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Code Black

Por: em 2 de outubro de 2015

Code Black

Por: em

Ao olhar para a lista de estreias desta fall season, me surpreendi com a quantidade de séries médicas e o medo de uma possível escassez criativa tomou conta. Code Black, Chicago Med e Heartbreaker chegam para somar em uma lista quase infinita desse gênero na televisão e tentar se destacar nessa imensidão. Code Black, novo drama da CBS, foi a primeira dessas estreias e a sensação ao fim do primeiro episódio é de satisfação e cansaço emocional.

Criada por Michael Seitzman, Code Black é uma adaptação do documentário de mesmo nome dirigido pelo médico Ryan McGarry sobre o emergency room (ER) mais movimentado dos Estados Unidos. Seitzman transportou esse cenário caótico para a série e o situou no hospital fictício Angels Memorial em Los Angeles.

O nome da série é um código para indicar o momento em que o hospital está superlotado e não tem funcionários e recursos suficientes para cuidar dos pacientes de maneira apropriada. Este momento clímax acontece apenas uma vez durante o episódio piloto, mas o clima de tensão e desespero perpetua no piloto.

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Para sobreviver nesse ambiente, Marcia Gay Harden (The Newsroom e How to Get Away With Murder) interpreta a médica Leane Rorish, que tem entre inúmeras responsabilidades guiar quatro residentes que acabaram de chegar ao hospital. São eles Malaya Pineda (Melanie Chandra), Mario Savetti (Benjamin Hollingsworth), Angus Leighton (Harry Ford) e Christa Lorenson (Bonnie Somerville), que também recebem “apoio” do enfermeiro Jesse Sallander, interpretado por Luis Guzmán (Narcos), e ocasionamente do médico Neal Hudson, intepretado por Raza Jaffrey (Elementary e Homeland).  

É na relação entre os personagens, que geralmente se desenvolvem a partir de Leane, que Code Black encontra suas maiores dificuldades em se distanciar da fórmula dos dramas médicos que habitam nosso imaginário há tanto tempo. Leane tem uma ligação de irmandade com Jesse, mas de competição e ressentimento com Neal. Com os residentes, ela se comporta em grande parte do tempo como uma professora chata que quer obter o melhor de seus alunos os expondo e os testando a todo o momento.

Dessa forma, a série segue caminhos já batidos, mas que não se tornam insuportáveis ou entediantes graças ao trabalho fantástico de Marcia Gay, que finalmente encontrou o lugar de protagonista que a atriz merece.

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Em compensação, o clima esquizofrênico criado por Seiztzman é maluco, no bom sentido. Grande parte disso, deve-se a ideia de trazer o formato documentário para a série, assim acompanhamos os funcionários do hospital durante um período determinado e vemos o crescimento deles. Não dá tempo para respirar um segundo durante o piloto. É um paciente atrás de outro e muitas vezes ao mesmo tempo. A equipe médica sempre está correndo para salvar alguém e manter a calma e sanidade no meio de tanta bagunça. 

Os momentos mais leves são protagonizados por Jesse, que tem um ótimo senso de humor. Estas quebras na tensão são raras e preciosas no episódio.

A grande questão é: Code Black consegue manter esse clima durante toda a temporada? Se sim, isso vai continuar interessante para o público? Bom, será preciso continuar assintindo para verificar isso e eu serei uma das que continuará ligada na série. Depois do piloto, reavaliei minha opinião sobre séries médicas porque não é todo episódio que te faz chorar (#QueméMaisSentimentalQueEu) e te engaja durante 45 minutos.


Mas agora quero ouvir a sua opinião! Já assistiu Code Black? Pretende assistir? Deixe seu comentário!


Nathani Mota

Jornalista, nerd e feminista. Melhor amiga da Mindy Kaling, mesmo que ela não saiba disso.

Salto / São Paulo

Série Favorita: Sherlock

Não assiste de jeito nenhum: Two and Half Men

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