Seguindo com nossa maratona, convido vocês leitores apaixonados por séries, à pararem comigo mais uma vez nesse pitstop para agora vermos tudo o que aconteceu na 3ª temporada – parte B de Teen Wolf. Foram 12 episódios que testaram não apenas a sanidade mental dos nossos protagonistas, mas também a nossa, levando-nos ao limite da angústia total. Muito diferente do lobinho adolescente da 1ª temporada, a série assumiu agora uma forma muito mais sombria e condizente com seu gênero fantástico. Deu adeus à piadinhas, alívio cômico e sarcasmo, para dar lugar à angústia proporcionada a cada episódio. Se uma coisa ficou clara no decorrer da temporada foi que, depois desta, os rumos de Teen Wolf serão bem diferentes.
Para quem acompanhou nossa última postagem (temporada 3A – lembre aqui), sabe que terminamos com Scott, Stiles e Allison sacrificando-se para salvar seus pais, que estavam mantidos de refém sob a Nemeton. Cientes do aviso de Deaton de que tal sacrifício faria de Beacon Hills um farol para toda e qualquer criatura perdida lá fora – e a série já comprovou que vai muito além dos lobos –, os jovens tiveram que seguir em frente. Mas foi tal sacrifício o grande catalisador de todas as tramas que vieram a ser trabalhadas daqui em diante.
Logo nos dois primeiros episódios podemos conferir as consequências do sacrifício: sonambulismo e alucinações constantes começaram a fazer parte da vida do trio principal, que já não conseguia mais diferenciar realidade da imaginação, tudo por conta da tal porta entreaberta em suas mentes. É nesse momento de descobertas internas que conhecemos Kira, personagem que chega com uma carga de mistério e com a resposta para o primeiro dos problemas, o bardo. Segundo a garota, ele seria uma porta mental entreaberta por onde transpassavam todos nossos medos e aflições, causando essa constante aflição entre real/fantasia.
Buscando fechar de vez essa portinha mental, no décimo quarto episódio temos os protagonistas unindo-se para realizar algo que desafiasse seu estado mental e os levassem ao limite. O episódio foi extasiante e, por um segundo, sentimos que talvez tudo ficaria bem. More Bad Than Good (3×14) traz a turma tentando salvar uma loba-coyote, levando cada um ao seu limite para o bem dela. Contudo a pergunta que fica durante o episódio é: estão, de fato, fazendo mais bem do que mal ou vice-versa? Chegamos a cogitar que o estado mental de cada um deles não estava mais em risco depois dos bons resultados obtidos e que tudo não passou de algo temporário, mas Jeff Davis andou tomando aula escondido com Shonda Rhimes (Grey’s Anatomy) e Julie Plec (The Vampire Diaries) e nos enganou legal.
Sob ameaça de seres vestidos de preto (#medo) que começam surgir em Beacon Hills, Scott tenta ao máximo proteger a todos – não seria Scott se fosse diferente. É aí que ele se aproxima de Kira, que teve sua vida colocada em risco durante o décimo quinto episódio e, depois de salva, estabelece uma relação de confiança com o alfa, o que a faz assumir algo mais a frente que será determinante para a compreensão do arco da temporada como um todo: ela é uma kitsune. Quem a colocou em risco não poderíamos saber, mas, ao que indicava, era ninguém menos que Stiles que estava por trás de todo o mal que estava acontecendo – Jeff Davis mexendo mais uma vez com as nossas cabeças e corações.
Em Illuminated (3×16) e Silverfinger (3×17), as criaturas de preto passam caçar personagem por personagem em busca de algo, para nós desconhecido, e marcá-los quando supostamente não encontravam nada. O ápice é atingido quando descobrimos que estes seres só estão a procura de alguém que não é quem realmente diz ser. Este inimigo hostil aparece apenas buscando essa pessoa, e ao que tudo indicava, o topo da lista era ocupado por Allison e Stiles, quem mais sofriam psicologicamente até agora.
O plot foi construído aos poucos e sabíamos, de maneira bastante desconcertante, que alguém dentro do grupo estava comprometido, só não podíamos imaginar o quanto. Desde o primeiro episódio do retorno da temporada, Stiles já não era capaz de dizer quando era ele que estava sobre controle de si próprio, logo em seguida, uma série de apagões na mente do personagem o atormentavam, até que no 3×18 ele desaparece, colocando todos à sua procura e levando Lydia outra vez ao limite de suas habilidades para encontra-lo. Neste ponto uma coisa já estava certa: Stiles já não era mais o mesmo.
A dor bateu forte foi no 3×19, Letharia Vulpina, na qual a atuação de Dylan O’Brien foi sem igual. Já não sabíamos quem era Stiles e quem era criatura-aleatória-que-o-controlava (#TeamDoppelgangers). O garoto sabia que já não era mais ele controlando suas ações, mas colocá-lo para acreditar que tinha a mesma doença que matou a mãe foi golpe baixo tanto no coração de Stiles, como no nosso. Enquanto tentavam entender o que acontecia na mente de Stilisnki, Allison e Lydia colocam-se cara a cara com Peter Hale, que após o episódio final da 3A estava mansinho até demais. A banshee e a caçadora o buscam para entender no que a habilidade de Lydia compreendia, só então tomamos uma mera ideia o quão poderosa nossa banshee poderia ser.
