“What’s the point of being good?” – Stefan
Depois de muitas críticas ao episódio da semana passada, críticas estas que ao meu ver são um tanto precipitadas porque a mitologia da série nunca nos decepcionou, The Vampire Diaries focou um pouco mais nos nosso conhecidos há tempos essa semana. A mitologia nova foi aberta exatamente para nos deixar com dúvidas do que pode vir de tudo isso. Não esperem que tenhamos conhecido tudo sobre essa história – aquilo foi só o começo de uma saga entre as cópias que já dura anos. Em nenhum momento do episódio ouvimos que as cópias TINHAM que ficar juntas e sim que elas tinha uma tendência a ficar juntas, a se encontrarem. As leis que regem esse encontro, ainda não sabemos. Como a transformação em vampiros altera esse curso, ainda não sabemos. Então aqui vai meu conselho: tenham calma. Uma coisa que Vampire sempre fez muito bem foi contar seu passado, preparar um background interessante o suficiente para nos cativar, então não espero nada menos dessa vez. E, voltando ao episódio dessa semana, por mais que o foco tenha sido completamente outro, foi um episódio que talvez tenha me cativado muito mais.
E me cativou exatamente por focar em um dos meus personagens preferidos: Stefan. Eu sei que essa é uma opinião que poucos tem, mas eu realmente acho ele um dos personagens mais interessantes que o seriado tem. Toda a dualidade de sua personalidade sempre fora um dos motivos mais atraentes dele e essa perda de memória fora um belo artifício para mostrar que ele, apesar de altruísta, ainda tem seus sentimentos aflorados por Elena. O roteiro foi canalha ao fazer isso com os fãs do casal, que sofreram com cada momento de recordação deles dois. A série inclusive relembrou a música do primeiro beijo do casal, Gravity, em um dos melhores momentos do episódio sem dúvida. Ali, no lugar em que tudo mudou na vida dos dois, duas vezes, Stefan teve a noção do porquê tinha se separado daquela que era seu motivo para se manter são. E finalmente o personagem tratou Elena e Damon como era esperado, como alguém que descobre que o irmão roubou a namorada reagiria. Não foi egoísta, nem grosseiro. Foram os sentimentos falando mais alto, o que mostra que a essência de Stefan ainda está ali, mesmo que ele não lembre.
Nesses momentos insanos do personagem, curti também o jeito que seus tempos de estripador foram tratados, principalmente pela proximidade com Caroline (que finalmente voltou a cena depois de um episódio sumida). A amizade dos dois é algo que foi crescendo lá na segunda temporada e, sempre que explorada, rende excelentes momentos para a série – o que não foi diferente dessa vez. O momento dos dois na cripta, depois da descoberta da morte de Bonnie (tópico que comentarei em breve), foi tocante e, para muitos, a abertura de uma possibilidade de aproximação dos dois como casal. Eu não gosto dessa ideia, quero eles ainda como amigos, mas que a possibilidade foi aberta, isso é uma certeza. Saber que Stefan estaria ali por ela, tornou Caroline mais forte, mais pronta para passar por aquele momento, que não fora nada fácil. Os rumos do personagem agora parecem bastante incertos. Sabemos que existe um interesse de Silas na sua cópia, mas fica a dúvida de como essa trama discorrerá agora que Stefan não está disposto mais a habitar na mansão Salvatore.
Finalmente a morte de Bonnie veio a tona e tava claro que, depois de cinco meses, não havia mais como esconder tal situação. O interessante foi ver como tudo acabou sendo despejado em Elena de uma só vez. Stefan foi embora, Bonnie estava morta. Parece que a vida da garota está cercada de desgraças, infelicidades, como se fosse um castigo por algum pecado cometido no passado (será que existe alguma ligação disso com a história de Amara e sua infidelidade? Será que o castigo da infelicidade se propaga para todas as cópias? Lembrem-se que Katherine também teve toda a sua família assassinada). Mas, de alguma maneira, isso foi muito legal para a série e proporcionou momentos muito tocantes – fazia tempo que eu não me emocionava com um episódio. Todo o discurso da Bonnie para cada um de seus amigos foi profundo demais. Foram pelo menos 4 anos que passamos juntos com essa personagem e, por mais entediante que fosse, a gente acabou se apegando a ela, mas estava na hora dessa ‘despedida’ acontecer. Me lembrou muito a cena da morte de Alaric e também a de Jenna. Foi profundo, bonito e simples ao mesmo tempo. E ainda teve a volta de Tyler, que a muito não vemos e provavelmente deve trazer novas tramas consigo.
A volta de Tyler não só promete novas tramas, como também complicações no seu relacionamento com Caroline, que acabou se entregando ao flerte com Jesse. Não que tenha passado de um beijo, mas o tal professor Wes tinha planos muito maiores para o seu pupilo e viu no sangue de vampiro correndo nas suas veias uma ótima oportunidade. Jesse está morto, ou melhor, em transformação. Ainda não temos como saber muito bem o que isso implica para a série como um todo, porque o que parece é que o professor quer estudar os vampiros, se aproximar deles de alguma maneira, só que isso são somente suposições por enquanto. Caroline terá de lidar com isso assim que voltar para a faculdade, assim como Elena e temos que concordar que lidar com um vampiro em transformação não é das tarefas mais simples que alguém pode ter. Além disso, outra trama que vem crescendo bastante e se tornando muito bacana é o lance de Matt com os viajantes.
A situação que já beira o desespero para o personagem é interessante exatamente por não termos noção da onde isso pode chegar. Aquele recado via vídeo foi assustador. As ameaças de morte, a linguagem desconhecida, a passagem da ferramenta para frente. Finalmente temos Matt envolvido em uma trama decente e estou realmente animado para saber onde é que isso vai parar. Era legal vê-lo como único humano da cidade, mas é muito mais legal vê-lo no centro de uma grande trama da temporada. Vale lembrar que Silas e Tessa estão envolvidos com a trama dos viajantes, apesar de nada sabermos sobre isso ainda. Por falar neles, nada deles darem as caras nessa semana, nem Katherine – o que foi bom para não desgastar os personagens tão rápido, mas já é descarada a falta que eles fazem na narrativa da série. E eu reparei o quão pouco eu tenho falado de Damon nas últimas reviews, porque ele realmente não tem sido foco na série (além do seu relacionamento com Elena). Mas queria ressaltar um ponto muito bacana dele nesse episódio: quando ele descobre a morte de Bonnie, ao invés de surtar, como esperaríamos dele, ele simplesmente abraça Jeremy e se solidariza com a situação. Realmente, Damon amadureceu e eu gosto muito de ver isso acontecendo.
Na semana que vem temos um pouco mais disso tudo e teremos baile!!! Sempre que rola uma festa, temos grandes acontecimentos junto. Fiquem com o vídeo promocional de “Monster’s Ball“ e não deixem de comentar!
