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Agent’s of S.H.I.E.L.D. – 2×08 The Things We Bury

Por: em 24 de novembro de 2014

Agent’s of S.H.I.E.L.D. – 2×08 The Things We Bury

Por: em

Venho para mais uma resenha tentando encontrar palavras para descrever o episódio, mas tá bem dificil,  Agent’s of S.H.I.E.L.D. tá dificultando a gente de lidar com a vida depois que seus 40 minutos passam. Fico olhando para tela vazia, buscando deglutir todas as coisas, mas é dificil digerir e depois ainda vir aqui, esmiuçar para vocês. Pode parecer bobo, mas eu sinto ser uma responsabilidade muito grande, já diria o Tio Ben.

A narrativa da série está cada vez mais complexa e os personagens mais densos. Things we Bury veio novamente calar a boca de quem ainda acha que a série é bobinha e não tem importância, pois fala sobre as pessoas que em tese são coadjuvantes no universo cinemático. Os filmes da MARVEL/Disney já são marcos da cultura pop mundial, então qualquer coisa que se relacione com esse universo acaba sim, sendo relevante. Vocês acham normal alguém nunca ter assistido Vingadores, pois é, nem eu.

A Agência é sim muito importante pois há mais de 50 anos ela vem se dedicando na proteção das pessoas, e o fato de podermos testemunhar a reconstrução dela, comandada por Coulson chega ser honroso. Afinal, antes de X-Men, Hulk, Homem-aranha, Thor e etc, foram essas pessoas “normais” que iam pra campo para que nada de mal acontecesse no mundo. No episódio tivemos a deliciosa prova disso com mais uma aparição de Peggy Carter.

withehall experiences

Em flashbacks vemos ela interrogar o criminoso de guerra Werner Reinhardt – capturado por ela e pelos Howling Commandos lá em Shadows –  atualmente conhecido como Daniel Whitehall. Além de todo o universo fantástico, o fato de haver o contexto dos experimentos nazistas em pessoas, que realmente aconteceram, me faz pensar que algo como aquele interrogatório provavelmente aconteceu na nossa realidade. Inclusive o Brasil faz parte da história de um dos mais conhecidos médicos que atuaram de forma terrivel, com experiencias inimagináveis, nos campos de concentração nazistas. Só um pouquinho de história para vocês, o nome dele era Joseph Mengele, chefe da “enfermaria” do campo de Birkenau, que fazia parte do complexo de Auschwitz. Entre suas experiências, posso citar exemlos como tentar injetar tinta azul em olhos de crianças, unir veias de gêmeos, coleta de orgãos, teste de capacidade física das pessoas…enfim, depois do final da guerra ele fugiu dos tribunais e veio para américa latina. Ele faleceu em 1979 no interior de São Paulo.

Vocês conseguem entender porque eu to dando essa pequena aulinha de história para vocês? Pessoas como Reinhardt, que faziam experimentos, simplesmente para conseguir provar algo maior existiram. Então eu acredito fielmente que tudo que vimos no flashback de 1945 aconteceram de forma parecida na realidade. Withehall acredita que seu conhecimento é mais importante que tudo e que ele pode sim ajudar o lado do bem, mas Peggy diz que uma pessoa capaz de fazer o que ele fez, nunca deveria ser deixada para viver em sociedade, por mais notavel que fosse, avisando à ele que ele jamais sairia da prisão. Vimos como ele afligia pessoas à tocarem no Obelisco para ver quem virava pó ou não, até que encontrou uma mulher com o diferencial.

Sensacional ver o envelhecimento dele na prisão, como ele nunca deixou de estudar ou se abater. Até que em 1989 chegam dois agentes, e dizem que o subscretário dos EUA, Alexander Pierce, anistiou o homem, já idoso. Mas tudo muda quando um dos agentes fala baixinho “Hail Hydra” no ouvido de Reinhardt. Fantástico ver toda a conexão dos fatos, entre filme, série. Pierce para quem não se lembra, é também a cabeça da S.H.I.E.L.D., interpretado por Robert Redford em Capitão América 2 e responsável direto pelo renascimento da HYDRA, antes apenas infiltrada, como uma potência. O dissidente nazista, velhinho, retoma seus experimentos com o Obelisco e quem reencontramos? A mulher que não sofreu nada ao encostar no objeto. Detalhe: Ela não envelheceu nada.

Agent’s of S.H.I.E.L.D. não poupou a audiência de cenas fortes. Em que a moça foi praticamente depenada. A equipe de cientista praticamente disseca o corpo da mulher, eu achei bem pesada a sequencia. De posse de tudo que poderia provar que ela era diferente, eles desenvolvem uma substância que é injetada em Reinhardt e ele depois de um tempo aparece rejuvenescido.

