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Star-Crossed

Por: em 1 de março de 2014

Star-Crossed

Por: em

Que uma coisa fique clara desde o começo: estamos falando sobre o novo drama da CW cujo mote principal é o amor entre uma humana e um alienígena. Portanto, não perca seu tempo falando mal da série ou dizendo que é a pior coisa que você já viu, afinal ninguém te obrigou a isso e, além do mais, não dá para esperar uma obra prima de um plot desses. Tendo em vista essas considerações, Star-Crossed fez dos seus 40 minutos um conjunto de clichês desenvolvidos razoavelmente bem e isso já me agrada muito.

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A verdade é que eu adorei a série, porque eu vejo seriado para não pensar em absolutamente nada e uma história de amor impossível acaba sempre sendo atrativa de alguma maneira. Ronan é um ser originário do planeta Atria, bem mais desenvolvido que a Terra, mas que por circunstâncias do destino leva a seus habitantes acabarem por aqui, onde entram em conflito direto imediatamente. E sob essas condições, Ronan, uma criança de 7 anos, chega aqui e seguindo os conselhos de seu pai, foge sem rumo até que sua vida cruza com a de uma pequena garota, Emery, com aproximadamente a mesma idade que a sua, que acaba colocando a sua vida em risco para ajudar seu mais novo amigo. Só que esse encontro acaba se estendendo até o momento que as autoridades descobrem a existência do garoto e atacam a casa em busca de apreendê-lo. Anos se passam – mais exatamente, 10 anos. O mundo mudou e tenta incluir os atrianos a sociedade, que ainda os rejeita. E, mais uma vez, a vida se encaminha para que Emery e Ronan se cruzem mais uma vez.

E em cima disso é desenvolvido todo o episódio piloto – que aproveita para explorar bastante a discriminação das sociedade com os atrianos, ainda mais no meio adolescente, um tanto mais cruel que os demais. O cenário não poderia ser mais adolescente possível, com o high school como pano de fundo e todos os jovens estereotipados ali representando a sociedade americana, cenário esse bem conhecido pelos nossos protagonistas que já frequentaram esse ambiente em seus trabalhos anteriores. Não, não temos atuações primorosas – confesso ter achado Aimee Teegarden bem apagada em sua atuação, o que já não podemos dizer do Matt Lanter que mandou bem na sua personificação de alienígena adolescente revoltado/exemplo. Algumas temáticas secundárias que acabam sempre sendo exploradas nesse tipo de série também estavam ali, como a doença degenerativa da amiga que acaba sendo curada por meio do ‘sangue’ (?) de Roman ou até mesmo o embate direto do suicídio social que é se aproximar de um ser assim.

Mas sem dúvidas a grande virada do episódio foi explorar o momento antitético de morte e vida ao final dos seus 40 minutos. Ao mesmo tempo que alguém era salvo, outro acabava morrendo por consequência dessa imprudência. Fora que os envolvidos em toda essa ação tornam a dinâmica da série muito mais complicada que de início – óbvio que não vou comentar por aqui o cliffhanger do piloto, isso você terá que assistir para saber. Ah tem triângulo amoroso, claro. E para elas (e eles) que curtem, tem os tradicionais descamisados. E a trilha sonora ótima, como de costume. E com tudo isso, assumo: eu gostei demais. Me apego fácil a clichês e histórias impossíveis. Pode até ser que não seja nada demais, que caia em mil clichês e que provavelmente seja cancelada, mas a gente precisa de uma dose de dramas adolescentes toscos nas nossas vidas e só a CW se preocupa com isso. Abra seu coração, se divirta e aproveite a viagem. Saudações atrianas.


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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