Aquele em que dizemos adeus

Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

Temporadas que gostaríamos de esquecer

Por: em 15 de setembro de 2015

Temporadas que gostaríamos de esquecer

Por: em

Todos nós, apaixonados por séries, sabemos que até mesmo nossas produções mais queridas às vezes tropeçam.  A gente defende, cria desculpas, não larga de jeito nenhum- afinal, o apego é grande- mas não tem como negar as marés de episódios ruins que as vezes acontecem. A boa notícia é que a maioria das vezes elas passam, e voltamos a nos apaixonar. E se não passarem também… continuaremos a assistir até o final, afinal fã tem dessas maluquices, pois é muito difícil largar personagens com os quais construímos vínculos sem saber do seu desfecho. O que veio de ruim a gente dá um jeitinho e esquece!

 

How i met yout mother: 9ª temporada

How I Met Your Mother_season_9

 

Não, não foi só o final polêmico. Independente de você achar que Ted e Robin deveriam terminar juntos, ou se a mother deveria ter morrido, há de se convir que a temporada como um todo poderia ter sido melhor desenvolvida. Foram 22 episódios espremidos em um final de semana, desperdiçados em um casamento que seria desconstruído em meia cena, apenas para apresentar gradualmente a mãe- o que foi muito bem feito, diga-se de passagem, pois todos nos apaixonamos por ela. O problema, é que tanto tempo focado na mother apenas tornou sua morte ainda mais frustrante, já que ela estava com minutos em cena contados. Embora a série seja conhecida por seus jogos temporais, ousando com a não linearidade de maneira original, aqui o artifício não serviu tanto para gerar o riso, e muito menos contribuiu para que tivéssemos uma temporada digna. A sensação foi a de que realmente se queria ”despistar” o telespectador, já que tudo foi construído de uma maneira para ser finalizado de outra, em apenas dois episódios apressados, entupidos de informação e time leap. Acredito que esse seja um dos motivos para o descontentamento com o final, a forma como ele não foi trabalhado ou sequer posto em contexto.

Glee: 4ª e 5ª temporadas

Glee

Ah, Glee… O quanto eu te defendi! Mas não dá para negar o quanto a série se desvirtuou e caiu em termos de qualidade após a segunda temporada, especialmente nos anos em questão. Com a formatura do elenco original, novos personagens foram introduzidos, que não possuíam nem metade do carisma- se é que tinham personalidade alguma- ou aptidão vocal dos veteranos. As situações começaram a se tornar repetitivas, os plots cada vez menos substanciais ou coerentes, de forma que arcos e relacionamentos inteiros começavam e findavam em meia frase de diálogo… continuidade era coisa rara!

A série se tornou paródia de si mesma, utilizando tramas procedurais para abordar questões polêmicas de maneira cada vez menos pertinente ou profunda- vide o ”tiroteio” na escola, o catfish que tentou abordar transfobia mas chegou em canto nenhum, a DST do Artie… Até mesmo os números musicais despencaram, e era difícil acreditar nas vitórias do New Directions. O núcleo de Nova York, que poderia ter salvado a série, permaneceu completamente sem foco, desenvolvendo apenas Rachel Berry– alguém viu o Artie perseguir seu sonho como diretor, coitado? A verdade é que antes mesmo da triste morte de Cory Monteith, as coisas já não iam bem. Apenas a sexta temporada recobrou um pouco da glória dos primeiros anos, trazendo algo minimamente digno aos fãs.

Grey’s Anatomy: 4ªtemporada (por Andrezza)

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Shonda Rhimes é sempre muito criticada por toda montanha russa emocional e às vezes sangrenta que envolve sua filha mais velha, Grey’s Anatomy. Hoje o roteiro não me incomoda tanto, já aprendi a desapegar um pouco dos personagens, aceitar os devaneios e o fato que não largarei a série, mesmo que dure mais 10 temporadas. Mas a temporada que mais me incomodou foi a quarta. Talvez um pouco prejudicada pela greve de roteiristas da época, tivemos grandes backs de uma só vez: a saída de Burke depois de deixar Cristina no altar, Addison que seguiu pra Los Angeles de Private Practice, Derek namorando uma enfermeira, George ainda como interno, Rebecca surrada, Érica como cirurgiã de cardio e vários casos médicos que não trouxeram tanta empatia quanto os das temporadas anteriores. O que salvou a temporada foi a finale, com a casa de velas e a chegada de Lexie, que depois foi muito amada. Tirando isso, pode apagar o resto da temporada.