Vocês viram o que a série fez? Ela respondeu como uma pessoa que viveu em 1945, nos dia de hoje aparece sem ter envelhecido um dia sequer. Muito provavelmente foi a mesma coisa que Barão von Strucker manter-se conservado, como vimos na cena pós créditos do segundo filme de Steve Rogers. Quem não assiste Agent’s of S.H.I.E.L.D. talvez nunca venha a saber desse detalhe, entende como isso é fantástico? Fiquei em êxtase por ter a resposta desse mistério. Depois de ficar novamente jovem, o homem assume a identidade de Daniel Whitehall.

Bem, eu precisava dedicar esse grande espaço da Review para esse plot. Achei um dos mais relevantes já tratados na série como um todo. Mas Things That We Bury conseguiu também nos entregar excelentes tramas paralelas e vou tentar ser o mais concisa possível, prometo.

Novamente a equipe de Coulson se divide. O Diretor, Skye, Fitz e Tripplet viajam primeiramente para o agir em campo, dando continuidade ao plano de encontrar a misteriosa cidade antes de HYDRA. E o resto do time permaneceu no Playground para tentar descobrir tudo o que podiam de Bakshi – Vemos que May ficou bem desgostosa de ficar de fora da ação, mas Coulson diz que precisava dela lá, afinal ela é a número 2 da agência atualmente.

Então primeiramente vou tratar dos acontecimentos no Playground:

Vemos que Mack continua muito impressionado com os últimos acontecimentos que ele presenciou, ele confidencia para Hunter seu temor com o comportamento de Coulson quando ele saiu da máquina da memória semana passada. Gente, não sei vocês, mas estranhei o fato de Mack querer meio que repercurtir a “loucura” do chefe com o colega. Eu já falei sobre o fato dele ser o mais “normal” dentro do time, mas sei lá… Teorias pipocam na minha cabeça…

bobbi bakshi

Bobbi está responsável por extrair qualquer coisa do presentinho que Ward mandou semana passada. Óbvio que ela tem dificuldades no começo, pois ela tenta de qualquer forma persuadir Bakshi sem conseguir. Debatendo com os colegas, é levantada inclusive a possibilidade da lavagem cerebral, mas não, nossa amada Harpia sabe que tem mais azeite naquele dendê. Sua tática então é tentar descobrir tudo que pode fazer o homem ter a lealdade tão grande com Whitehall e estranha quando ele fala que o chefe conviveu diretamente com o Caveira Vermelha, o “homem” responsável pela criação da dissidência nazista. Então todos no Playground começam a fuxicar nas documentações para saber mais sobre Whitehall, e não encontram nada de útil.

May então aparece como dona de informações confidenciais e fala que a Agente Carter escondeu muitas coisas no Playground. De posse desses documentos, Hunter ao ver que a ex- mulher não está conseguindo obter nada de Bakshi, encontra a ficha de Werner Reinhardt. E pasmem agentes, ele é a cara de Whitehall! OOOOH! Como isso é possível? Obviamente ninguém tem a menor idéia, mas toda dedicação do prisioneiro começa a fazer sentido. Bobbi estava se cobrando demais também tentando desvendar o cara, e ao tomar ciência de que Reinhardt e Whitehall seriam a mesma pessoa consegue penetrar na barreira de Bakshi: Ele quer ter a mesma coisa que seu chefe, e que seja por merecimento. Ao se ver encurralado, o homem simplesmente dá com a cara na mesa e começa a espumar. Ele tinha cianeto escondido na buchecha. Ai!

Morse então meio que se culpa por ter colocado tanta pressão em Bakshi, o levando à tentativa de cometer suicídio – até o final do episódio ele ainda não havia morrido, logo, tentativa cabe bem aqui. E toda essa culpa acaba em um confronto com seu ex-marido, nesse momento tivemos um pouco mais de informações sobre o relacionamento dos dois e porque ele acabou. Hunter ainda a ama, mas ele afirma que nunca poderia confiar nela tendo em vista que sua carreira como agente faz com que ela viva sobre diversos disfarces e mentira – “Doesn’t matter what I ask. I can’t trust de answer.” Inclusive durante um momento dos interrogatórios com Bakshi, o homem comenta sobre o que ela poderia ter feito para subir de patente dentro da HYDRA, logo o ponto de vista de Hunter é completamente compreensível. Claro que toda a tensão construida entre os dois culmina em sexo escondido dentro de um carro. Ai meu deus! Demais! Os dois personagens são MEGAsexys, não? Em chamas!

