O criador de Breaking Bad, Vince Gilligan, diz que ele e o roteirista Peter Gould estão trabalhando “a todo vapor” no possível spin-off. Com os últimos oito episódios da série da AMC marcados para começar dia 11 de agosto, os telespectadores podem se consolar com a possibilidade de um spin-off, feito em torno das conspirações criminosas do advogado Saul Goodman.
O projeto não é uma coisa certa, mas Gilligan, que começou a falar sobre a ideia no ano passado, deu uma entrevista ao “The Wrap” falando sobre o assunto.
Tim Molloy: Você pode falar sobre a situação do possível spin-off?
Vince Gilligan: […] Uma vez que Peter criou o personagem, me senti mais do que certo de estar trabalhando com ele nisso, e estamos desenvolvendo um argumento para apresentar ao estúdio e à emissora, algo que realmente esperamos que eles gostem, até porque todos conseguem perceber que há um show muito divertido que pode ser tirado daqui. E espero que nós façamos funcionar, e, em seguida, Peter irá executá-lo. Eu adoraria ver isso acontecer. Ainda não é um acordo fechado, mas é definitivamente algo em que estamos trabalhando todo vapor.
Tim Molloy: O seriado, caso aconteça, terá formato de comédia ou drama?
Vince Gilligan: Vamos tentar encontrar uma maneira de fazer as duas versões do show ao mesmo tempo. Como você pode imaginar, um programa do Saul Goodman como principal teria que ter humor, mas o personagem também recebe alguns clientes assustadores, o que faz ter drama também. E por isso, até agora não estamos completamente decididos do que fazer quanto a isso.
Tim Molloy: Alguma decisão sobre a série se tratas de um prelúdio ou sobre as futuras aventuras de Saul?
Vince Gilligan: Essas são as duas grandes perguntas que nos fazemos – é uma comédia ou um drama, é um prelúdio ou sequência? Mas tendo dito isso, tenho que ser discreto para saber se será uma sequência. Porque nunca se sabe, nos oito episódios finais de Breaking Bad tudo pode acontecer, e alguns personagens podem morrer. Eu não posso dizer com certeza se seria uma continuação. Pode ser, pode não ser.
Tom Molloy: Caso seja prelúdio, Giancarlo Esposito diz que adoraria aparecer.
Vince Gilligan: Se houver alguma chance de trabalhar com Giancarlo novamente, gostaria muito de aproveita-la. Ele é um ator maravilhoso e um cara tão legal… É um daqueles momentos onde você pensa: ‘É claro que ele não é Gus Fring, ele é um ator. Ele é um ator muito bom.” Mas mesmo depois de muitos anos fazendo isso, eu ainda fico impressionado com o que um bom ator pode trazer para um personagem, e quão diferente do personagem um bom ator pode ser. Usando Giancarlo como exemplo, ele é um cara tão doce e gentil, que assim que te vê ele se sente obrigado a lhe dar um grande abraço. Ele faz yoga e está sempre saudável, e mesmo assim consegue interpretar um personagem que é frio e metódico como o Gus Fring.
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