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Drop Dead Diva – Vale cada minuto!

Por: em 16 de novembro de 2009

Drop Dead Diva – Vale cada minuto!

Por: em


Viciado que é viciado assiste muitas séries, muitas mesmo! Em alguns momentos a gente percebe que está assistindo tanta coisa, que dá até vontade de ver uma série que a gente não gosta tanto ficar ruim de vez só pra gente ter uma coisa a menos pra assistir… Afinal, não dá pra ficar grudado na telinha 24 horas!

Mas às vezes surge uma série tão boa, tão divertida, que não dá pra escapar, temos que acrescentar mais uma a nossa lista de séries queridas! Esse é o caso de Drop Dead Diva, que estreia hoje na Sony. Pra mim, a  série chegou de mancinho, despretensiosamente, por uma indicação no twitter, e de repente me fez assistir todos os treze os episódios em três dias! Claro, o fato de estar de pé torsido ajudou bastante, mas a principal responsável é a qualidade de Drop Dead Diva.

Quando a série começa conhecemos Deb e Jane, duas mulheres que não poderiam ser mais diferentes. Deb é fútil, rasa, burrinha, e tem o comportamento estereotipado de modelo que é: malha muito, come pouco e seu grande sonho é trabalhar na televisão. Seu bom coração só aparece quando diz respeito ao seu namorado e, no máximo, sua melhor amiga. Já Jane, embora tenha menos de cinquenta anos, já usa até broches e está sempre vestindo um terninho fúnebre, um pouco graças ao seu trabalho no escritório de advocacia, um pouco graças a sua baixa auto-estima. Seus melhores amigos são a sua assistente e os donuts de chocolate que ela sempre leva para o trabalho.


Jane e Deb vão ter seus caminhos cuzados da forma mais estranha possível. Com as duas já teoricamente mortas, Deb, que não tem destino confirmado nem para o céu, nem para o inferno, acaba acidentalmente indo parar no corpo recém desocupado de Jane, e é lá que ela vai ter que ficar pelo resto dos seus dias. Adeus ao corpo curvilíneo, ao namorado e à ignorância… Olá aos quilinhos extras e à inteligência! Deb terá que se adaptar ao corpo e à vida de Jane, sócia em um escritório de advocacia, apaixonada pela sua profissão.

Jane Bingum é interpretada por Brookie Elliot, atriz praticamente iniciante na tv(com uma única ponta em Law & Order: Trial by Jury, mas com musicais da Broadway no currículo) e completamente desconhecida, que em cinco minutos de série já ganhou o meu respeito. Brooke é capaz de ir do drama para a comédia num piscar de olhos, sem nem por um segundo soar ridícula. Já a loira Deb é também uma Brooke, Brooke D’Orsay que ao longo da temporada vemos cada vez menos, aparecendo somente em sonhos de Jane que, afinal, continuando tendo a alma de Deb.


Ben Feldman (Medium) é o anjo da guarda Fred , mandado a Terra sem quaisquer poderes divinos com a missão de tomar conta de Jane, ou, como ele mesmo define, ser sua babá. Fred se infiltra no escritório como office boy e logo no começo da série começa a desvendar as peculiaridades humanas ao se apaixonar por Stacy, melhor amiga de Deb -agora Jane. Stacy é interpretada por April Bowlby (a Candy, de Two and a Half Men, num papel bastante similar), e sempre nos dá a exata noção de como era a Deb antes de morrer e ir parar no corpo de Jane. É a única humana a saber do que aconteceu, e tenta se adaptar a nova melhor amiga, tão fora dos seus padrões de beleza.

Por uma dessas ironias que só o destino, ou os roteiristas das séries, são capazes de criar, o namorado da falecida Deb agora trabalha no escritório de Jane, o que não deve facilitar as coisas nem um pouquinho… Greyson Kent (Jackson Hurst) era o amor da vida de Deb, e agora além de se adapatar ao novo corpo, a nova profissão e a nova vida, ela tambpem precisará se ajustar ao fato de estar perto do antigo namorado que ainda chora pela sua ausência sem fazer a mínima idéia de que a nova colega de trabalho Jane, é na verdade Deb!


Completam o elenco: Kate Levering como Kim Kaswell, advogada de caráter ainda não inteiramente definível; Margaret cho, como Teri Lee, a assistente de Jane; e Josh Stamberg como J. Parker, seu chefe. A série é uma produção da Lifetime, e seu criador é Josh Berman, um dos produtores dos sucessos Bones e CSI.

Ok, você já sabe sobre o que se trata a série, mas o que acontece nos episódios?

Muitas vezes os casos de Jane têm a leveza dos casos investigativos de Pushing Daisies (claro, sem exagerar na tinta como era típico da falecida série) e a dramaticidade e a sinceridade dos casos de Eli Stone. Quanto a própria Jane, seu carisma é uma perfeita mistura do lado divertido de Ally McBeal com a sensibilidade de Eli. O fato dos clientes serem sempre atores conhecidos do público de séries também ajuda a nos envolver com os casos. Sharon Lawrence (a mãe da Izzie em Grey’s Anatomy), Sam Jaeger ( Matt de Eli Stone), Elliott Gould (o pai de Ross e Monica em Friends), (a Sara de CSI), (Luke de The O.C.) e Paula Abdul (American Idol).

Pra quem gosta de Project Runaway, além de várias citações ao longo da temporada, uma ótima surpresa no sexto episódio. Jane é fã do programa, que nos Estados Unidos passa na mesma emissora de Drop Dead Diva, e vai ter um sonho com Tim Gunn!

Só me resta torcer pra que a minha estreia favorita da temporada, apesar de ter um anjo da guarda entre os seus protagonistas, não enverede para o lado divino. Afinal, séries que mexem com o todo poderoso, apesar de causarem um certo burburinho quando começam, sempre acabam morrendo na segunda temporada. Lembram de Joan of Arcadia e Eli Stone? Pois é.


Cristal Bittencourt

Soteropolitana, blogueira, social media, advogada, apaixonada por séries, cinéfila, geek, nerd e feminista com muito orgulho. Fundadora do Apaixonados por Séries.

Salvador / BA

Série Favorita: Anos Incríveis

Não assiste de jeito nenhum: Procedurais

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