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10 sugestões de séries para maratonas

Por: em 28 de maio de 2012

10 sugestões de séries para maratonas

Por: em

Durante essas semanas se abate uma depressão sobre todo apaixonado por séries. Não bastasse a espera até setembro ou outubro para o retorno de nossas séries favoritas de fall season, a demora para o início da maioria das séries na summer season nos deixa nervosos.

Para evitar tamanho desgaste, nós colaboradores do blog separamos neste especial as séries que mais gostamos de fazer maratona no último hiato. São séries premiadas ou não, famosas ou desconhecidas, velhas ou novas. Não existem outros critérios além da nossa vontade de motivar vocês, leitores, a conhecerem quando houver tempo livre  e desejo de assistir boas séries. Então chega de blablabla e vamos a elas!

Band of Brothers (por Tobias)

Band of Brothers é uma minissérie da HBO, baseada no livro de Stephen E. Ambrose, que conta a história da 101ª Divisão de Paraquedistas do exército norte-americano, conhecida como Easy Company, que saltou na Normandia no Dia D e teve importante papel no desenrolar da Segunda Guerra Mundial. Seguimos a Companhia desde o treinamento até o embate final, acompanhando os destemidos soldados que mudaram os rumos da historia da humanidade. Um diferencial da produção é explorar o lado sentimental dos personagens, retratando suas fraquezas, seus anseios, seus medos. A minissérie é a representação maior do padrão HBO de qualidade e foi produzida pelos gigantes Tom Hanks e Steven Spielberg.

Exibida originalmente em 2001, a minissérie ostentou por um bom tempo o título de mais cara da história e recebeu inúmeros prêmios, e como um bom apaixonado por produções que retratem a II Guerra Mundial, resolvi assisti-la. Tamanho é o realismo da série que é impossível parar de assistir. Os depoimentos dos verdadeiros soldados que participaram daquele momento deixam o retrato ainda mais humano, mais intenso. É como se estivéssemos dentro da guerra, nos esquivando dos tiros, lamentando as perdas de nossos companheiros, buscando a vitória. São apenas dez episódios que certamente serão devorados num piscar de
olhos. E depois de ver Band of Brothers certamente você também não resistirá a The Pacific.

Mad Men (por Bianca)

Se você acompanha o Emmy Awards, que premia o melhor da televisão, com certeza já ouviu falar de Mad Men, aquela série quase desconhecida que abocanhou os prêmios de “Melhor série dramática” nos últimos anos. Ela é ambientada nos anos 1960 e tem como foco a vida de Don Draper, o diretor criativo e um dos fundadores da agência de publicidade Sterling Cooper. A série também acompanha a vida de outros funcionários da agência e como suas atitudes influenciam a todos no escritório. O que faz Mad Men ser merecedor de todos os elogios é a sua fidelidade histórica e sensibilidade para encaixar estes acontecimentos na vida dos personagens e o visual da série, influenciado pelo trabalho de Alfred Hitchcok, com todo o charme da época.

Mad Men também é conhecida como aquela série que “merece ganhar todos os prêmios, mas é chata pra caramba”. Eu também pensava isso antes de começar a assistir. Mas só de assistir ao piloto, a série me cativou. Os personagens são extremamente bem construídos e carismáticos – desde o piloto você se pega torcendo para a Peggy ser tratada melhor, para a Joan aparecer mais mandando em todo mundo e já começa a admirar as qualidades do Don, ainda que ele tenha muitos defeitos –, o roteiro é sempre muito bem amarrado e o fato de cada temporada ter apenas 13 episódios não deixa tempo para os roteiristas nos enrolarem com subtramas desnecessárias e vão sempre direto ao ponto, dentro do sutil desenrolar das histórias. E, apesar do protagonista ser um homem e a série ser contada a partir desse ponto de vista, as mulheres são o destaque, não somente em suas tramas individuais, mas também como parte importante desse momento histórico em que elas estão começando a sair de casa para trabalhar e a ter liberdade pessoal e sexual. Admito que a primeira temporada me fazia cair no sono, mas o ritmo fica mais dinâmico a partir da segunda e aí fica difícil largar.

