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Switched at Birth – 4×02 e 4×03 Bracing the Waves

Por: em 23 de janeiro de 2015

Switched at Birth – 4×02 e 4×03 Bracing the Waves

Por: em

Switched at Birth sempre foi mais que uma série adolescente. A história das garotas trocadas na maternidade acabou se consolidando como drama familiar interessante, inteligente e bem construído que conquistou inúmeros fãs. De toda forma, desde o piloto, um dos seus elementos mais atrativos era a forma como o enredo trabalhava a surdez. São poucas as obras de ficção que exploram essa temática, principalmente com tanto destaque, e  SAB sempre soube abordar a questão de forma sensível, interessante e realista. Sendo assim, foram de Daphne as melhores cenas de Bracing the Waves, situação que até pouco tempo acharia improvável, pois minha raiva pela personagem era imensa.

Ainda assim, nesse segundo episódio tudo isso desapareceu e consegui voltar a gostar e torcer pela garota. Ela fez uma grande besteira e isso repercutiu na vida de todos a sua volta, mas não adianta chorar pelo leite derramado, tudo o que se pode fazer é seguir em frente e foi isso o que vimos os personagens tentarem fazer nesses dois últimos episódios. 

Tenho que admitir que adorei a interação da ruiva com Josh, o garoto me conquistou em sua primeira cena e gostei das questões levantadas por sua discussão com Daphne. Durante toda a vida Josh teve que ser a voz de seus pais surdos, ele provavelmente presenciou inúmeras situações de preconceito e não iria se calar diante de mais uma. No entanto, a garota não quer que falem por ela, precisa tomar o controle da situação e travar suas próprias batalhas e está certíssima por isso. De qualquer forma, os dois funcionam muito bem em cena e continuo apostando em um possível romance.

Mas se Daphne encontrou uma chance de brilhar, Bay não podia estar inserida em uma trama mais chata. Todas as suas cenas no 4×02 me deram preguiça e raiva (por ver a personagem se ferrar tanto por algo que não fez). Além disso, as dificuldades em manter um relacionamento à distância com Emmett prometem estremecer e desgastar ainda mais o romance. Sou Bemmett shipper desde o início, mas é inegável que durante essas quatro temporadas o casal perdeu boa parte de seu charme.

No mais, assistimos Kathryn tentando transformar seu livro em um musical e Regina investindo em um novo negócio e possível romance, consolidando Bracing the Waves como um bom episódio, mas que não chegou aos pés do excelente I Lock the Door Upon Myself.

O terceiro episódio dessa temporada foi bastante dinâmico, contando com momentos divertidos e abrindo possibilidades para vários personagens. Tudo começou com o jantar de aniversário que John que evidenciava a tensão entre Daphne e Bay, a morena sabe que a decisão foi dela e que Daphne nunca pediu para que ela fizesse nada, mas isso não muda a raiva que a garota sente por está vendo todos seus planos e sonhos serem destruídos.

Além disso, a comemoração serviu para John repensar sua vida e até cogitar cursar uma faculdade. Achei isso bem interessante e necessário, já que há algum tempo que o patriarca não tem nenhuma trama realmente sua. Ainda assim, durante o episódio o homem acabou se encantando com o potencial de Travis para o baseball e resolvido se tornar treinador do garoto, o que também me deixou satisfeita. Adoro o Travis e todos os plots envolvendo o rapaz costumam ser interessantes (aliás, quero ver mais do seu romance com a Mary Beth) e torço bastante para seu sucesso.

Outra que roubou a cena foi Iris. A colega de quarto mais fofa de todos os tempos estava se sentindo sozinha e completamente perdida em meio a tantas pessoas sinalizando ao mesmo tempo. Achei o paralelo muito interessante, pois remete a todas vezes que Daphne comentou sobre a dificuldade de ler lábios de várias pessoas ao mesmo tempo. E falando em Daphne, a ruivinha estava toda compenetrada em seus estudos, mas foi atrapalhada por trotes em seus dormitórios. Quando as “brincadeiras” levaram à interdição do banheiro a garota resolveu fazer alguma coisa e foi confrontar o causador dos estragos, Mingo. Em meio a discussão eles acabaram decretando uma pequena competição, que definiria quem teria acesso exclusivo a um outro banheiro.

A trama parece bobinha, mas rendeu cenas leves e divertidas e foi possível perceber um certo clima entre a Vasquez e Mingo. Agora adoraria entender o que os roteiristas  pretendem jogando tantos garotos lindos e fofos na vida da nossa ruivinha. Já estava esperando o romance entre ela e Josh, mas agora já não sei o que pensar. Anos de exposição a séries, filmes e livros adolescentes criaram em mim um aversão gigante a triângulos amoroso, sem falar que já vimos a Daphne na mesma situação na temporada passada, então adoraria que não seguissem esse caminho, mas só posso esperar para ver.

Falando em triângulos amorosos é necessário comentar toda a trama de Emmett em Los Angeles. Lá estava o garoto todo solitário e tentando manter contato com a namorada quando aparece Sky, uma menina toda fofinha disposta a fazer amizade. É claro que a situação acabou resultando em um beijo roubado por parte da moça, mas nosso Emmett deixou bem claro que tinha namorada. De toda forma, gostei da Sky e de todas as cenas envolvendo as gravações do filme, mas uma vez tivemos o preconceito retratado e adorei ver os dois personagens jurando que nunca mais deixariam que alguém os tratasse como inferiores ou desconsiderasse suas opiniões, no caso dele por ser surdo e no dela por ser mulher.

No mais tivemos Bay mais uma vez sofrendo as consequências de seu gesto altruísta, e perdendo uma grande oportunidade de exposição, e Regina, que apesar de não ter esquecido Angelo, cedeu aos encantos de Eric. Nesse momento abro um parêntese: alguém me explica qual o mel essas mulheres Vasquez (sejam biológicas ou de criação) têm? Sério, nessas quatro temporadas vimos Regina, Bay e Daphne trocando de namorado como eu troco de roupa. Nunca vi lugar mais fácil pra arrumar homem que no universo de SAB, qualquer dia faço minhas malas e mudo pra lá, porque no mundo real não está fácil assim.

Enfim, Switched at Birth nos apresentou dois episódios leves, fofos e bem divertidos. Tenho lido críticas à série, mas continuo apaixonada por seu enredo. Talvez esteja faltando um pouco de drama e alguns personagens, como Toby e John, precisem de uma trama imediatamente, mas a série ainda agrada e me faz terminar os episódios com um sorrisinho no rosto e louca pelo próximo. Não poderia pedir nada além disso e até o momento não tenho razões para reclamar.


Thais Medeiros

Uma fangirl desastrada, melodramática e indecisa, tentando (sem muito sucesso) sobreviver ao mundo dos adultos. Louca dos signos e das fanfics e convicta de que a Lufa-Lufa é a melhor casa de Hogwarts. Se pudesse viveria de açaí e pão de queijo.

Paracatu/ MG

Série Favorita: My Mad Fat Diary

Não assiste de jeito nenhum: Revenge

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