Dexter: 8ª temporada

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Mais um caso no qual o problema não se resumiu ao final. Tudo começou com a terrível crise na qual Debra se encontra durante a temporada, devido a ações indiretas do seu irmão. Ter de ver uma das personagens mais queridas da série destruída e desconstruída, tornou difícil manter afeição pelo Serial Killer. Paralelo a isso, tivemos a polêmica humanização do Dexter, que desvirtuou daquilo tudo que a série, no seu auge da ousadia e inteligência, havia formulado- descobriu-se que o personagem sequer seria psicopata! Tentaram transformar alguém singular em um mero clichê de anti-herói, com direito até mesmo a par romântico… Juntou-se a isso tudo um vilão insosso, que não aparentava qualquer perigo e deixava muito a desejar se comparado a lendas como o Ice truck killer ou Trinity Killer, e a figura intragável- na minha opinião- da doutora Vogel, e tivemos uma temporada mal feita. Dexter lenhador foi só a gota d’água mesmo…

Community: 4ª  temporada

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Dan Harmon saiu, e com ele a marca que fazia de Community uma das melhores séries da atualidade: a inteligência. Por trás de toda situação nonsense que tomava lugar nos corredores de Greendale, havia uma perspectiva original sendo direcionada às nuances do convívio social, acompanhada de um roteiro rápido, recheado de sacadas e de referências à cultura pop. A quarta temporada abandonou esses aspectos, de modo que as bizarrices pareciam acontecer por acontecer, como se os produtores tivessem uma noção superficial do que se tratava a série e estivessem tentando reproduzir suas fórmulas com metade do seu conteúdo. Ainda bem que as coisas melhoraram um pouco nas temporadas seguintes- embora a série jamais tenha reencontrado seu ápice da segunda e terceira temporada.

Doctor Who: 8ª temporada

Peter Capaldi em Doctor Who

Peter Capaldi é um ótimo ator, e sua interpretação do Doutor, mais sombria e menos boazinha, está igualmente excelente. O problema foi que o roteiro não ajudou muito nessa temporada. Claro que houve episódios memoráveis, entre eles Listen e Time Heist, mas esses estiveram perdidos numa tônica de episódios mornos, como Deep Breath e The Caretaker, e pérolas como Kill the moon e In the forest of the night– que com toda certeza figuram entre os piores expoentes da série, lado a  lado com o insuportável Love and monsters. Como se não bastasse a enxurrada de episódios ruins, o plot principal, que começou prometendo muito e num clima legal de mistério, acabou de maneria confusa e clichê com a trama da Nettersphere, de forma que acabamos com mais uma invasão dos Cybermen (chega né?). Sem falar no romance monótono da Clara com o Danny… Nem mesmo o retorno em grande estilo do Master/Missy salvou tanto ponto negativo.

Supernatural: 7ªtemporada

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Ok, tem muita temporada ruim de Supernatural. A sexta que o diga, com todo o mimimi do Sam à procura da alma perdida. A questão é que tanta confusão levou à abertura do purgatório, e deles vieram os Leviatã, seres sobrenaturais antiquíssimos e supostamente muito difíceis de derrotar. O problema é que os tais seres, além de serem a maioria de QI muito limitado e só pensarem em comer- carne humana ou até do amiguinho mesmo, o que vier- têm uma fraqueza… por um produto de limpeza. Além disso, o líder deles, Dick Roman, traçou um plano mirabolante e corporativo para, bem, entorpecer os seres humanos e torná-los fáceis de controlar… apenas para ter um estoque de alimento vitalício, transformando a terra em sua grande despensa. Deu pra perceber o problema? toda a trama da temporada soava ridícula, os leviatã aparentavam nenhum perigo depois do hype inicial, tinham zero motivação, e um efeito bem tosco- nada assustador, quase cômico- quando mostravam sua verdadeira cara, rendendo uma das temporadas mais monótonas de supernatural.  Não vou nem adentrar na morte do Bobby… só o exposto acima já explica porque essa é uma leva de episódios completamente esquecível.


E você, leitor? Consegue lembrar de algum momento no qual o roteiro falhou com sua série favorita? Não deixe de comentar!


Bernardo Nery

Romântico soteropolitano que adora brincar de poesia. Apaixonado por séries e qualquer tipo de história, pois a vida é feita de pessoas e o que elas têm a contar.

Salvador/BA

Série Favorita: Doctor Who

Não assiste de jeito nenhum: American Horror Story

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