Prison Break (por Mayara)

Sabe aquela série que você escuta todo mundo falar, mas só se rende depois que ela acaba e fica se perguntando o porquê de não ter assistido antes? Essa sou eu com Prison Break. A série conta a história dos irmãos Lincoln Burrows (Dominic Purcell) e Michael Scofield (Wentworth Miller). O primeiro e mais velho está condenado à sentença de morte após ser acusado de assassinato, o segundo, um quase gênio, foi preso propositalmente para conseguir fugir com seu irmão da penitenciária de segurança máxima de Fox River, antes da execução. Porém, se necessita muito mais do que um mapa e inteligência para que o plano dê certo, novos obstáculos sempre surgem no caminho, podendo vir através de pessoas, ou sentimentos, e, além disso, há muito mais por trás da prisão de Burrows do que qualquer um pudesse imaginar. Por isso, Scofield passará por cima de seus princípios, e ainda ameaças, desilusões, encontrará amigos e fará ainda mais inimigos durante a empreitada, tudo para salvar a pele do irmão.

Prison Break tem provavelmente uma das primeiras temporadas mais viciantes que eu já assisti. Depois disso, fica impossível largar sem saber o desfecho da história ao final das quatro temporadas. A série engloba muito mais do que a ação que já esperamos e é confirmada a cada episódio, há pitadas de romance, aventura e tudo mais que você pode desejar. A surpresa é constante, e nunca damos uma coisa como certa, tamanha é a inteligência em seu desenvolvimento, e, por isso, a maratona é obrigatória, para que qualquer que seja o desfecho possamos chegar com rapidez a ele.

Dexter (por Luana)

Adotado por um policial aos três anos de idade, Dexter Morgan é um assassino em série que acaba trabalhando como analista forense especialista em padrões de dispersão de sangue no departamento de polícia de Miami. Sua irmã adotiva, Debra, é detetive no mesmo departamento. Cercado por policiais, Dexter consegue fazer desse fato seu aliado na hora de fazer suas vítimas, que sempre são criminosos que continuam soltos. Claro que, para não deixar pistas, seus crimes se baseiam em regras e procedimentos ensinados por seu pai adotivo, Harry, que percebeu a natureza de Dexter quando ele ainda era criança.

Dexter estreou em 2006 nos Estados Unidos, e já faz alguns anos que tenho vontade de prestigiar a série. Mas, sempre tendo muitas outras coisas pra assistir, foi sendo injustamente deixada de lado na minha watchlist. No fim do ano passado, porém, comecei a assistir devagarinho e Dexter, com seu jeito meticuloso de ser e sua forma estranha de sentir o mundo, foi conquistando a todos aqui em casa. Quando percebemos, não conseguíamos desligar a televisão antes de pelo menos ver mais um episódio do nosso adorado serial killer. Rapidinho tínhamos terminado a sexta temporada, e já esperamos ansiosos pela próxima, que iniciará somente no final de setembro.

Jekyll (por João Miguel)

Antes de transportar o universo de Sherlock Holmes para os dias de hoje, Steven Moffat trabalhou com outro personagem da Era Vitoriana: em Jekyll, ao invés de uma adaptação moderna, ele criou uma sequência do clássico conto O médico e o monstro, de Robert Louis Stevenson. No enredo, Tom Jackman (James Nesbitt) é o único descendente vivo do Jekyll/Mr. Hyde do conto, e conta com a ajuda de sua assistente Katherine Reimer (Michelle Ryan) para entender – e controlar – seu lado negro, enquanto é perseguido por uma misteriosa organização.

