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The 100 – 2×13 Resurrection e 2×14 Bodyguard of Lies

Por: em 3 de março de 2015

The 100 – 2×13 Resurrection e 2×14 Bodyguard of Lies

Por: em

The 100 - Lexa e Clarke

Qualquer dia a pessoa que vos escreve irá morrer assistindo The 100. É muita emoção e conteúdo para apenas 40 minutos, que passam sem que você sequer perceba, e essa reta final da temporada definitivamente não está para brincadeira. Ainda restam dois  episódios para o fim, mas Resurrection teve todo um ar de season finale, que me enlouqueceu, e Bodyguard of Lies trouxe revelações bombásticas. Mas vamos com calma, analisando detalhadamente todos os momentos desses dois ótimos episódios.

Resurrection teve início exatamente do ponto em que Rubicon parou. Após o lançamento do míssil e toda a destruição e mortes causadas por ele, os sobreviventes tentavam encontrar um lugar seguro e socorrer os feridos , enquanto um atirador do Mount Weather tentava garantir que ninguém sobrevivesse. Em meio a todo esse caos assistimos a cenas bastante interessantes, várias delas envolvendo Abby.

Estava claro que a chanceler permanecia indignada com a atitude da filha e, pelo que percebemos, se sentia até mesmo um pouco culpada. Fato que desencadeou uma conversa incrível entre ela e Kane. Enquanto a mulher se desesperava tentando entender como a filha conseguiu ser tão fria a ponto de deixar que tantas pessoas morressem, Kane jogou a verdade em sua cara. Clarke cresceu na Arca e presenciou situações como essa diariamente. De certa forma, é meio hipócrita Abby, que fazia parte de um conselho que matava pessoas até mesmo por roubarem para alimentar os filhos, foi uma das responsáveis pela morte do marido e enviou a própria filha e outros 99 adolescentes para uma morte quase certa, julgar as atitudes de alguém. Isso não exime Clarke de sua culpa, mas mostra que no universo de The 100 ninguém é verdadeiramente inocente e todos os lados têm atitudes questionáveis. 

The 100 - Clarke

Sobre Kane, honestamente, fiquei esperando que ele morresse durante todo o episódio. Afinal, há muito tempo em que o personagem não faz nada realmente útil e tem se mantido quase como um figurante com falas. Gostava dele durante a primeira temporada, mas no momento acho que se ele morresse nem perceberia sua ausência.

Outro ponto interessante mostrado pelo episódio é a importância que Octavia vem alcançando entre os Grounders. Indra chegou a mencionar que se algo acontecesse a ela seria a garota quem assumiria seu lugar. E durante o episódio vimos a irmã de Bellamy ter que realmente assumir o controle e, de fato, liderar algumas pessoas. A moça se saiu bem no papel e a cada semana fico mais empolgada com toda a evolução da personagem.

Lincoln, por sua vez, teve que lutar contra seus instintos de ceifador para ajudar seu povo e acabou reconquistando a confiança de Indra. O Grounder  também acabou se unindo, acidentalmente, a Clarke e Lexa na tentativa de matar o atirador. A loira acabou conseguiu matá-lo, mas como Lexa já a havia alertado, aquilo não fez sua raiva ou culpa diminuírem. O que a levou a afirmar que deseja todos no Mount Weather mortos, sem exceções.

The 100 - Jasper, Mounty e Maya

O grande problema vem justamente do fato de parte da população do Mount Weather ter resolvido ajudar, inspirada principalmente por Maya. Falando na menina achei bastante interessante explorarem, ainda que rapidamente, a relação de seus atos com os da sua mãe. Até o momento achava que suas ações se deviam principalmente a sua afeição a Jasper, então, foi bom perceber que, de certa forma, o questionamento sobre os métodos do Mount Weather esteve sempre presente em sua vida e suas ações se devem muito mais às suas definições de certo e errado do que a uma paixonite adolescente.

Assistimos, então, a um excelente episódio. Toda a tensão da situação foi muito bem explorada e transportada com perfeição para tela, o que proporcionou cenas eletrizantes e apenas comprovou a qualidade de The 100.

Em Bodyguard of Lies, por sua vez,  o clima esquentou e eu não estou falando da explosão causada pelo Bellamy. Talvez o episódio não tenha alcançado a qualidade de Resurrection, mas isso nem de longe o tornou ruim. Além disso, apresentou vários momentos interessantes que devem ser destacados.

The 100 - Clarke e Lexa

 

Primeiramente, acho necessário comentar a questão que vem movimentando o fandom desde antes do lançamento do episódio: o beijo entre Lexa e Clarke. Há alguns episódios venho percebendo a química entre as duas personagens, mas não imaginava um envolvimento romântico entre elas, principalmente pelo discurso de amor ser uma fraqueza que ambas vem reproduzindo há semanas.

Ainda assim, pudemos ver desde o início do episódio que Lexa nutria algum sentimento por Clarke. O ciúme pelo sentimento da moça por Bellamy estava evidente, além da sua preocupação com a segurança da loira e o fato de verdadeiramente ouvir o que ela tinha a dizer. Ao logo do episódio fomos percebendo que a comandante tentava lutar contra seus sentimentos, pois sua opinião sobre o amor não parecia ter mudado e ela não poderia se dar ao luxo de ser fraca em um momento como aquele. No entanto, a conversa com Clarke parece ter sido decisiva para que a Grounder finalmente cedesse às suas emoções e não hesitasse em beijar nossa princesa, que correspondeu. Após isso, Clarke deixou claro que ainda não estava pronta para um novo relacionamento, o que deixa aberta a possibilidade delas se tornarem um casal.

