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True Blood – 5×04 We’ll Meet Again

Por: em 3 de julho de 2012

True Blood – 5×04 We’ll Meet Again

Por: em

Começamos a semana com uma boa notícia: com apenas quatro episódios exibidos da quinta temporada, a HBO já renovou True Blood para mais um ano. Assim, podemos relaxar e curtir a última temporada de Alan Ball como showrunner da série que, pelo jeito, pretende fechar com chave de ouro a sua atuação. Se me pedissem para resumir esse episódio com uma só palavra, eu diria emoção. Foram várias lágrimas derramadas, tanto de sangue, como de água.

Tudo começa quando Bill e Eric, após finalmente serem liberados pela Autoridade, iniciam sua busca por Russel. Sem ter ideia de como iniciar a missão, começam pelo básico. Além deles, só mais 2 pessoas sabiam aonde o vampiro tinha sido enterrado: Pam e Alcide. Assim, Eric reapareceu no Fangtasia cheio de perguntas. O que ele não esperava encontrar era sua nova neta, Tara, que tinha sido levada ao bar após Pam salvá-la da missão suicida (o que tinha ficado bem óbvio que iria acontecer pelo final do último episódio). Falando nisso, foi muito interessante ver a dinâmica da nova vampira com Eric e Bill. Com o rei, rolou uma conversa mais informal, na qual, como era de se esperar, Bill perguntou sobre Sookie e Tara teve a oportunidade de destilar toda a sua raiva por ter colocado a vida em jogo pela (ex) amiga. Realmente é impressionante o número de pessoas que dariam a vida pela fada, e já estava na hora de alguém se revoltar com essa situação. Já com Eric, Tara não interagiu muito. Mas só o respeito e medo com os quais ela o olhou ao entrar no escritório, já valeram tanto quanto a cena com Bill. Acho que finalmente estamos vendo a virada da personagem, o que me agrada muito.

Mas voltando a Pam, Eric a acusou de estar envolvida na soltura de Russel, o que a ofendeu profundamente. E com razão, devo dizer. Alguém já tinha levantado essa possibilidade nos comentários de uma review passada e eu tinha refutado imediatamente. Não consegui pensar em motivos que Pam teria para fazer isso e realmente não a via envolvida nessa história. Então, fiquei bastante chocada quando vi que Eric não possuía a mesma confiança. Segundo ele, não há ninguém em quem possa confiar, o que não achei uma boa desculpa. Não vimos ele desconfiando de Bill ou Alcide, como Pam bem ressaltou. Toda essa história levou a cenas bem dramáticas da dupla, que culminaram com Eric libertando Pam do vínculo que há entre os dois. Mas, mesmo essa quebra tendo ocorrido formalmente, não acredito que eles vão se desvencilhar na prática. Afinal, são séculos de convívio para se perderem assim tão rápido. O bom é que Pam ficará livre para apoiar Tara e transformá-la na grande vampira digna da linhagem da qual descende, afinal ela é da mesma família de um dos vampiros mais nobres que True Blood já viu: Godric.

Engraçado que ao vermos a cena na qual Tara se alimenta, pudemos observar como o discurso de Pam é Sanguinista. A vampira sempre mostrou o quanto acredita na superioridade dos vampiros e como despreza os humanos e, mesmo assim, não consigo vê-la como uma pessoa perigosa. O que não acontece com Roman, o vampiro que luta para uma convivência pacífica com os humanos. Tenho muito medo desse homem. A cena na qual assassina o vampiro mirim, após descobrir que ele era o outro traidor (além de Nora) dentro do Conselho, é muito assustadora. O olhar fixo de Roman, com o rosto ensanguentado e segurando a estaca feita da árvore de Judas (que seria a árvore na qual o traidor se enforcou), foi perturbador. Palmas para Christopher Meloni, que deu um show de atuação. Alguém já havia comentado que adora como Roman é imprevisível, deixando todos que estão à sua volta tensos com o que pode fazer em seguida. E quando ele segurou a estaca em frente ao rosto de todos os membros do Conselho de forma ameaçadora, isso ficou bem evidente.