A abordagem da dicotomia médico-monstro é o principal destaque desta adaptação. O tema é explorado em toda a sua complexidade: são duas personalidades diferentes dividindo o mesmo corpo? Jekyll é apenas uma manifestação da mente de Jackman? Isso é uma maldição ou uma síndrome? Esses questionamentos e a ideia de conviver com seu lado obscuro ganham uma nova dimensão neste pano de fundo de conspiração sci-fi. Para o telespectador, poucos indícios físicos da transformação são dados: o mérito desse acerto é do talento de Nesbitt, que, aliado ao sempre criativo texto de Moffat, fazem dessa minissérie imperdível. Além de Moffat, de quem eu já era fã por Doctor Who e Sherlock, procurei Jekyll porque eu sou desses que vive falando mal de adaptações modernas, mas não deixa de conferir nenhuma. E não me arrependi. Recomendo os seis episódios da série especialmente para quem não suporta mais os diversos problemas de Dexter (poucos paralelos podem ser feitos entre ambas as séries, mas elas compartilham a ideia de uma parcela obscura e violenta do ser humano).

Raising Hope (por Cristal)

No piloto de Raising Hope conhecemos a família Chance: Virginia e Burt, um casal suburbano que teve seu único filho ainda na adolescência; Jimmy, o resultado do sexo sem proteção, hoje já com vinte anos e nenhum futuro; e Mawma, a avó de Virgínia, já senil – mas muitas vezes mais sã que a família inteira. E é seguro dizer que em poucos pilotos tanta coisa acontece… Jimmy conhece Lucy e os dois acabam transando, seus pais descobrem que ela é procurada pela polícia e a nocauteiam com a televisão, Jimmy vai fazer uma visitinha na cadeia e descobre que a fugitiva (agora condenada à morte) está grávida. Meses depois, Lucy já está devidamente eletrocutada e Princess Beyonce – rapidamente renomeada de Hope, morando com os Chance.

Pode parecer uma forma confusa de se começar uma comédia, mas tudo flui perfeitamente, e no segundo episódio, com a história toda já engatada, temos tempo de sobra para conhecer melhor os Chance e suas loucuras. O humor da série consegue ser, ao mesmo tempo, inteligente e inocente, tornando uma tarefa árdua não se apaixonar por aquela família – e pela bebêzinha mais fofa do mundo das séries, claro. Até agora são duas temporadas, cada uma com 22 episódios. Experimente assistir os três primeiros e, se gostar (e as chances aumentam se você for mulher), vai adorar ter duas temporadas inteirinhas pra ver a Hope crescer.

Downton Abbey (por Bruna)

Downton Abbey é uma série britânica que conta a história da família Crowley – dona dos títulos de Conde e Condessa de Grantham, associados a propriedade que dá nome a série, e de seus empregados, durante o reinado de George V. O que faz essa série diferente de tantas outras de época é o enfoque dado as experiências de vida dos empregados da família aristocrata. A série mostra as amizades formadas entre eles e seus patrões e como essa rede de cumplicidade ou desconfiança pode mudar o rumo de tudo. Além disso, a série usa como pano de fundo os acontecimentos da história mundial que marcam a época, trazendo mortes, dificuldades e sofrimento para ricos e pobres.

Downton Abbey foi indicada e premiada diversas vezes desde seu início, em 2010, e por isso me chamou atenção. Séries inglesas, com suas temporadas mais curtas, apesar de episódios mais longos, são ótimas para fazer maratona. Mas a verdade mesmo é que depois de assistir ao primeiro episódio, não consegui mais parar de assistir até ter visto as três temporadas completas. Alguns personagens, Lady Sybil e Daisy por exemplo, cativam com tanta facilidade que é difícil não querer assistir tudo em um final de semana.

Doctor Who (por Camila)

Mais uma série britânica na lista. Doctor Who conta a historia deste homem (não bem um humano) que é de um planeta distante e que tem uma máquina, T.A.R.D.I.S. (tem formato de cabine telefônica, mas é bem maior por dentro), para viajar no tempo e no espaço. O Doctor, sempre tem uma companhia humana que ele leva para conhecer os lugares e os eventos mais incríveis do universo. Estas visitas nem sempre são tranquilas, aliás, sempre acabam sendo grandes aventuras para salvar o planeta ou o universo de uma completa destruição.

