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The Strain

Por: em 29 de outubro de 2014

The Strain

Por: em

Me lembro muito bem do dia em que vi a primeira notícia sobre The Strain: “Trilogia da Escuridão de Guillermo del Toro será adaptada para TV com produção de Carlton Cuse”.

Parei.

Li novamente.

Parei.

Meus olhos marejaram, sinceramente. O responsável por Hellboy, A Espinha do Diabo e O Labirinto do Fauno <3, iria juntar forças com o showrunner de Lost <3² para trazer uma série sobre vampiros sem nenhum tipo sedução brilhante <3³. A FX havia realizado o sonho de meio mundo nerd.

The Strain - Os vampiros de Guillermo del Toro

The Strain traz o melhor de del Toro: criaturas com seu toque de excentricidade e esquisitice, uma boa dose de terror clássico, política e, claro, personagens falíveis.

The Strain também traz o melhor de Carlton Cuse: flashbacks que mostram a profundidade da história e o eterno combate entre Ciência Vs Religião (nesse caso o melhor seria dizer Mitologia, mas vocês captaram a essência).

O piloto, dirigido pelo próprio del Toro, foi, na minha opinião, um dos melhores do ano. Tudo começa quando um avião da Regis Air aterrissa no aeroporto de JFK, em Nova Iorque. Os mistérios iniciam quando se descobre que o avião realizou o pouso no piloto automático e, aparentemente, não há nada “vivo” dentro da aeronave. A equipe do Dr. Eph (Corey Stoll, de House of Cards), do Centro de Controle de Doenças – aka CDC – é chamada para averiguar uma possível contaminação por um vírus letal.

Quando Eph e sua assistente/amiga íntima, a Dra. Nora Martinez (Mia MaestroWhite Collar), entram para inspecionar o local, eles encontram apenas quatro sobreviventes na aeronave. Na inspeção, eles também encontram uma espécie de verme que, aparentemente, é o causador de todas as mortes. A partir daí, começa a investigação para descobrir que causou a morte de todos os passageiros e por qual motivo os outros quatro permaneceram vivos.

The Strain - CDC

Mas a equipe de Eph não sabia que tudo aquilo era um plano para espalhar a epidemia de “vampiros-chupa-cabra” por toda Big Apple. Dentro do avião, em um caixão lindamente entalhado, estava a criatura que posteriormente conheceremos como The Master – uma entidade milenar que procura disseminar seus vermes e criar hordas de vampiros. Como peça essencial desse plano, temos Eldritch Palmer (Jonathan Hyde – Spooks), um poderoso e moribundo bilionário que pretende ajudar o mestre em seus objetivos e, assim, alcançar a “vida eterna”. Outra peça importante da história é Thomas Eichrost (Richard Sammel – Da Vinci´s Demons) – uma espécie de braço-direito do mestre. Ele é o responsável pelo organização e encontros com todos envolvidos no plano. Diferentemente dos outros vampiros, Eichrost não perdeu (fora a aparência – em uma ótima cena de maquiagem) suas características de humano.

Por último, porém não menos importante, está Abraham Setrakian (David BradleyDoctor Who) que, na minha opinião, é melhor personagem de The Strain. Muito pelo ator, muito pelos flashbacks. A história de Setrakian com o mestre e Eichrost, dura décadas. Munido de desejo de vingança, ódio e armas descoladas, o velhinho é o responsável por unir a equipe de Eph e alertá-los sobre algo muito maior do que um vírus.

Existem alguns personagens secundários que tomam forma durante o decorrer da temporada: o “machão” caçador de ratos Vasily Fet (Kevin Durand Lost); a “mega-hacker” Dutch Velders (Ruta Gedmintas – The Borgias), responsável por derrubar a internet e evitar que notícias sobre a epidemia se espalhassem no ~Insta; Zach (Ben Hyland – House of Cards) que faz o papel de criança na série (mas é responsável pela cena mais clássica de terror de toda a primeira temporada); e Gus (Miguel GómezLouie) , o criminoso folgado com family issues que pulou do lado negro da força para ser um vigilante.

The Strain - Vampiros sem presas

The Strain agrada a todos os fãs do gênero de terror, suspense, Sci-Fi e “salpicadas” de ação. Sua primeira temporada conta com alguns furos grandes de roteiro e alguns episódios com pouco ritmo, mas analisando o todo (e excluindo algumas licenças poéticas para o bom desenrolar da história), acredito que tenha se saído bem e seja uma ótima opção diante dos vampiros musos e musas da TV.

Com cenas incríveis como as primeiras aparições dos vampiros (Ann-Marie <3), cenas de sobrevivência à la The Walking Dead e clássicas cenas de filmes de terror/suspense, The Strain é um balde cheio de referências e elementos surpresas que rendem pano para uma boa segunda temporada (já confirmada!). O cliffhanger do Season Finale deixou um gostinho de quero mais e abriu um ótimo leque de opções para o crescimento da mitologia da série. Se você sente “nojinho” talvez The Strain não seja a melhor escolha. Mas se você gosta de cenas excêntricas como a perda de órgãos genitais durante a transformação dos vampiros (nada explícito, ok?), perseguições em locais claustrofóbicos e uma maquiagem de terror gótico, não perca tempo pois vale cada minuto.


Thiago Martins

Concorda plenamente que a única coisa melhor que uma vaca é um humano. A menos que você precise de leite. Aí você realmente precisa de uma vaca. <3

Praia Grande

Série Favorita: Lost

Não assiste de jeito nenhum: Super Fun Night

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