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The Flash – 1×02 Fastest Man Alive

Por: em 17 de outubro de 2014

The Flash – 1×02 Fastest Man Alive

Por: em

Depois dos números impressionantes em sua estreia oficial, The Flash volta com o primeiro episódio realmente inédito depois do vazamento do seu piloto lá em meados de junho e a satisfação realmente não poderia ser outra: apesar do clima bem diferente de Arrow, The Flash explora uma outra vertente do gênero, mais leve, cômica, porém não menos inteligente. Com inúmeras referências ao universo DC e tramas que prometem uma evolução interessante ao passar da temporada, já é certo (pelo menos para mim) de que a série é uma das melhores estreias dessa fall season – Grant Gustin deu o tom perfeito ao novo herói e agora nos resta aguardar para ver como o personagem vai se desenvolver com o passar do tempo.

flash - barry

Meu herói preferido sempre foi o Flash e eu nunca entendi muito bem o porquê. Talvez fosse o uniforme que tinha minha cor predileta ou a capacidade de lidar com o tempo de uma maneira bastante particular, mas agora consigo vislumbrar motivos mais concretos para essa predileção: o herói, apesar dos recém descobertos poderes, ainda é muito humano em seus pensamentos e aflições. A dúvida sobre a vitória que Barry demonstra é tão crível que faz a identificação com o espectador se tornar imediata. Fora que o roteiro puxa as cenas para uma tom bastante cômico, o que torna tudo bem mais leve. Acredito eu que, pelo menos nesse início, a série vá explorar sim uma vertente mais procedural, até que se encontre o grande vilão e um arco maior seja traçado (o que talvez já começa a ser esboçado a partir daquele final bastante intrigante).

Os momentos partilhados entre Barry e Joe foram bem interessantes para a construção da ligação que esses dois personagens sempre tiveram. Se no episódio piloto vimos todo o incidente na casa dos Allen, vislumbramos aqui um pouco de como foi a vida de Barry depois de que seu pai acabou atrás das grades. Claro que, diante de tanto embate, a negação de que Joe tivesse algum poder sobre Barry iria acontecer, paulatinamente regenerada por um final que resgata a cumplicidade entre os dois. A preocupação de Joe é válida e compreensível – além de ver seu quase filho envolvido em tramas que podem ser muito maiores do que ele pode controlar, o segredo do velocista escalarte coloca a vida de Iris em jogo, tamanha a proximidade entre os dois (que não tão cedo sairão da friendzone pelo andar da carruagem!). Thawne mostrou um pouco mais da sua personalidade, porém nada que o incriminasse, apesar dos rumores de que ele envolvido em um grande arco crescerem a cada semana. Já Iris parece se aproximar da trama principal quando decide por levar para frente uma investigação pessoal sobre o herói que vem salvando todos na cidade – seria essa a tacada inicial que acarretará na descoberta?

flash - multiplex

Como vilão da semana tivemos o Capitão Clone, opa, Multiplex. Para os mais aficionados, o personagem faz parte do universo DC e tem a habilidade de criar cópias perfeitas do seu corpo, todas ligadas psicologicamente ao original. Nas HQ’s, esse vilão já bateu de frente com Firestorm, Superman e o próprio Flash. O que The Flash deixa explicito é que o incidente no STAR labs criou inúmeros meta-humanos que podem estar usando seus novos poderes de maneira errada, sendo o papel do nosso velocista impedir isso. E, para isso, ele contará com a ajuda de seu recém-formado time: Cisco e Caitlin, a segunda um pouco mais resistente mas que acaba se entregando a ideia de que poderá salvar a vida de algumas pessoas no meio disso tudo. Alguns acharam o episódio raso demais, eu já achei que ele deu o tom exatamente do que a série será. As comparações com Arrow são burras: as séries só partilham de um mesmo universo, uma mesma mitologia, o que não quer dizer que elas tenham que ser contadas da mesma maneira.

De longe, Harrison Wells é o personagem que mais chama atenção até então. Depois daquele final do episódio piloto, muitos ficaram com a pulga atrás da orelha sobre quais seriam suas reais intenções e agora ele vem e apronta de novo. O que deu para notar é o grande conhecimento do futuro que Wells tem – ponto que chama atenção para a teoria de que ele é o Barry do futuro. E, pelo menos por enquanto, ele está fazendo o possível para ajudar Barry a se manter vivo e preservar sua identidade. Depois dessa primeira vítima do doutor, fica difícil chutar quais serão seus próximos passos, mas me mantenho muito curioso para saber! Semana que vem nos encontramos de novo, por isso deixo vocês com o vídeo promocional de Things You Can’t Outrun.

Mas pera, a review ainda não acabou não! Reservamos um espaço para os mais fanáticos, onde citaremos algumas das referências que o episódio tem porém podem ter passado despercebidas. Bem vindos ao QG DC:

QG DC

– Primeiramente não podemos deixar de citar a brincadeira que Barry faz com a narração de Arrow logo no começo do episódio. Se você não pegou isso, volta nos primeiros segundos e dá o play. Não tem como não rir.

Essa é a parte em que eu tenho que fazer todo aquele lance de introdução. Barry Allen, homem mais rápido do mundo, blá blá blá … – Barry Allen

– Se você notar, durante o episódio o número 52 aparece com bastante recorrência. Esse número é importante dentro do universo DC por definir eras das suas HQ’s e dividir grande parte das suas histórias. “Os novos 52” são um marco para a editora, por isso a recorrência do número (352 miles per hour/Ladder 52);

– Um dos contrapontos mais interessante que a história cria é a dualidade que Barry e Flash tem quando se trata do tempo. Se o herói é o cara mais rápido do mundo, Barry parece estar sempre atrasado – o que é uma clara referência aos quadrinhos. Outro ponto que referencia diretamente a mitologia original é a fome incessante do personagem, devido ao seu alto metabolismo;

– Parece que Eddie Thawne realmente tem algo escondido e até mesmo sua fala deixa isso no ar (“Você não tem ideia de como é difícil manter segredos”). Corroborando com as recentes fotos vazadas na internet, parece que teremos mesmo nosso Flash Reverso vindo por aí;

– Simon Stagg, aquele que foi morto por Wells no final do episódio, é, na verdade, um grande antagonista do Metamorfo – que já apareceu como easter egg em um episódio de Arrow. Mas depois do ocorrido, não acredito que veremos nenhum embate entre esses antigos inimigos;

P.S.: Meus caros, essa semana eu só vim por aqui para substituir meu amigo Alexandre que está viajando e sem internet. A partir da semana que vem, ele assume definitivamente as reviews e acredito que nos encontramos nos episódios de crossover que virão. Muito obrigado pela companhia, comentem bastante!


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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