Impressionante como, aparentemente, estes vampiros do Conselho não tem vida própria além da causa pela qual lutam. O entretenimento deles é ficar assistindo aqueles que estão sob o seu controle serem torturados ou seguidos em seus Macbooks e Iphones (a Apple está investindo pesado, hein?).

Outro ponto dramático do episódio foi Sookie lidando com a culpa do que tinha feito. Foi a primeira vez nesta temporada que a vimos ter mais espaço, já tinha até me esquecido que ela era a protagonista da série. Outra coisa que foi legal de lembrar: Sookie e Jason são irmãos. Pois é, porque pode parecer brincadeira, mas me esqueço disso de vez em quando devido a interação entre os dois ser tão pequena (infelizmente, porque gosto dos dois juntos). Sookie foi fazer uma vista ao irmão e despejou todas as novidades de uma vez. E, para a sua surpresa, quem estava lá escutando tudo era Jessica (ela já sabia da relação dos dois? não consigo me lembrar), o que acabou sendo a sua salvação. Jessica utilizou seu poder de persuasão especial para “convencer” Andy a largar o caso, provando de uma vez por todas que é uma ótima amiga. Para ser sincera, desde o início não entendi muito bem esse drama com relação ao assassinato da Debbie. Gente, eu sei que assassinar pessoas é errado, ok? Não sou psicopata. Mas a Debbie foi na casa da Sookie, atirou contra ela, e a polícia não ia considerar isso um atenuante? Eu sei que a Sookie já falou que matou porque quis, etc, etc. Mas eu achei um pouco forçado esse medo todo de ir pra cadeia.

Pelo menos essa trama foi a responsável por, finalmente, unir Sookie e Alcide. Em outra cena emocionante, o lobo decidiu contar sobre o assassinato aos pais de Debbie, o que foi muito triste porque pudemos ver o quanto aquelas três pessoas reunidas no quarto de hotel se importavam com ela. Comprovando a teoria de Tara do início da episódio, Alcide deu uma leve alterada na história para livrar Sookie, dizendo que Marcus era o assassino. Cada dia gosto mais de Alcide que, contrariando qualquer estereótipo que possamos atribuir ao olhar para ele, se mostra o homem mais sensível da série.

Quando ele vai até a casa de Sookie para conversar e a encontra um tanto alcoolizada, era óbvio que ela ia finalmente baixar a guarda e deixar algo acontecer entre os dois. Vocês repararam que a Sookie bêbada estava igual à Sookie do início da série? Ou o álcool a faz regredir para uma personalidade mais infantil (o que é mais provável, afinal é o que acontece com todos nós, ops, todos vocês – eu não bebo) ou ela vivia bêbada durante a primeira temporada. Após ter recebido a dica de Jessica de que Sookie estava passando por maus momentos (em um cena, diga-se de passagem, muito bonita e ao mesmo tempo engraçada), Bill vai visitá-la e se depara com os dois juntos. Eric também aparece e os dois ficam praticando seu voyeurismo enquanto discutem se deverão chamá-los para formar a equipe de busca de Russel. Não entendi em que a Sookie iria ajudar nessa empreitada, mas eles não conseguem deixá-la em paz de qualquer jeito.

Finalizando o episódio, tivemos as aventuras de Andy e Jason no Moulin Rouge. O único ponto digno de nota dessa história é que, após encontrar sua prima, Jason descobre que o cabaré na verdade é um campo de refugiados para fadas, que estão sempre ameaçadas pela existência de vampiros. E que os pais dos Stackhouse não morreram em uma enchente como eles pensavam, e sim foram assassinados por estas criaturas. Agora, True Blood, fica a dica: quando vocês quiserem que um cliffhanger cumpra o seu objetivo, ou seja, nos deixe ansiosos para o episódio da próxima semana, não use as fadas. Ninguém se importa.

E vocês, o que acharam? Emocionaram-se com alguma das histórias? Sentirão falta do vampiro criança? (eu não, ele me irritava um pouco). Deixem seus comentários a respeito do episódio para discutirmos.

A quote da semana faz jus ao tom emocionante do episódio:

“You are my child, as I was the child of Godric. You were born into greatness.” – Eric

 

 


Maura

Rio de Janeiro / RJ

Série Favorita:

Não assiste de jeito nenhum:

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