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The Flash – 1×09 The Man in the Yellow Suit

Por: em 10 de dezembro de 2014

The Flash – 1×09 The Man in the Yellow Suit

Por: em

Depois de um crossover sensacional, ganhamos um mid-season finale excelente, de longe o melhor episódio que The Flash nos apresentou até aqui. Tem como terminar de assistir sem um sorriso no rosto (por mais que o episódio tenha sido muito mais dramático do que engraçado)? Nem nos meus sonhos mais otimistas, eu esperava gostar tanto da série. Só me resta agradecer a CW por ter entregue uma das melhores estreias da fall season e torcer pra que o nível continue alto quando o show retornar em 2015.

Grant Gustin Flash 1x09

Acredito que a escolha de Grant Gustin para o papel-título seja um dos grandes acertos da série – e uma das melhores escalações da CW em um bom tempo, ouso dizer. Ele foi a grande estrela de The Man in the Yellow Suit. E digo ele e não Barry porque os méritos de fazer com que o drama do personagem seja sentido são de Gustin (claro que com a ajuda de um bom texto, obviamente). Diferente do que as promos indicavam, este foi um episódio muito mais sobre Barry do que sobre o Flash Reverso, enfim devidamente “apresentado”.

Não é fácil ser Barry Allen. O jovem viu a mãe ser assassinada ainda criança, assistiu o pai ser preso e condenado injustamente, foi morar com a garota por quem tinha uma crush… É compreensível que, ante ao “retorno”, se é que pode se chamar assim, do Flash Reverso, todos os sentimentos adormecidos dentro de Allen venham à tona. Destaco, pelo menos, 3 momentos do episódio onde Grant teve a chance – e a agarrou com unhas e dentes – de mostrar que é mais do que um rostinho bonito no canal teen.

A conversa com Henry na cadeia é não só a melhor cena do episódio, como provavelmente a melhor da série até agora. O pai do velocista está certo. O fantasma do Reverso atormenta Barry desde sempre, roubando sua vida e sua vontade de viver. Por mais que seja fácil entender o desejo de Allen de provar que o pai é inocente, quem pode culpar Henry por querer que o filho seja feliz? É extremamente tocante ele pedindo a Barry que esqueça isso e siga sua vida. Ele já está resignado – aceitou a culpa por um crime que não cometeu e tudo o que quer, agora, é que o filho seja feliz.

Mas como viver feliz quando a garota dos seus sonhos está de casamento praticamente marcado? Fiquei surpreso por ver o rapaz finalmente abrindo o coração e confessando seus sentimentos para Iris- em outra cena fantástica. Deu pra sentir o peso de anos saindo dos ombros de Barry a cada palavra que ele despejava. Obviamente não daria em nada agora, mas ao menos ele não precisa mais mentir. Como vão seguir com isso de agora em diante, eu não faço ideia, já que, por enquanto, é bem claro que Iris realmente ama Eddie e vê em Barry apenas um amigo.

Cailtin flash

Caitilin foi a responsável por momentos também emocionantes. A decepção nos olhos da garota quando Ronnie não a reconheceu foi mortífera (a propósito, Robbie Amell nunca vai atuar bem? Nossa senhora…). Gostei de ver o trato que a série deu a essa história. Achei que Nuclear seria só mais um meta-humano, em um caso resolvido numa semana, mas aparentemente, ele estará ligado a algo bem maior.

A história de que Ronnie não se lembra do que era é um pouco estranha. Acredito que ele sabe sim quem é – e especialmente quem é Caitlin – , mas se vê como uma ameaça e, por isso, deu a ela o ultimato de não procurá-lo mais. Nesse sentido, Barry deve ser crucial para convencê-lo de que está tudo bem e que essa nova realidade é algo com o qual se é possível lidar, sem consequências mais graves.

Flash Reverso

Pra quem esperava que a aparição do Flash Reverso deixaria as coisas mais claras, tsc tsc. A chegada do arqui-inimigo de Barry só deixou tudo mais confuso. Os objetivos do Reverso não ficam claros em nenhum momento e a interação dele com Barry, deixando claro para o jovem que eles se conhecem e que estavam “destinados” a se encontrar é intrigante. A cena final que mostra Wells observando o traje e usando um dispositivo que codifica a voz nos dá muito que pensar. Aparentemente, fica claro que sim, ele é o Flash Reverso. Ou ao menos uma versão dele.

Sabemos que Harrison Wells pode viajar no tempo e tem algum plano que envolve o Flash e seu desaparecimento no futuro. As teorias, então, são muitas. A velocidade que Barry atinge é um ponto crucial a ser levado em conta, já que o cientista sempre bate nesta tecla e aqui, nós vimos Barry admitir que ainda tem muito a aprender e que não consegue alcançar o Reverso em uma corrida mano-a-mano. Wells pode ter aparecido, assim, como Reverso, para forçar Barry a entender que precisa de treino – e isso pode influenciar no futuro.

Mas não dá MESMO pra saber onde essa história vai dar. O Reverso que vimos bater em Wells é, então, sua versão do futuro e tudo aquilo era uma encenação para que ninguém desconfiasse que ele está por trás de tudo? Outra hipótese é de que tudo que vimos aqui, na verdade, tenha sido um plano armado pelo cientista para, por meio dos equipamentos usados para ‘atrair’ o Reverso, conseguir os poderes que terá no futuro – e eu sei que a origem dos poderes do Reverso nas HQ não é bem essa, mas quem garante qual caminho os roteiristas vão escolher?  Mais uma vez, teorias. E sim, minha cabeça deu um nó com tudo isso. 

E não dá pra ignorar também aquele olhar que ele lançou a Eddie no laboratório. Se eu já não acreditava no noivo de Iris sendo Reverso, acredito menos ainda agora. Mas provavelmente, algum envolvimento ele terá. Esperemos pra ver. Se continuarmos ganhando episódios como este, a espera vai valer.

PS. A terceira cena em que o Grant arrebentou a que eu me referi foi a conversa com o Joe no final. “O mundo precisa do Flash. Mas eu preciso do meu Barry Allen.”

PS¹. Todo mundo reunido pro natal foi bonitinho – bem como Isis pedindo ajuda a Caitlin.

PS². Cisco externou minha inquietação: Alguém estava com o Reverso na noite da morte de Allen. E usava as cores do Flash. Teorias?

PS³. Flashbacks foram bonitinhos, mas aparentemente sem utilidade maior.

Até janeiro!


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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