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Avós queridos das séries

Por: em 26 de julho de 2011

Avós queridos das séries

Por: em

Hoje é o Dia dos Avós. A data tem origem cristã: o dia 26 de julho foi escolhido para a comemoração porque é o dia de Santa Ana e São Joaquim, pais de Maria e avós de Jesus Cristo. Isso mesmo: a data é dos avôs e das avós. Não sei vocês, mas pra mim, falar de avós é reviver minha infância, da qual lembro com muita saudade, com lágrimas nos olhos, mas lágrimas de muita felicidade. Mesmo não estando presentes fisicamente, as boas lembranças e exemplos de vida de meus avós me acompanham todos os dias.

Avós são pais “duas vezes”, com a grande vantagem de que adoram nos mimar e não possuem vontade/necessidade de ficar dando bronca por todos os nossos erros. Os avós podem até ter se adaptado à vida moderna: cabelos brancos cobertos por tinturas de vários tons, viagens ao redor do mundo, bailes da terceira idade, acesso a telefone celular, e-mail, facebook, twitter, blogs, mas o amor pelos netos, ah, esse não muda e diminui jamais! Para comemorar a data, vamos lembrar de alguns avós queridos do mundo das séries.

 

Penny Halliwell (Charmed) por Isabela Avalone

A avó das irmãs Halliwell é um tipo de anjo da guarda, já que o primeiro episódio da série começa quando as irmãs voltam de seu funeral. Mas antes disso, Penny Halliwell (Jennifer Rhodes) teve um papel importantíssimo na criação das netas Prue (Shannen Doherty), Piper (Holly Marie Combs) e Phoebe (Alyssa Milano). Patty (Finola Hughes), a mãe das meninas, morreu cedo e coube a avó a criação as netas. Ela foi uma avó carinhosa e dedicada que passou anos tentando esconder das netas sua verdadeira natureza. Apenas após sua morte as irmãs receberam seus poderes e descobriram a verdade sobre sua família. Mas esse não foi o único segredo que Penny escondeu: após a morte de Prue, foi revelado que existia uma 4ª irmã, Paige (Rose McGowan), que foi dada a adoção para sua própria segurança. Frequentemente Penny aparecia como fantasma para guiar as netas. Por ser uma bruxa muito poderosa e experiente, ela ajudou as meninas em diversas ocasiões, seja ajudando-as a fazer poções ou feitiços, trazendo informações sobre demônios e até batizando seus bisnetos. Viva ou morta, Penny foi uma avó exemplar!

 

Grampa Simpson (The Simpsons) por João Miguel

Abraham Simpson representa o clássico avô do imaginário popular: um velhinho benevolente, sereno e dedicado a seus netos. Ou quase isso. Senil e ranzinza, o veterano da Segunda Guerra está sempre contando histórias absurdas (e que raramente conclui) e é frequentemente ignorado pelos seus familiares. Abe é um querido cidadão de Springfield, tendo considerável popularidade no Castelo de Aposentados e geralmente incitando todos a matar alguém. Apesar dos constantes conflitos com seu filho Homer, por várias vezes mostrou-se preocupado com o bem estar de seus netos e já deu várias provas de sua dedicação durante os vinte anos da série: deixou de ser toureiro para agradar a neta, fundou o grupo Anti-Skinner ao lado de Bart, ajudou seus netos quando os dois quiseram ser roteiristas de Comichão e Coçadinha e inclusive deu a eles a casa onde moram. O Vovô Simpson é o mais espirituoso dos personagens fixos da série, e dentro da proposta acidamente crítica da animação, representa o modo desumano como são tratadas pessoas que já contribuíram muito para a sociedade e para suas famílias.

 

Dan Scott (One Three Hill) por Alexandre Borges

Que Dan Scott foi/é um monstro em forma de homem e que já fez mal a muita gente que passou por One Tree Hill, todo mundo já sabe. Mas, como dizem por aí, “os brutos também amam”, não é? E quando esse ditado é aplicado na relação de Dan com seu neto Jamie, ele se torna real.  Não tem como negar que o que o ex-prefeito de Tree Hill sente pelo garoto é amor. E a recíproca é totalmente real. Nathan e Haley, como pais preocupados, bem que tentaram afastar Jamie do garoto, mas Dan deu seu jeito de se aproximar e de conquistar a criança. A aproximação dos dois trouxe até mesmo Dan de volta a convivência com seus filhos Nathan e Lucas e foi o que salvou Jamie de ser seqüestrado pela psicopata Nanny Carrie durante o casamento de Lucas no 100º episódio da série. Ato que, vale lembrar, lhe causou momentos de tensão no início da 6ª temporada, quando a babá louca o seqüestrou para tentar atrair Jamie, o que acabou acontecendo e quase terminou em tragédia. Jamie é provavelmente o único personagem do elenco central da série que não guarda mágoa alguma de seu avô e isso é um dos fatores que torna a relação dos dois interessante: Nos poucos momentos em que aparecem juntos (especialmente agora, já que Dan só faz participações esporádicas no show), entre abraços e desenho trocados, podemos ver um outro lado de Dan Scott. Um lado bonito, amável e preocupado com aquela criança a sua frente.

