Dando sequência ao episódio da semana passada, The Originals recupera o seu fôlego e entrega uma trama um pouco mais compassada com os acontecimentos que já presenciamos durante toda a nossa estadia perto destes personagens. O que vale notar é que nem por um segundo o ritmo mais lento (comparado com o anterior) atrapalha ou cansa – muito pelo contrário, ele cede todas as informações necessárias para que entendêssemos um dos grande momentos da premiere: a volta de Kol ao lado de sua mãe sendo que ele fora um dos que lutou contra Esther quando a bruxa quis acabar com a raça vampira lá na terceira temporada de Vampire Diaries. E, mais uma vez, tudo nos levou ao fato mais importante e bem trabalhado na série: as relações familiares.
Kol é um excelente personagem e ver Nate Buzolic de volta na pele do Original foi realmente um momento nostálgico para os fãs (para quem ainda não sabe, Plec andou declarando que o ator ganhará uma websérie para Kol, mostrando o passado do vampiro). E, apesar de tudo parecer um pouco jogado a princípio, as coisas começaram a fazer sentido quando vimos quantas vezes o mais novo dos vampiros originais foi deixado de lado por aqueles que chama de família. Taí o sentimento de vingança que pode o ter motivado a estar do lado de sua mãe agora, afinal Klaus nunca o levou a sério o suficiente para tomar partido ou ser um irmão de verdade. Só que, apesar dessa vaga motivação, eu apostaria em algo muito mais levado pela vaidade da eternidade do que qualquer coisa. Kol nunca escondeu que amava a sua eternidade, seu poder, por isso que sofre tanto ao estar na pele de um garoto jovem que pouco representa tudo que ele um dia foi – apesar de que, Kaleb vem sendo uma personificação e tanto de Kol, valendo um elogio para Daniel Sharman e sua “revisita” ao original.
Só que já vimos que as coisas não vão ficar bem do jeito que Cassie/Esther gosta. Depois de ver que a mãe estava disposta a qualquer coisa para conseguir atingir seus objetivos – cujo o final todo mundo já sabe – Kaleb/Kol decidiu dar uma virada o jogo e não repassar a informação mais importante que adquiriu em sua empreitada ao lado de Davina: a volta de Mikael para o mundo dos vivos. A dúvida que fica é se Kaleb/Kol vai tomar algum partido, talvez voltando para o lado dos seus irmãos, ou se vai jogar sozinho, o que faria muito mais o estilo do personagem. De qualquer maneira, as cartas que estão sendo colocadas na mesa montam um cenário bem mais diverso do que já imaginávamos. A cena entre Cassie/Esther e Klaus foi uma das mais fortes e que mais me agradou durante o episódio porque o nível de tensão era tão alto que era paupável que algo estava acontecendo além de um encontro entre uma garota com poderes sobrenaturais e um híbrido que quer o controle da cidade. Toda a atmosfera criada para o evento, as ameaças e o simples chamado de “Niklaus” fizeram com que este percebesse que a ameaça bruxa ia muito além pois se tratava de um reencontro familiar.
Which of our parents we will kill first? – Klaus
E se Klaus se deparou com mamãe, Elijah teve que bater de frente com Mikael – que teve a breve sensação da liberdade -, fazendo do momento muito pouco agradável. Claro que as ameaças ao elenco principal sempre são menos preocupantes, mas as cenas não deixam de ter a tensão necessária. O que me preocupa nesse ponto é o excesso de poder que Davina tem sobre Mikael porque simplesmente ela faz o que quer. Se precisa do vampiro e manda, ele obedece. Se fala para ele voltar para casa, ele volta. Tudo bem, ela é uma bruxa da Colheita, entendo que seus poderes devem ser grandes e que ela é uma peça chave para o desenvolvimento de toda trama da quebra da ligação entre um original e outros vampiros, mas espero que o roteiro tenha cuidado de não a transformar em uma menininha foda que faz o que quer quando precisa – até porque eu tava começando a gostar dela.
Agora uma das coisas que mais me agradaram nesses 40 minutos: Hayley! Sério gente, essa transformação é tudo que eu queria ver quando Elena se transformou. A raiva incessante maturada de uma forma sombria. Hayley não é mais a mesma e não há ninguém que consiga provar o contrário, porém a sua maneira de demonstrar o sofrimento pela perda da filha é tão crível, que se torna compreensivo tudo que ela acaba por fazer (ainda mais quando tem um mentor como Klaus). A ligação entre os dois vem crescendo, ao passo que seu caminho para mais perto de Elijah vai se tornando ainda mais distante – a existência de um triângulo, mesmo que não amoroso, traz um sabor bacana para as cenas que envolvem os três.
É legal também que a situação de Hayley, mesmo que só parcialmente, pode ser equiparada com o que vimos no passado entre Elijah-Marcel-Klaus – o ciúmes da ligação entre dois deles acabou fazendo com que o terceiro se encaminhasse para decisões equivocadas (nesse caso Klaus). Então seria esse um paralelo com o final do episódio? Estaria Elijah se equivocando agora ao se aliar ao time vampiro para a manutenção da espécie, o que pode significar um embate direto com Klaus? Será bem interessante saber como se desdobrará esse lado de mentor de Elijah (#todomundodesocial).
E porque não citei o Finn até agora? Porque ninguém se importa com ele, essa é a verdade. Eu até ri quando o próprio Kaleb/Kol diz que qualquer pessoa se entedia com o irmão – o que é a mais pura verdade. Não tivemos nem um pouco de Cami (o que faz bastante falta), nem notícias de Hope (o que era esperado), muito menos de Rebekah (será que vão chamar ela para a reunião familiar?). Então basicamente ficamos assim: Klaus descobriu que papai e mamãe Originais estão de volta, Elijah decidiu homenagear os professores e virar mentor de novos vampiros (parabéns a todos os mestres nesse dia muito importante!), Hayley tomou a frente da matilha e aparentemente tentará contornar a ameaça de Cassie e Kaleb/Kol sabe muito mais do que declara, o que pode tornar tudo mais interessante. Te deixo agora com o vídeo promocional de “Every Mother’s Son“ e espero você nos comentários!