Longe dali, temos simultaneamente Coulson explicando como eles podem ter a chance de encontrar a cidade. Fitz nessa semana volta pra ação, voltando aos pouco a ser o agente que a gente sempre amou. Preciso falar que mesmo sabendo da sua condição, ele está em pleno processo de recuperação. Depois de dar cabo da Simmons imaginária e de sua parceria com Mack, e está sim mais confiante e corajoso. Ele teve que ser determinado, pois Coulson pede que, no momento que ele fosse demandado, ele teria que manejar um complexo dispositivo em até no máximo de 6 minutos. Por alguns instantes, ele ainda se colocou no papel de incapaz, frustrando-se com a sua dificuldade em realizar a tarefa. Mas no final ele mesmo tira onda com Phil: ‘Down to 7 minutes and 20 seconds – with my bad hand‘ – Fogos de artifício!

doctor tripp coulson

Chegando no local onde a ação aconteceria – eles invadiram um local na Austrália capaz de localizar os possíveis locais onde a cidade estaria – Fitz, Coulson e Tripp descobrem que a Hydra teve a mesma ideia. Em uma troca de tiros, Tripp acaba baleado e quem aparece para ajudar Coulson com seu agente? Sim, o médico mais maluco do pedaço, papai Sky, ainda sem nome divulgado. O personagem interpretado genialmente por  ainda é designado como “The Doctor”. Gente, desde o começo da temporada eu venho reclamando o quão Tripp é subutilizado na série. Ele não fez nada de muito relevante nessa temporada, mas vê-lo ali sangrando e correndo perigo nas mãos do ensandecido pai da Skye me fez temer pela vida do agente. A série precisa urgentemente aproveitar um neto de um Howling Commando. #LetTrippletLive

Eu realmente achei esse encontro cara-a-cara entre o pai biológico de Skye a Coulson, que atualmente é a figura paterna na vida da menina, perfeito. Primeiro que foi surpreendente, porque toda a operação estava sob risco não só por conta de um agente ferido, ou a presença da HYDRA. Fitz continua fazendo o que lhe foi mandado, apenas observando a tensa conversa entre os dois personagens chaves dessa temporada. O pai da Skye revela seus planos para a filha, Hydra e sobre misteriosa cidade, mas o mais importante,Phill agora sabe como é a fuça do maluco. Além disso, o médico monstro mais uma vez perde o controle ao corrigir o Diretor da SHIELD dizendo que Skye não é o verdadeiro nome da menina. Ele deixa Tripplet com um ferimento mortal e dá à Coulson as orientações para não deixar que seu agente pereça quando ele sair dali, assim ninguém irá segui-lo. Mas no fim das contas, eles conseguem localizar pontos no globo onde a cidade – Attilan? – potencialmente pode ser encontrada. Será que a conheceremos em breve?

Concomitantemente a tudo isso a trama de Ward e Christian também foi “resolvida”. Repito, a desconstrução de Grant deixou o personagem muito mais interessante. A forma com que ele interage com o irmão Senador chegou a me deixar aflita, com um nó na garganta. A série retoma os acontecimentos suscitados pelo agente traido no episódio The Well – toda aquela questão de que Christian supostamente o forçava à machucar o irmão caçula, forçando-o inclusive a empurra o pequeno dentro de um poço. Mas o primogênito dessa complicada família continua negando ter influenciado essas ações e isso tira Grant do sério. Ele faz com que o irmão cave até encontrar o poço que antigamente tinha sido aterrado por seus pais.

Grant Christian

Sob ameaça de ser jogado dentro do poço, Christian confessa ter influenciado o irmão naquele episódio. Mas realmente não deu para saber se o Senador estava sendo sincero ou apenas tentando se livrar daquele cenário assustador. Uma coisa é certa: família problemática essa hein? Deu para perceber que Christian não é lá essa menina dos olhos que ele vendeu para Coulson – no começo ele dá um balão na esposa para se encontrar com a esposa – e ele justifica suas ações dizendo que os pais sempre os atormentaram e ele queria ver Thomas, o irmão mais novo morto, pois ele era o único filho amado pela mamãe Ward. Todos os acontecimentos só me deixaram com uma pergunta na cabeça: Onde está esse Thomas? Ele vive? Onde mora? Vai aparecer? – A forma que Ward reage, abraçando o irmão é perturbadora.

Nas cenas “pós créditos” do episódio vemos Ward reunido com Whitehall, enquanto na TV é exibida uma reportagem sobre a morte do Senador Christian e os papais Ward queimados. Grant gravou a confissão do irmão sobre o episódio do poço e usou para montar um assassinato seguido de suicídio e WTF, gente? O cara é sangue-frio mesmo. A lealdade de Ward para mim não é nem da Hydra, nem mesmo com ele, a única coisa que o norteia é Skye. Ele quer provar seu “valor” para menina, promovendo seu reencontro com o pai. Aliás, o papai Skye se junta aos dois nessa social de psicopatas e temos outra grande revelação do episódio – eu já tinha suspeitado – Em um flashback, com o pai da Skye (mais jovem?) vemos ele desesperado, encontrando o corpo da mulher despedaçado por Whitehall. A moça era sua esposa e consequentemente, mãe da Skye. O médico monstro está ali não só para acabar com Coulson, mas para ter sua vingança de Whitehall. Vale lembrar que Skye foi classificada como 084 por supostamente ter sido gerada por “monstros” que dizimaram uma vila na china. Monstros, leia-se: Whitehall. Durma-se com um barulho desses! Ou não durmam! Rs.

