E a série mais fofa da ABC Family está de volta! Sim, a quarta temporada de Switched at Birth começou, provando que a série ainda tem fôlego e trazendo muito drama, personagens novos e razões para odiar a Daphne. Na verdade, razões para odiar a Daphne temos várias desde a primeira temporada, mas a garota sempre consegue se superar.
A carinha de pobre moça arrependida não me convence, até porque já perdi a conta de quantas vezes ela foi utilizada, e o mesmo vale para aquele discurso de que “você tem minha palavra de que vou mudar”. Toda vez é a mesma coisa e no final sempre vemos a ruivinha aprontando algo pior. Espero que o sacrifício de Bay a faça repensar suas atitudes e parar de agir como uma garota mimada, irritante e inconsequente sempre que tiver algum problema. De toda forma, continuo incomodada com toda essa impunidade. Em algum momento Daphne tem que começar a pagar pelos seus erros e ela merecia ir para a cadeia. Além disso, a situação poderia ter rendido um plot bem interessante e feito a garota entender, de uma vez por todas, que há consequências para os seus atos. No momento só nos resta ver até quando essa posse de boa moça vai durar.
Agora, alguém, por favor, me responda: qual é o problema de John, Kathryn e Regina? Como eles conseguem ficar tão tranquilos com essa situação insana? Pelo amor de Deus! Cadê a bronca, os gritos, o castigo? Qualquer coisa, minha gente! Como eles deixam a menina cometer um crime, ficar impune – enquanto a irmã assume a culpa –e continuar vivendo como se tudo estivesse perfeito? O pior é John ter o desplante de falar que essa ideia estapafúrdia da Bay foi brilhante. Sério que ele acha que uma filha mentir para a polícia, arriscar o futuro e conseguir uma ficha criminal, por algo que não fez, é brilhante?
No meio de todo esse caos Toby se mostrou o mais maduro e único da família com um pouco de sensatez. Adorei a bronca que ele deu em Daphne e minha vontade foi entrar na tela e abraçar o garoto. Pelo menos alguém percebeu como aquilo é errado e que a ruivinha merecia uma punição. A atitude de Bay pode até não ter sido ideia de Daphne, mas ela ficou lá deixando tudo acontecer e se sentindo aliviada. Com isso Toby entrou de vez no meu coração e fico feliz que ele a Lily já estejam firmes como um casal. Espero que com isso enterrem de vez aquela história com a Nikki e sigamos em frente.
Outro que não está nenhum pouco satisfeito com a Daphne é o Emmett e adorei vê-lo deixar isso bem claro para a garota, enquanto dizia que nunca iria perdoá-la. Ele e Bay tinham tudo certinho e planejado, então, veio a ruiva e seus surtos destruindo tudo pelo caminho. Sei que cada um tem sua forma de encarar a dor e os problemas, mas essa não foi a primeira vez que a Vasquez fez algo muito errado e, além disso, como próprio Emmett pontuou, perder o pai não dá a ela o direito de destratar completamente a mãe, usar cocaína, beijar o namorado dos outros, se envolver com um criminoso , destruir e vandalizar propriedade alheia, roubar do lugar em que trabalhava e por aí vai… Claro que Bay tem sua parcela de culpa nessa história, mas Daphne precisa de algumas chacoalhadas para amadurecer e parar de fazer tanta besteira.
Falando em besteiras está na hora de falar sobre as atitudes da Bay. Concordo que a garota teve um gesto bonito e altruísta ao salvar a irmã, mas, ainda assim, o comportamento foi extremamente impulsivo e no fim do episódio ela finalmente percebeu as consequências que isso terá na sua vida. No momento todos seus planos parecem ter sido destruídos e seu relacionamento com Emmett está ameaçado, já que, após uma conversa com Melody, o rapaz resolveu ir para Los Angeles, mesmo que a perspectiva da namorada acompanhá-lo seja remota.
Achei a decisão acertada, afinal ele não pode perder uma grande oportunidade como essa. Chegou a hora de crescer e se preocupar com o futuro! Só espero continuar vendo o personagem, afinal todo seu desenvolvimento longe de casa pode ser algo interessante de acompanhar e uma mudança de cenário pode trazer um frescor para a série. Além disso, um pouco menos de drama em seu relacionamento com Bay seria bom, porque esperei várias temporadas para que eles se acertassem e não quero ver esse casal em crise tão facilmente. Manter um relacionamento à distância será um desafio, principalmente porque já existe um conflito em relação às últimas atitudes da garota, mas acho que eles podem superar os problemas e continuar sendo o casal mais fofo dessa série.
No mais, tivemos uma Regina completamente perdida, Daphne desistindo de Gallaudet e entrando no projeto criado por Melody e conhecemos alguns personagens novos, dos quais destaco o Josh. O garoto tem tudo para ser o novo interesse amoroso de Daphne e me conquistou no primeiro minuto com seu jeito desesperado. Dei muita gargalhada com seu surto e acho que a interação entre ele e Vasquez pode ser bem interessante. A prima do moço, Iris, parece ser uma fofa e também já entrou no meu coração.
Tivemos, assim, um retorno interessante, bem construído e que abre possibilidades para ótimos plots. O momento em que os personagens de uma série adolescente deixam o colégio é sempre preocupante, mas Switched at Birth tem condições de manter uma trama estável e que continue nos conquistando a cada episódio.
P.s: Nem um momento desse episódio superou a revelação de que Emmett refez a linha do tempo de seu relacionamento com Bay. #Bemmett Forever
