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Wet Hot American Summer

Por: em 31 de julho de 2015

Wet Hot American Summer

Por: em

Os apaixonados por séries (e pelo Netflix) já podem comemorar. Wet Hot American Summer teve sua estreia hoje (31/07) no serviço de streaming, com oito episódios liberados. A comédia é baseada no filme de mesmo nome (lançado em 2001), trazendo de volta grandes nomes que, há 14 anos, nem eram tão conhecidos assim. E sim, estou falando de Amy Poehler (Parks and Recreation), Bradley Cooper, Paul Rudd e Elizabeth Banks (Modern Family). Entre outros atores que também retornam estão Joe Lo Truglio (Brooklyn Nine-Nine), Christopher Meloni (Surviving Jack), Molly, Janeane Garofalo (24 Horas), Nina Hellman, Ken Marino (Marry Me), Marguerite Moreau (Grey’s Anatomy) e Zak Orth (Revolution).

Na época de seu lançamento, o filme foi um fracasso de bilheteria. Só teve reconhecimento quando lançado em DVD, recebendo o status de “cult”. A adaptação para o Netflix ficou sob a resposabilidade dos mesmos produtores, Michael Showalter e David Wain.

Wet-hot-american-summer-netflix-cast

O acampamento Firewood está de volta, só que agora em seu primeiro dia (basicamente oito semanas antes dos eventos do filme). Os monitores, com seus 16/17 anos, estão preparados para receber os campistas – ou é o que Mitch e Beth esperam. E é nesse ambiente em que monitores e campistas vão dividir o centro das atenções com suas peripécias e dramas de vida. Tudo isso, da forma mais insana que vocês podem imaginar.

As tramas de acampamento não fogem muito do básico: em algumas semanas, os campistas terão que lidar com suas amizades e rivalidades. No final, sempre há um grande show de talentos pelo qual o clube do teatro se dedica durante todo o tempo, liderados por BenSusie. Andy, Victor, Katie, Neil, Gene e McKinley também estão de volta. Do outro lado do rio, um acampamento de uma galera mais abonada aparece como um provável rival do Firewood.  Por fim, temos Lindsay, uma jornalista que se passa por monitora para relatar o que realmente acontece em um acampamento americano. Como diria as chamadas da Sessão da Tarde essa turminha da pesada vai aprontar altas confusões.

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Bizarro, absurdo e até um tanto forçado. À princípio, é só nisso que podemos pensar. Porém, não dá para negar que é divertido. É um besteirol americano transformado em uma série do Netflix. Antes mesmo de dar início ao episódio já podemos imaginar que vai ser tudo idiota. O desafio mesmo é transformar essas situações ridículas em uma produção memorável, como tantos filmes do gênero o fizeram. Acrescentamos ainda o fato de que hoje existe uma grande crítica ao politicamente incorreto, o que torna esse reboot um tanto arriscado.

Do elenco, não podemos reclamar. Qualquer produção que reúne tantos nomes de peso já pode ser aplaudida de pé. Considerando que a história se passa na década de 80 e os atores representam personagens bem mais jovens, é claro que as atuações são forçadas. E acredito que seja nisso em que a série se apoia. Não existe aquele medo de ser ridículo, uma vez que os riscos são menores em um serviço de streaming. O pior que pode acontecer é não ganhar uma segunda temporada. Outra coisa interessante na proposta é ver o como o tempo pode ser cruel conosco, meros mortais. Se nem o queridinho das telonas e todo galã Bradley Cooper se salvou, quem somos nós para reclamar, não é mesmo?

Pode parecer estranho, mas a participação consideravelmente grande das crianças em meio a tanta “obscenidade” dos personagens mais crescidos é um ponto muito positivo. Foi a dosagem quase perfeita, na verdade. E, se vocês forem pensar, realista. É comum que algumas produções não saibam trabalhar tão bem com alguns núcleos quanto trabalham com outros, o que não foi o caso de WHAS. A interação entre os monitores e campistas é bem legal. Se continuar acontecendo, será ótimo para a dinâmica da série.

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Quem assistiu à versão original, certamente notou as semelhanças na produção do Netflix. Além do óbvio, algumas cenas estão bem parecidas. A abertura da série, inclusive, é uma recriação muito boa do início do filme. A caracterização também parece bem fiel à década em que se passa – e digo isso tanto em termos de figurino quanto à construção dos personagens. Mais de 14 anos depois, Wet Hot American Summer volta com os mesmos monitores malucos em um retrato fiel ao que foi mostrado lá em 2001.

No final das contas, acabei gostando bastante da série, ainda mais que do filme. Além das idiotices sem tamanho, tem umas mensagens legais sobre amizade. Sem contar aquele clima maravilhoso de férias, né? Acho que quem passou pela experiência de um acampamento deve reconhecer muitas situações da vida real ali. No mais, dá pra divertir bastante e os episódios não têm nem 30 minutos. Assim como tantas produções do Netflix, é difícil resistir a tentação de ver tudo em uma sentada.

Essas foram as minhas Primeiras Impressões. Agora quero saber de vocês: o que acharam de Wet Hot American Summer? Já viram e pretendem continuar? Venham comentar aqui com a gente! E continuem acompanhando o Apaixonados por Séries, na próxima segunda-feira tem review do segundo episódio. Até lá!


Giovanna Hespanhol

Jornalista apaixonada pela cultura pop e por tecnologias. Forte tendência a gostar de séries ruins e comédias água com açúcar.

Bauru/SP

Série Favorita: Doctor Who

Não assiste de jeito nenhum: Game Of Thrones

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