“It’s real this time. Look at me, I’m dying Stefan. What does someone have to go through to get a little redemption around here?” – Katherine
É com um pouco de decepção que começo escrevendo essa review do mid-season finale de The Vampire Diaries. E o primeiro ponto já fica bem claro só pelo intuito que um episódio “final” tem que é puxar a atenção do espectador para o que vem pela frente. Vejam bem, não que isso não tenha acontecido, mas que o potencial poderia ter sido muito maior, isso é uma certeza. Claro que estou muito curioso para saber qual será o desfecho dessa situação de Katherine que já se arrasta por alguns episódios, mas também achei bem previsível a série investir nisso. Enquanto essa trama era trabalhada parcialmente, “Fifty Shades of Grayson” prometia ser uma viagem ao lado desconhecido do passado do pai de Elena, o que simplesmente mal aconteceu. Com alguns pequenos fragmentos de memória, a história se focou no que acontecia com Elena no porão do antigo consultório de seu pai e a trama cansativa a cerca do antigo parceiro de Damon, Enzo. Apesar dos pesares, se considerarmos o episódio como um todo, ele não foi ruim, só não adequado a um mid-season.
Sempre levantei minhas dúvidas quanto a trama que a sociedade Augustine traria e acabei comprovando meus medos nesse episódio. Rodamos em torno de algo tão assustador para acabar não acontecendo absolutamente nada. Apesar de Elena ter sofrido umas pequenas sessões de tortura e perda de sangue naquele porão, ela conseguiu se livrar quase que ilesa de tudo. Sério, eu queria Elena ripper, sem noção, pior do que Katherine um dia já fora, uma inversão completa de papeis que traria um agito para a trama não previsto por ninguém – e não me digam que já vimos isso quando ela se transformou, porque aquilo nem de perto pode ser considerado um ripper, mas sim uma menina mimada que não queria ouvir ninguém. Só que isso não aconteceu. Mais uma vez, tudo acabou dando certo e a garota conseguiu escapar graças a um dos Salvatore. Esse comodismo da trama de Vampire me incomoda as vezes. O roteiro poderia ser mais arriscado e aqui sinto muita falta de Kevin Williamson, que com certeza encaminharia a trama para outro caminho.
Talvez o propósito fosse desmistificar a imagem ideal que Elena tinha do seu pai, mas nem pra isso funcionou. Mas temos que concordar que o título fez jus a obra que mencionava: uma visão mais que rasa de um personagem mal explorado. E descobrir que o sr. Gilbert fazia testes com vampiros não mudou nada para Elena porque ela acha que ele fazia isso para o bem (o que até pode ser verdade, mas vendo como Augustine funciona hoje, acho bem difícil). Não sei bem se essa trama foi finalizada, mas ficou essa dúvida. Aaron parecia bem revoltado com seu tio e pegou o tal do soro que ele ia injetar em Elena. Wes ficou lá caído sem maiores explicações. Talvez eles explorem ainda um pouco disso, mas para mim já podia terminar, ainda mais depois da cena que acabou sendo a conclusão de toda a busca por Elena: o término de seu relacionamento com Damon. Sério? Sério mesmo que agora, depois de tudo isso, vão transformar o casal em um drama mexicano quando eles estavam se tornando críveis para o público? Para mim essa foi de longe a pior parte do episódio. Fiquei irritado de ver que eles estavam investindo em um gancho tão tosco nessa altura do campeonato.
Enzo foi um personagem que veio, deu o show dele e como todos em Vampires, acabou morrendo – só que não. Eu ainda não entendi bem qual vai ser o sentido desse personagem na trama daqui para frente, a não ser que eles invistam em uma vingança dos vampiros contra Augustine, mas fico nessa dúvida também. Agora a parte mais interessante do episódio, como não poderia deixar de ser, foi Katherine. Sério, como eles fizeram essa personagem que era uma vilã na segunda temporada se transformar em alguém tão importante, ofuscando até a própria protagonista da série? Todo o lance do seu envelhecimento vem sendo trabalhado de uma maneira quase que agridoce, com momentos bem divertidos onde a personagem se nega a aceitar o que está acontecendo (como não rir dela correndo de Stefan ou dela surda perto de Matt) , cercados pelos momentos melancólicos como a cena dela e Stefan, onde a personagem busca algum tipo de perdão por todas as atrocidade que fez durante sua vida.
O interessante é ver que, mesmo sabendo que pecou por muito tempo, Kat ainda é egoísta por essência. Ela não quer se manter viva pela filha, mas sim ppor um amor que já sente a muito na sua vida. A relação dela e Stefan vem sendo um presente nesses tempos para os dois personagens e encaixou perfeitamente com o momento na trama. Claro que nas atuais circunstâncias, não sabemos quais serão os próximos passos, então fica a expectativa. A única coisa que eu imploro é: podem até transformar Kat em uma viajante, mas não enfiem ela no corpo de Elena. Isso pode ser uma das piores cartadas da série, talvez até irreversível para a audiência. Acho que seria apelar demais – não consigo aceitar bem essa ideia. Ta aí outro ponto que precisaremos esperar o próximo episódio para saber o que vai acontecer – para quem ainda não sabe, o próximo episódio será o 100º da série e será centrado em Katherine e sua situação entre a vida e a morte (com a promessa de grandes retornos de rostos bastante conhecidos do público).
Enfim, foi mais ou menos isso que tivemos. Com esse final morno de temporada, só podemos desejar que 2014 traga tramas mais eletrizantes e que a série retome o ritmo alucinante do começo dessa quinta temporada. Deixo vocês com o vídeo promocional do próximo episódio que vai ao ar no dia 23 de janeiro e os convido para uma série de especiais que vão se iniciar aqui no blog comemorando o final do ano com vocês leitores. Teremos nossos tradicionais posts de melhores e piores do ano, nosso famoso amigo secreto e por aí vai. Aguardamos vocês por aqui! Um abraço e boas festas!