KYLE MACLACHLAN

Então é isso pessoal, a única coisa que eu posso dizer para vocês é que essa série está tombando, sambando, derrubando todos os forninhos da vida. As resenhas acabam ficando enormes por conta da quantidade de informação que a série vem nos oferecendo.

Estou MUITO ansiosa para o próximo episódio e nervosa, pois ele vai ser o midseason finale. Mas para isso vamos ter que esperar um pouquinho mais, pois o episódio será exibido somente dia 01 de dezembro. Segura essa? Assista a promo do próximo episódio  “Ye Who Enter Here”

O que você achou do episódio? Ta muito maneiro não? Fique a vontade para comentar e complementar a resenha.


ÁREA RESERVADA PARA MARVELMANÍACOS!

– Muito complicado dormir depois de um episódio como esse, mas como de costume, venho aqui nesse espaço fazer adendos e algumas observações sobre o episódio.

– O ser azul, definido como “anjo” por Whitehall já foi confirmado ser um Kree. Ou seja, todas as teorias estão sim convergindo para se tornarem realidade na série. E isso é demais pro meu coração.

– O pai da Skye revela que os anjos azuis vieram para acabar com a vida na terra, usando o Obelisco/Deviner para selecionar as pessoas que em tese deveriam viver. Uma ideologia bem nazista, correto? Vale lembrar a origem dos inumanos, conforme eu veio comentando com vocês nas reviews anteriores, eles foram desenvolvidos a partir de experiencias feitas pelos Krees nos seres humanos normais.

– Seria a mãe da Skye uma Inumana, ou uma pessoa em potencial para merecer a vida, segundo a ideia dos Krees? Bem, eu realmente não creio que o pai da Skye tenha nada de especial, tirando o fato dele saber muito mais que os outros e ser completamente insano. Skye sim, por ser filha daquela mulher que acabou por virar a fonte da juventude de Whitehall, muito provavelmente deve ter herdado alguns genes especiais da mãe.

– Bom, acabamos por perceber que no final das contas, Coulson e o pai da Skye estão do mesmo lado, correto? Ou melhor dizendo, um inimigo em comum.

– E essa demora para revelar os verdadeiros nomes de Skye e seu pai? Porque fazer isso conosco? A internet está simplesmente fervendo com milhões de teorias. Você tem a sua?

– Eu não sei porque tinha uma leve implicância com Peggy no filme, mas agora isso se desfez. O fato dela ter sido tão importante no passado da agência, já ta me fazendo quer muito ver sua série solo! O ataque de Jemma idolatrando Peggy por ela ser importante e acima de tudo, britânica, me fez rir alto. “Peggy Carter, founder, happens to be british, held this in her hand…”. Vale lembrar que a série solo da agente estréia dia 6 de janeiro!

– Se tem uma coisa que esse segundo ano não está investindo é em romance. Então toda a tensão entre Hunter e Bobbi é muito bem vinda. Aliás, qualquer coisa com a Bobbi, mantendo  recorrente no elenco é bem vindo!

– Mesmo que tenso, o encontro entre o pai de Skye e Coulson chegou a ser engraçado a hora que ele fala sobre o perigo em potencial do Obelisco:

“What are we are talking about? Tesseract-level power?”

“Sure. [pausa cômica] I don’t know what that is.” 

#troll

– Quantas vezes o Caveira Vermelha tem sido mencionado ultimamente?

– “He could always see five steps ahead of him, which for a one-eyed man is impressive.” – Coulson falando sobre Fury.

– “I would agree with you before we started using the word ‘alien’ daily.” 

–  é um ator muito bom, mas seu sotaque alemão ta meio forçado né?

É isso, mais algum comentário que valha a pena fazer?

Beijos e até a próxima!

 


Lívia Zamith

Nascida em Recife, infância no interior de SP e criada no Rio. Vivo e respiro Séries, Filmes, Músicas, Livros... Meu gosto é eclético, indo do mais banal ao mais complexo, o que importa é ter conhecimento de causa.

Rio de Janeiro - RJ

Série Favorita: São muitas!

Não assiste de jeito nenhum: Friends (não gosto de sitcoms)

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