 

Sheila Bennet (The Vampire Diaries) – por Leandro Lemella

Este é um dos exemplos clássicos de passagem de ensinamentos entre gerações. Sheila (Jasmine Guy) era uma verdadeira tutora do mundo das bruxas para a sua neta Bonnie (Katerina Graham), que ainda estava ingressando nesta empreitada. Apesar do medo inicial e de saber por quais percalços sua neta passaria, ela levava a menina ao conhecimento das coisas, formando uma bruxa melhor do que ela mesma fora. O que existia entre as duas era uma verdadeira relação de amizade e advindo disso, uma grande proteção, completamente aceitável, por todo esse laço que as envolvia. E foi para proteger os amigos de sua neta, Elena (Nina Dobrev) e Stefan (Paul Wesley), que a velha bruxa fez sua última magia, abandonando a vida em uma cena realmente emocionante, com Bonnie chorando agarrada ao seu corpo, ao som de Leona Lewis. Uma bela história entre avó e neta, de muito aprendizado e amor, acima de tudo, fato que deve ser relembrado nesse dia especial.

 

Jackie Florrick (The Good Wife) por Andrezza

Jackie Florrick (Mary Beth Peil) é uma mãe super protetora, daquelas que “passam a mão” na cabeça do filho e ignoram todas os seus erros. Sempre detestei o modo que ela se intromete na relação entre Alicia e Peter, sem realmente saber o que acontece, conclui logo que Peter é o coitadinho e a Alicia tem que perdoá-lo. Como avó, Jackie é preconceituosa e intrometida, lembram como ela reagiu quando ouviu que o neto estaria namorando uma negra? Por outro lado, não se pode negar que Jackie sempre esteve disposta a ajudar na criação dos netos, se aproximando deles durante o tempo que Peter esteve na cadeia. Algumas atitudes dela me irritam, principalmente quando tenta passar por cima da autoridade de Alicia, mas não posso negar que ela ama os netos e mesmo com sua visão conservadora do mundo.

 

Naomi Bennet (Private Practice) por Andrezza

A Naomi sempre foi a “mãezona” da Oceanside Wellness, sendo sempre muito pró-maternidade e cuidados com crianças. Por isso, foi uma grande surpresa quando a Maya engravidou e justo a Nay pensou em abortar a criança, uma decisão de vida que ela nunca apoiou. Mas é difícil demais negar os seus princípios, não? Bastou a Olivia nascer e todas as dúvidas e brigas entre mãe e filha desapareceram em prol de cuidados com a nova bebê. A Nay passou a agir como uma avó super coruja, cuidando da neta sempre que a Maya esboçava qualquer sinal de que sairia do quarto e até chegou a ficar com a Olivia em Los Angeles quando a filha decidiu estudar em Nova York, sendo uma verdadeira mãe para a criança. Claro que esta não era a decisão certa e a Olivia precisava ficar com a Maya para que esta aprendesse que não pariu uma boneca que pode largar de canto quando dá na telha, mas ela sempre terá a supervisão da mãe por perto.

 

CeCe Rhodes (Gossip Girl) por Bianca

A avó de Serena e Eric van der Woodsen sabe exatamente o que é viver no meio da alta sociedade e todos os problemas que vêm com o dinheiro. CeCe ensinou bem às filhas Carol e Lily como viver entre os ricos e famosos, chegando a interferir no relacionamento de Lily com Rufus, que nunca foi o seu genro dos sonhos. A poderosa CeCe ensinou direitinho às filhas como agir no meio das víboras e vemos o reflexo desta educação na neta Serena. No começo, a mulher mais desejada de Manhattan praticamente idolatra a avó – até que esta tenta manter os Humphrey bem longe dos van der Woodsen. Mas, como todas as relações no Upper East Side acabam sendo um pouco superficiais e estes probleminhas são facilmente esquecidos (ou porque, apesar de tudo, família é família e não temos como nos livrar deles), Serena acaba voltando às boas com CeCe, mesmo quando esta mente para os netos quando Lily pensa que tem câncer. Ela pode não ser a avó ideal, porém parece se importar com a felicidade de sua família – desde que não atrapalhe a dela.

