Não quero desanimar ninguém, mas depois da trama apresentada nessa estreia da terceira temporada de The Originals, minhas apostas são altas de que acabamos de entrar no último ano da série.
Sabem por que eu digo isso? Primeiro porque os números de audiência da série já não são nada expressivos – mesmo mudando de dia e se juntando a The Vampire Diaries na programação, a audiência se manteve a mesma das segundas -; depois ouvimos da boca de Klaus que todos que ele odeia já estão mortos, de uma maneira ou de outra, o que nos leva a guerra vampira como última grande batalha. E, talvez, essa seja a melhor saída para que Originals não entre no marasmo de tramas repetitivas e temporadas arrastadas. No momento, o que de melhor poderia acontecer era um grande final envolvendo as duas séries vampiras, o que eu duvido muito que a CW faça.
Dito isso, voltamos a estreia da qual gostei muito. Apagamos aquele ranço do final da segunda temporada e entramos em um mundo aparentemente pacífico, onde os personagens vivem das implicações de suas ações no passado. E claro que iniciar a temporada com uma cena de todos os Mikaelson no passado foi motivo suficiente para me ganhar por todo o episódio. Há muito eu imploro para que Plec e Narducci tenham coragem de colocar todos os irmãos juntos de novo, o que acaba nunca acontecendo. Dessa vez, voltamos ao momento após a transformação deles em vampiros e pudemos ver o começo da ruptura na estrutura familiar.
Interessante notar como a divisão, pelo menos naquele começo, não era tão clara como atualmente. Kol e Elijah tinham uma opinião semelhante (matar o pobre garoto, que de pobre não tem nada), Rebekah e Finn tentavam voltar a vida normal e Nik acabou sendo o ponto decisivo. Agora vou confessar: não me toquei de que o menino do flashback era o Lucien por um tempo – dai, quando percebi, fiquei muito animado! Essa ligação proposital entre passado e presente que a série gosta de usar para contar suas tramas é muito interessante, porque a gente passa a conhecer um personagem e consegue, ao mesmo tempo, entender de onde vem todas as suas frustrações. Para quem ainda não sabe, Lucien é o primeiro dos vampiros da famosa Trindade. Ele fora o primeiro que Klaus transformou e em breve devemos conhecer os primeiros de Elijah e Rebekah.
Achei que esse lance da Trindade seria um saco, mas acabou que me surpreendi. Todo o lance da classe vampira estar em guerra e querendo acabar com as linhagens, coloca os Originais na linha de fogo, dando uma ameaça nova (e verdadeira) para personagens que estavam sempre em um pedestal. Claro que devemos desconfiar das puras intenções de Lucien – afinal, ele é o responsável pelas mortes com marca de sorriso coringa -, mas foi macabro ver a vidente incitando como seria o futuro de Klaus e de sua família por consequência. No final do episódio, vimos também Aurora, outra da Trindade, naquele retiro espiritual e, aparentemente, percebendo que era a hora de agir. De verdade, pode vir muita coisa dessa trama e estou bem animado por isso.
Ainda sobre Klaus, tivemos uma nova perspectiva da sua relação com Cami, que surge nessa temporada ainda mais dona de si e sabendo o que quer. As conversas “profissionais” entre eles podem ser um grande diferencial para a vida de um híbrido que sempre insistiu em estar certo, de uma maneira ou de outra. Claro que nem tudo serão flores e Klaus é Klaus, então Cami terá um pouco de trabalho nesse sentido. Não entendi muito bem de onde surge o envolvimento dela com a polícia, mas o novo detetive parece bastante determinado a encontrar quem anda deixando o sorriso coringa na galera e até ouso apostar que ele conhece muito bem a fama da cidade quanto aos vampiros que comandam tudo.
Na contramão de tudo que foi muito bom no episódio, tivemos Davina e sua constante luta contra a classe bruxa. Depois de ter se tornado regente dos clãs de New Orleans, a menina agora enfrenta a raiva de algumas bruxas que não acreditam no seu papel de líder. Esse vai e volta da personagem me irrita um pouco. Uma hora ela paga de dona de si, na outra vai pedir arrego para Marcel – sabe, vamos definir uma postura querida? Fato é que ela vai usar Hayley para alguma coisa, só não sabemos ainda o que. E já que falamos na loba, deu um pouco de pena de ver sua luta para ver a filha uma vez por mês, o que claramente ainda é o motivo da briga entre Klaus e Elijah. Agora com essa aliança com Davina, talvez a maldição seja quebrada, o que acho muito bom para que esse drama não se prolongue por muito tempo.
Freya volta como parte fundamental da família, o que já era de se esperar. Gostei muito do voiceover que rolou no começo do episódio, onde ela conta para Rebekah como está tudo e pede ajuda, já que a irmã mais nova sempre exerceu esse papel de estar no meio das brigas entre os outros dois. Ela ainda pode crescer muito, mas é normal que seja deixada de lado por um tempo considerando o destaque que teve durante toda a metade final da temporada passada. Vale falar alguma coisa sobre Marcel e seu clube da luta? Acho que não, né… Dá um confere no vídeo promocional do próximo episódio e não esquece de comentar comigo o que achou! Até mais.
P.S.: Ainda é muito estranho ver Originals na sexta-feira.