The 100 - Clarke e Lexa

O produtor executivo da série, Jason Rothenberg, confirmou  pelo Twitter que Clarke é uma personagem bissexual, aumentando ainda mais a possibilidade de um romance entre as duas líderes. A possibilidade não é algo que me desagrada, muito pelo contrário, mas acho que esse não é um momento para romances. Pelo menos não vejo muito espaço para isso faltando dois episódios para o fim da temporada. De qualquer forma, esse relacionamento é algo que pode ser explorado futuramente rendendo situações interessante, afinal, apesar de algumas semelhanças, as duas possuem personalidades e convicções diferentes e isso ficou ainda mais claro nesse episódio. Além disso, a série investiria em um relacionamento homossexual de duas mulheres em posição de poder, o que é muito válido. 

Acho importante ressaltar também que além de oficializar a bissexualidade da nossa princesa, Jason Rothenberg também mencionou que The 100 possui personagens heterossexuais, homossexuais e bissexuais, mas o único rótulo importante é “vivo ou morto”.

The 100 - Wick e Raven

O romance também esteve presente entre Raven e Wick. Desde a primeira aparição do rapaz sabia que ele acabaria se envolvendo com a moça e, para ser sincera, torcia muito para isso. Provavelmente nunca shippei um casal tão rapidamente e, ainda que o engenheiro tenha passado dez episódios sem aparecer, permaneci com a ideia fixa de algum dia Ravick (nome criado pelos fãs do casal) iria acontecer. Esse episódio prova que eu não estava errada. Ainda assim, tenho algumas ressalvas em relação ao pseudo-casal. Mas vamos com calma.

Primeiramente acho certo mencionar que gostei muito de ver Wick novamente, ele sempre trás uma dinâmica diferente para a série e faz com que a Raven receba mais destaque, o que é sempre ótimo. A química entre os dois é ótima e realmente acho que o engenheiro e a mecânica formariam um belo casal. Confesso que adorei as cenas entre os dois e até soltei um gritinho de pessoa histérica – não tenho orgulho disso – quando eles beijaram. Ainda assim, a sensação de que, no momento, há coisas mais importantes para trama do que romance permaneceu o tempo todo comigo. É claro que entendo o que levou a garota a ficar com o rapaz, afinal eles estão próximos a uma guerra e podem morrer a qualquer momento. Também entendo sua reação após o sexo, pois está claro que, assim como Clarke, ela ainda não superou a morte de Finn. Meu único problema com tudo isso é justamente o momento em que aconteceu, não acho que seja algo que prejudique a trama, só que agora a guerra é mais importante e interessante que romances.

The 100 - Octavia e Clarke

Enquanto isso, no Mount Weather, Bellamy fazia de tudo para neutralizar a névoa tóxica, acabando com qualquer defesa dos Homens da Montanha. Após a ajuda de Wick e Raven não ter sido suficiente, ele acabou fazendo o que sempre quis, explodindo todo o sistema e deixando o Mount Weather completamente desprotegido.

Octavia, por sua vez, provou que não tem nada de burra ao descobrir sozinha que Clarke sabia do míssil e deixou todas aquelas pessoas morrerem. A garota não ficou nenhum pouco contente com a situação e não é possível culpá-la. Afinal, o que torna Clarke tão importante a ponto de decidir quem vive ou morre? Ela pode até estar liderando aquele povo, mas isso não torna sua vida mais valiosa do que qualquer outra e não existem desculpas para seu ato. Indra até argumentou que estavam em meio a uma guerra, mas não sei até que ponto isso muda a opinião de Octavia.

The 100 - Mounty

Por fim, é preciso comentar a saga de Jaha no deserto. Eu queria me importar com essa história, mas honestamente não consigo. Tenho certeza que tudo o que descobrirmos apenas servirá para introduzir a trama da Cidade da Luz, que só deve começar efetivamente na próxima temporada, e sinto uma preguiça cada dia maior do Jaha. Sendo assim, a única parte realmente interessante desse plot foi dar alguma utilidade ao Murphy, que não tinha muito espaço na trama principal e – nem acredito que estou escrevendo isso –  se tornou um personagem com que me importo.

O que vimos foi basicamente o que restou do grupo de Jaha passando várias dificuldades no deserto, quase perdendo sua fé e, no fim, encontrando algo para alimentar sua esperança. Ou seja, tudo o que já tínhamos visto, mudando apenas as situações que diminuem ou aumentam a crença nessa jornada quase bíblica.

De qualquer forma, os dois últimos episódios conseguiram empolgar bastante e abrem caminho para um season finale épico, que promete encerrar muito bem essa temporada incrível.


Thais Medeiros

Uma fangirl desastrada, melodramática e indecisa, tentando (sem muito sucesso) sobreviver ao mundo dos adultos. Louca dos signos e das fanfics e convicta de que a Lufa-Lufa é a melhor casa de Hogwarts. Se pudesse viveria de açaí e pão de queijo.

Paracatu/ MG

Série Favorita: My Mad Fat Diary

Não assiste de jeito nenhum: Revenge

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