 

Evelyn (Two and a Half Men) por Bianca

Ela bebe muito, não gosta de cuidar de crianças, não sabe cozinhar e compartilha detalhes demais de sua vida íntima para quem quiser ouvir. Apesar de não ser um modelo ideal de avó, Alan sempre levava Jake quando visitava a mãe; tanto para ele servir de apoio para a difícil tarefa que é aguentar a Evelyn por mais de cinco minutos, como para que o filho tenha alguma relação afetiva com a avó. Jake é estabanado como só ele poderia ser – um desastre para a casa sempre arrumada de Evelyn, mas acaba sendo o neto preferido porque Charlie não vai lhe dar um tão cedo. Engana-se quem pensa que Jake é tão desligado que não aprendeu nenhum truque depois de aguentar anos de reclamação de seu pai e tio sobre a mãe. Na oitava temporada, Charlie estraga um encontro de Jake que decide se vingar convidando a avó para comemorar o seu aniversário na casa do tio. É por isso que dizem que família a gente não escolhe, então atura!

 

Nora Walker (Brothers & Sisters) por Bianca

Se tem uma personagem que é o estereótipo de avó que todo mundo gosta de ter na lembrança, esta é Nora Walker. Nora tem uma casa grande e acolhedora, longe do tumulto da cidade, perfeito para descansar do estresse do dia a dia. Como se não fosse o suficiente, a matriarca dos Walker é uma cozinheira de mão cheia e não hesita em preparar os pratos favoritos de quem visita o seu lar, para a alegria de Paige, Cooper, Evan, Elizabeth, Olivia e Daniel. Quando os filhos estão atarefados, sabem que podem deixar os rebentos na casa de Nora e não faltará amor, carinho, comida e muitos brinquedos.

 

Virginia Chance (Raising Hope) por Bruna Antunes

Virginia, interpretada por Martha Plimpton é uma avó bem atípica, na verdade ela é uma mãe-avó. Virgínia é mãe de Jimmy, que teve uma relação-relampago com Lucy, que engravidou e deu a luz a Hope (a bebêzinha que dá nome ao seriado), que nasceu enquanto sua mãe estava na prisão (é uma longa história, acredite) e logo depois foi condenada a morte. Sendo a família de Lucy um tanto quanto estranha, a família Chance acaba ficando responsável por criar Hope. Com apenas 38 anos, Virginia nunca imaginou que seria avó tão cedo. Até ficou contrariada diante da decisão de Jimmy de criar Hope com a ajuda dela, porque não imaginava que o garoto fosse capaz de ser pai, mas depois de aceitar a idéia e se apegar a menina, Virginia é a melhor avó que Hope poderia ter, por mais doida e desastrada, ela é uma ótima avó.

 

Emily e Richard Gilmore (Gilmore Girls) por Cristal Bittencourt

Com Emily (Kelly Bishop) e Richard (Edward Herrmann) não há meio termo, é amá-los ou odiá-los. No início de Gilmore Girls, quando somos apresentados aos Gilmore e sua imponente mansão, é quase impossível não nutrir uma antipatia instantânea pelo casal, e se torna claro porque Lorelai (Lauren Graham) preferiu viver em uma cidade nova e trabalhar como camareira em uma pousada, a criar  a filha ao lado dos pais. Mas é só com o passar dos anos que realmente vamos conhecendo os dois e, junto com Rory (Alexis Bledel), passamos a compreender melhor as maluquices de Emily e a frieza (não tão fria) de Richard. Quem se esquece de quando Emily quase comprou um avião por pura insegurança? E da forma distorcida que os dois tinham de demonstrar carinho pela neta, sempre se assegurando de que seriam eles os responsáveis pelo financiamento da sua educação? Ao seu estranho modo, Emily e Richard eram completamente apaixonados não só por Rory como também por Lorelai, e faziam de tudo para vê-las felizes. Principalmente, claro, se a felicidade das duas se encaixasse na noção de felicidade dos Gilmore.

Esse post é dedicado a todos os avôs/avós do mundo das séries e do mundo real, que com tanto carinho, amor, dedicação, sabedoria, humildade e inspiração tornam as nossas vidas mais felizes! =)


Andrezza

Mineira apaixonada por séries policiais, dramas jurídicos e séries teen de qualidade (Saudades, Greek!).

Belo Horizonte - MG

Série Favorita: Grey´s Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: House

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