro que não era), mas minha agonia era muito grande. Klaus fizera um plano perfeito para atrair Jenna a ponto de transformá-la na vampira que precisava para sacrificar. E como foi interessante ver a tia de Elena sacando que agora ela era um daqueles seres que acabara de saber da existência. Ela estava atordoada. E, junto com Elena, o desespero começou a crescer dentro e fora da tela. A notícia da transformação de Jenna chegou a Stefan, que decide tomar medidas drásticas para tentar salvar a tia de sua amada. Quem estava de volta no jogo é Bonnie e Jeremy, que ficaram escondidos esse tempo todo. John também reapareceu para ajudar no desenvolvimento de toda essa trama. O recado de Damon não podia ser mais claro: o sacrifício ia acontecer.
Greta que é uma bruxa filha do capeta, né? Nossa, que raiva que eu fiquei daquela menina pagando de seguidora fiel de um vampiro que só quer ferrar todos os nossos personagens preferidos. Mas o jeito que ela controlava a situação era invejável, poder este que só pudemos equiparar a Bonnie que atua brilhantemente mais a frente no episódio. E o jeito que o cenário do sacrifício foi montado foi espetacular. Cada uma das peças sacrificadas cercadas por um círculo de fogo, esperando a lua comandar o seu destino. A cada fase da lua, um sacrifício, até a cartada final. Primeiro: a selenita. E fora difícil para Klaus se despedir daquela que procurou por mais de 500 anos. Mas sua ânsia por poder era maior. Ele queria criar uma Nova Ordem e seja lá o que isso represente, com certeza não será bom para nossos personangens. Segundo: o lobisomem. Retardando a transformação de Jules, foi possível uma última despedida da personagem na série, que ao ser libertada do seu anel de fogo, pula para tentar se salvar, mas acaba por ter seu coração retirado fora. A despedida dela, a sua redenção foi bastante dolorosa de assistir. E tudo que passávamos aqui assistindo, era refletido pelas expressões aflitas de Elena e Jenna, que sabiam que logo seriam as próximas. Fora que a cena dele espremendo o coração da loba foi incrivelmente forte.
Terceiro: o vampiro. Chegara a hora de Klaus sacrificar um dos seus e Jenna tinha sido essa escolhida. Seu sangue era puro e sua carne era fresca. Mas eis que chega um convidado inesperado para o ritual: Stefan. Como sempre altruísta, Stefan se ofereceu para tomar o lugar de Jenna, sendo recusado por Klaus. Parecia que o Original tinha outros planos para o Salvatore, então simplesmente o imobilizou e deixou-o largado, assistindo tudo de camarote. Bem que Jenna tentou mostrar seus poderes como vampira, atacou rapidamente Greta, mas não conseguiu fugir das garras de Klaus. A estaca foi fincada no seu peito, mas parecia que era o peito de Elena que sangrava. A dor da cena foi tão intensa, tão real, que eu fiquei muito incomodado de ver tudo aquilo devido ao nível de ligação que eu tava com a série. E por fim: a cópia. Elena já não tinha o que perder. Seu namorado estava largado, com uma estaca nas costas, sua tia morrera com uma estaca no coração e ela não queria colocar nenhum de seus amigos em risco. Aceitar aquela condição era tudo que podia fazer. Então quando chegou sua vez, Elena caminhou para sua posição como alguém que caminha para a morte conscientemente, sabendo que aquilo teria que acontecer de um jeito ou de outro.
Essa cena para mim foi uma das melhores de toda a série. Klaus sugando o sangue de Elena e a garota caindo sem vida alguma aos pés dele. Nós sabíamos que Elena não estava morta de um jeito ou de outro, mas que pareceu muito real, pareceu. Fora a fotografia da cena que foi perfeita, fechando com uma câmera que pegava todo o cenário, com as três mulheres aos pés de Klaus e ele conseguindo finalmente o que queria. Tinha acabado. A maldição foi quebrada. Mas Klaus estava longe de imaginar que era nessa hora que teria de enfrentar a grande batalha da sua ‘vida’. Bonnie num golpe de poder, aparece acabando com toda a felicidade do vampiro-lobo e mostrando que não existe só uma bruxa com poderes grandes. Eu não sei se Greta morreu ou não, porque tenho a impressão de ter visto a personagem no vídeo promocional do season finale, mas quando Damon pega ela, me pareceu muito que a personagem tinha morrido. E foi ai que tudo aconteceu do jeito que não podia acontecer.
Depender de Elijah para dar a cartada final era arriscar muito, mas era também a única saída. Só que Klaus jogou com aquilo que mexeria com o irmão, sabendo que ia ganhar. E ganhou. Escapou ileso das mãos de Bonnie. Claro que fiquei com um ódio tremendo de Elijah enquanto assistia ao episódio, mas tenho que agradecê-lo, pois perder Klaus assim tão rápido seria um desperdício para a série. É necessário fazer um elogio a Joseph Morgan que entrou no meio desse elenco afiadíssimo e deu show. Foi uma temporada e não posso falar um nada desse sacrifício, fiquei besta com a qualidade de todas as cenas que o envolveram, todas as falas e todas as emoções passadas pelos personagens. Nota 10 para o roteiro. Isso porque o episódio nem acabava por aqui. John, agindo pela primeira vez como pai, deixou que Bonnie fizesse um feitiço que tirava a sua vida em prol da de Elena. E funcionou perfeitamente. Elena sobrevivera sem se transformar em uma vampira. E sua cena abrindo os olhos e Damon respirando aliviado foi demais.
Da ação mergulhamos na emoção do episódio que não deixou passar nada. As cenas do enterro misturadas com a leitura da carta que John deixará para Elena mostraram uma carga emocional muito grande e eu assumo aqui que me emocionei. Foi difícil depois de um episódio desses não se emocionar com a possibilidade que Elena ia ter de viver, ter uma família, ter filhos, qualquer perspectiva de futuro que fosse. Isso misturado aos personagens prestando suas últimas homenagens aos falecidos foi intenso demais. Seria Elena capaz de superar mais perdas? Talvez a garota tenha que lidar com a perda daquele que é um inconveniente na sua vida, mas que todos nós sabemos que no fundo existe um algo mais entre os dois: Damon. Agora Stefan já sabe do problema que seu irmão está enfrentando e não parece disposto a ver seu irmão morrer de braços cruzados.
É isso ai galera, chegamos ao season finale. Depois de uma temporada inteira de bons episódios, nos resta esperar uma semana por aquele será a cartada final da temporada. Aguardem emoções e talvez ainda tenhamos mortes a caminho. Se for no nível desse penúltimo episódio, acredito que vamos surtar por uma terceira temporada. Boa semana para vocês e assistam aqui o vídeo promocional de ‘2.22 – As I Lay Dying’.