Doctor Who é a série de ficção mais longa, estreou em 1963 e finalizou com 26 temporadas. Depois em 2005 a série teve um recomeço e conseguiu com que os velhos e novos fãs fizessem dela um grande sucesso atual. As aventuras, as histórias que o Doctor e sua companhia vivem são além da nossa imaginação, assim como alguns de seus antagonistas. Inicialmente era uma série infantil, hoje é para toda a família, garantindo risadas e bons exemplos para todos. Por ele ser um timelord, os roteiristas e escritores tem uma liberdade muito grande na sua frente, tão grande quando a oportunidade de criar eventos memoráveis, viajar por fatos históricos que todos nos conhecemos e querermos estar ali, junto com aqueles dois aventureiros, fazer uma maratona de Doctor Who é muito fácil, funciona como uma viagem de final de semana.

Six Feet Under (por Alexandre)

Aclamada série da HBO, Six Feet Under  se sustenta na história da disfuncional família Fisher, proprietária de uma funerária, que funciona como pano de fundo para o desenrolar da trama. Mas não pense que Six Feet Under é uma série sobre gente morta. O show, sim, traz o assunto da morte de uma maneira totalmente diferente do que já foi feito na tv, mas, acima disso,  a série é um drama familiar, colocando os membros da família Fisher (os irmãos Nate, David e Claire e a matriarca Ruth) no centro e tratando suas relações – entre si, com os clientes e com os amigos e amantes – com um toque de pessimismo e realidade, que é um dos principais diferenciais que o drama escrito por Alan Ball apresentava.

Ao invés de optar por o caminho comum e entregar o fácil ao seu telespectador, Six Feet Under preferia o caminho contrário, desferindo socos no estômago ao invés de beijos na face. O roteiro sempre carregado tratou temas como fanatismo religioso, adultério, droga, homossexualidade e diversos assuntos inerentes a uma relação familiar. Atuações magistrais de Michael C. Hall (David Fisher) e Frances Conroy (Ruth Fisher), personagens extremamente bem construídos e dramas construídos com cuidado fazem de Six Feet Under, até hoje, uma das séries mais adoradas pelo público fã de produtos audiovisuais. E é tudo merecido.

Castle (por Andrezza)

Richard Castle é um famoso autor de livros policiais. No episódio piloto, um serial killer usa os livros de Castle como inspiração para seus crimes, fazendo com que o escritor fosse o principal suspeito. Quando descobrem que não foi Castle, ele começa a ajudar nas investigações da detetive Kate Beckett, sempre muito durona e que não se impressiona fácil com as habilidades dedutivas do escritor. O primeiro crime é solucionado, mas Castle vê no dia-a-dia da detetive Beckett a inspiração para criar uma nova personagens e vários livros. Assim, ele utiliza sua influência com o prefeito para conseguir autorização e trabalhar como consultor nos casos da NYPD. No começo, Beckett não gosta nada da ideia, mas a cada crime solucionado a amizade e o clima entre os dois vai crescendo. Na delegacia, temos ainda os divertidos detetives Ryan e Esposito.

Se você está se perguntando porquê acompanhar mais uma série policial e seus casos da semana, precisa assistir pelo menos uma temporada antes de qualquer conclusão precipitada. Castle é o drama policial de maior audiência da ABC. Seu maior trunfo é a química entre os atores, que se estende desde o convívio na a família de Castle (composta por sua mãe deslumbrada e a filha nerd Alexis) até delegacia, onde o destaque é o casal protagonista: Nathan Fillion (Castle) e Stana Katic (Kate Beckett). Faíscas e cenas de ciúmes rolam soltas durante vários episódios, mas na maioria das vezes nenhum dois admite os próprios sentimentos. Quer saber se alguém vai dar o braço a torcer? Assista e volte pra nos contar o que achou.


Bruna Antunes

Porto Alegre - RS

Série Favorita: Battlestar Galactica

Não assiste de jeito nenhum: Sex and the City

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