Que qualidade estamos tendo nesse segundo ano de Originals, não é mesmo? Já em seu terceiro episódio, a série não perdeu o ritmo da premiere e pouco perde tempo com tramas inconsistentes. Personagens que não tem ligação com a trama contada não são mostrados porque cada minuto do episódio precisa ter significado. E é isso que dá satisfação ao ver uma série, a preocupação com um roteiro de qualidade e atuações brilhantes. A jogada de tornar Esther uma surpresa é arriscada, porém vem se provando extremamente agradável devido as atuações entregue pelas atrizes que participam dessa jornada. Algumas questões foram levantadas, mas a missão de Esther parece só uma: destruir quaisquer resquício de felicidade na vida de seus filhos (mais uma vez).
Mais uma vez, acho que é válido começar por aquela personagem que vem sendo um dos grandes destaques desse novo ano: Esther. A bruxa que já tinha mostrado um pouco das suas intenções nos últimos episódios, deixou agora muito claro que não veio para brincadeira e que quer tirar tudo que seus filhos tem, para que assim eles apelem para a única saída restante – deixar o vampirismo de lado (a cura para os problemas, segundo Esther). Foi interessante essa volta ao passado que a série fez, principalmente para que muitos que não acompanhavam TVD conseguissem entender um pouco mais das motivações de cada um daqueles personagens. Aparentemente, o agente motivador de todas as ações de Esther é o amor, por mais que isso soe de maneira controversa. Primeiro, ela amou tanto seus filhos que agiu contra as forças da natureza para torná-los imortal. Perder alguns deles a tornou marcada para sempre. E agora ela retorna procurando curar seus filhos do mal que ela mesma criou – uma trama que, apesar de recorrente, acaba sendo bem interessante pelo jogo de posições opostas que Esther adota ao longo do tempo.
Me chamem de louco, mas a família Original vem sendo muito citada nos últimos tempos. Talvez seja devido a eminente reunião ou pelo simples fato de que este é o título do seriado, mas algo me diz que revisitaremos mais do passado e que, talvez – acrescente um GRANDE TALVEZ nisso -, até aqueles que aparentemente já morreram nessa família possam aparecer (sim, estou falando do pai de Klaus e dos outros irmãos Originais). Claro que o roteiro ia precisar de algumas boas manobras para que isso acontecesse de maneira coerente, mas não consigo tirar essa ideia da minha cabeça. E enquanto estava no corpo de Cassie, Esther conseguiu começar parte do seu grande plano, plantando a semente na cabeça dos irmãos, começando a colocar um contra o outro – o que claramente irá culminar em uma ruptura pelo menos parcial desse relacionamento. Agora o que pouco me agrada nisso tudo é Finn. Sério, o personagem é o campeão na falta de carisma e nem quando estava no seu próprio corpo agradava, imagina no de outra pessoa. Entendo o propósito dele ali e até acredito que poderemos ver mais coisas vindo dele, mas, ainda assim, não gosto nem um pouco de sua presença.
Já o sumiço de Kol me pareceu um tanto quanto suspeito. Ainda não acredito que ele tenha se convencido de que a mãe estava certa, mas sim que sua vaidade foi tamanha grande para se deixar morrer com a queda do Outro Lado. Uma pena que não tivemos nada do personagem nessa semana, mas podemos aguardar muitas coisas dele, podem apostar! Voltando ao núcleo principal, curti demais o embate emocional que Klaus apresentou nesse episódio, surtando após descobrir que sua mãe, mais uma vez, fora causadora de um grande mal na sua vida. The Originals trabalha muito bem com essas complicações das relações entre os Mikaelson, de forma a mostrar que, apesar de seres imortais, as questões mais humanas e pequenas possíveis são capazes de atingi-los. No contraponto, Elijah começa a criar laços com sua nova família vampira, o que pode acabar culminando em um embate direto contra Klaus, Hayley e os lobos. Acho bem interessante explorarem mais desse lado do personagem, além de aprofundar a relação entre o original e Marcel, o que já vimos nos flashbacks mas muito pouco no tempo presente.
Hayley atuou, mais uma vez, como peça chave para a ação principal do episódio, o que mostra o tremendo crescimento da personagem e assumindo de vez o posto de protagonista feminina deixado por Rebekah. As dúvidas perante a oferta de Esther foram pertinentes, afinal a recém transformada em híbrida viu absolutamente tudo ser retirado da sua vida, porém duvido muito que ela aceite algo vindo de alguém que fez o que fez (ela demonstrou muita raiva sempre que falou de Esther no episódio). A única parte que me chateia é o afastamento crescente entre ela e Elijah. Um verdadeiro precipício vem se abrindo entre os dois, algo que talvez leve um tempo para ser superado, mas que eu ainda acredito ter jeito, afinal toda troca de farpas, mesmo em momentos pequenos, nos levam a crer que os dois ainda se envolverão de alguma maneira. Enquanto isso, nada vimos de Davina, Cami, Kol ou Mikael, o que comprova o foco que a trama tem em mostrar somente aquilo que precisa ser trabalhado no momento – apesar da minha ânsia por ver toda a família reunida de uma vez!
O que vale lembrar é que, mesmo só com três episódios, Originals já transformou completamente a historia que vinha contando, passando de uma disputa territorial/emocional (Klaus x Marcel) para um embate familiar envolvendo toda a família original. Isso é que é roteiro bom. O vídeo promocional do episódio seguinte promete Mikael e Klaus frente a frente, o que só pode significar mais uma semana de aflição. Confira aqui o vídeo de “Live and Let Die”:
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