Ainda em Letharia Vulpina, todo caos, destruição e dor resumiu-se em uma pessoa apenas: Stiles. Scott que passou o dia aliviando e salvando vários da dor que possuíam, foi enganado pelo melhor amigo ao crer que quem estava ao seu lado era de fato ele e, no final, foi atacado pelo próprio, outro golpe baixo com nossos corações. E pausa para mil elogios para Dylan que, como eu já mencionei, deu um show de atuação nesse episódio.
O episódio Echo House (3×20) foi outro a testar nossos batimentos cardíacos. Após o próprio Stiles decidir por internar-se dentro deste “manicômio” para o bem de todos, é lá que tudo vem à tona e volta a acontecer. E quem reecontramos lá é Malia, que havia sido salva por Scott e companhia no início desta temporada. Aqui assistimos Stiles estar realmente perdido, em sequências angustiantes para todos nós.
Já em The Fox and the Wolf (3×21) finalmente entendemos o que vinha acontecendo e o papel de Kira dentro disto. Em contraponto ao que era – kitsune – surge então o nogtisune. Numa tentativa desesperada da mãe da jovem salvar um antigo amor, este espírito maligno surgiu do caos, destruição e dor, buscando como alimento esses sentimentos ruins. Esse espírito estava agora em Stiles e procurava tudo de ruim que poderia tirar do menino internamente e das pessoas ao seu redor. A busca pelo impossível era agora uma forma de tentar salvar o amigo, uma vez que Scott descobriu que não haveria um outro caminho além da morte para encerrar tamanho sofrimento.
No mesmo episódio entendemos a ligação disto com o sacrifício no final da 3A. Tal ato teve tamanha importância que ao trazer força novamente ao Nemetom, o local inteiro a obteve também. Sendo lá onde o nogitsune havia sido “enterrado”, este, para restaurar-se, acabou hospedando no que estava mais fraco.
Os três últimos episódios foram alucinantes e ainda mais agonizantes. Durante o 3×22, Scott e Lydia combinam suas habilidades para trazerem Stiles de volta. Guiados por Peter Hale, que deu a brilhante ideia, ao entrar na mente de Stilinski, McCall e Lydia precisavam reaver o amigo. O seu retorno foi surpreendente, mas dado o tempo passado, o nogitsune já era forte suficiente para assumir uma forma, e durante um momento chocante do retorno de Stiles, o espírito, não tão espirito mais assim, foge com Lydia.
Todos sabíamos que o retorno de Stiles não seria fácil assim e isso fica claro nos dois últimos episódios da temporada, os quais somos de fato levados ao limite. Para enfrentar o inimigo e salvar Lydia, todos unem-se sem medir esforços, inclusive a novata Kira, que estava mais envolvida do que imaginava estar. Insatiable é, de todos os episódios de Teen Wolf, um dos mais sofridos. Enquanto enfrentavam o inimigo que agora controlava as criaturas que apareceram no início da temporada caçando-os – os quais finalmente nomeados como onis –, Stiles e Scott partiram em busca de Lydia, que por ter habilidade de sentir a morte, foi sequestrada para não prever a de quem estaria em risco.
E nos túneis de Oak Creek, logo após ser salva, Lydia sente a morte da última pessoa que gostaria. Numa atitude quase heroica, Allison, ao salvar Isaac e, por mero descuido, é atingida e morta. Lydia chorou, eu chorei, você chorou, até Jeff Davis chorou com tamanho sofrimento. Poderia fazer um post inteiro comentando o quão maravilhosa a personagem foi, como a sua despedida nos braços do seu primeiro amor e daquele que sempre amou foi emocionante, mas me atenho a dizer que ela é tão fodástica que não foi sem descobrir o que de fato impedia um oni: a prata.
Após o sofrimento todo causado em Insatiable, a season finale não deu tempo para luto e foi logo para uma última resistência. The Divine Move trazia uma jogada de mestre dos jovens para salvar de vez Stiles. O episódio colocou-os frente a frente com o nogitsune e um exército de oni para ultrapassar. O episódio todo ficou focado em vencer ou perder de vez a luta, Scott e Derek uniram-se à aliados para tal. A primeira batalha foi muito mais um jogo psicológico que exigiu de Scott e Kira permitirem serem atacados para que o nog não pudesse os controlar mais. E para salvar Stiles e destruir de vez o antagonista, foi preciso uma mordida para transformá-lo.
Enquanto a batalha dentro da escola havia sido travada e vencida, Derek e os gêmeos lutavam lá fora também, até um deles ser também atingido e morto, e Lydia acaba, mais uma vez, perdendo alguém próximo. Aiden morre nos braços do irmão, em uma cena de esmagar nossos corações pouco a pouco.
A temporada acaba com todos finalmente processando tudo o que aconteceu, todas as perdas que implicaram no processo e como seguiriam dali em diante. E agora com duas novas personagens femininas para incluir o girl power. Como disse, a 3B é, sem dúvidas, a que mais nos faz sofrer com tamanhas perdas. E um nome resumiu essa temporada: Stiles.
Agora conta para mim o que achou, libera toda sua raiva com Jeff Davis e até o próximo e último post da nossa maratona!
