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Gotham – 1×07 Penguin’s Umbrella

Por: em 10 de novembro de 2014

Gotham – 1×07 Penguin’s Umbrella

Por: em

Dessa vez encho a boca para falar (ou escrever, como preferirem.) que Gotham nos apresentou o melhor episódio desde o seu Piloto. Sim, eu reclamei da forma que a trama vinha sendo lembrada, mas Penguin’s Umbrella foi quase impecável. Estava tudo lá, suspense, drama, respostas e surpresas. Eu já comentei em algumas das minhas reviews que um dos fatores que me levam a avaliar um episódio é o tempo. Se 40 minutos passam como 10…dá pra pegar o meu raciocínio, né?

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Novamente Oswald Cobblepot toma o episódio para si. Bem, não só o episódio, a série até agora é inteirinha do personagem. Depois de aparecer na delegacia para evitar a prisão de Jim Gordon e provar que estava vivinho da silva, o Pinguim agora é o centro de toda trama. Gordon está em maus lençóis por não ter dado cabo com a vida dele no píer, logo seu parceiro Harvey também está.

A primeira cartada de Falcone foi ir atrás de Bárbara. Mas obviamente Gordon é mais esperto que os capachos do mafioso, e consegue se livrar deles. Alias, Jim é meio que um Jack Bauer de Gotham né? Mesmo quando em desvantagem ele consegue se virar. Só falta soltar um Damn it! eventualmente. Ao conseguir livrar a namorada, ele logo a coloca em um trem para longe. Com a sua segurança garantida ele está livre para, mesmo que sentenciado a morte, tentar mudar a cidade de alguma forma. Mesmo que sozinho.

Enquanto isso no Armazém onde Falcone e seus subordinados se encontram, Fish está com sangue nos olhos que dar cabo de Pinguim com as próprias mãos, deixando bem claro que Maroni o estar protegendo é um ato declarado de guerra. Aliás, Facolne parece estar tranquilo, com suas galinhas, enquanto todos estão se colocando à postos para a batalha. O mafioso não quer transformar a cidade em um campo de batalha ainda. O fato dele estar sendo mais diplomático que o esperado surpreende tanto à nós, quanto Mooney e Nokolai. Mas sobre a problemática Jim Gordon ele designa um nome para resolver, ante a dificuldade de seus homens lidar com o policial: Victor

Enquanto isso, depois de garantir que Bárbara estava fora da cidade, Gordon volta ao trabalho como se “nada” tivesse acontecido. Obviamente seus colegas não engolem muito bem, Harvey tem um ataque de fúria e a Comissária Essen faz questão de falar sobre a maluquice dele de permanecer na cidade, pois todos querem a sua cabeça. Mas o ultimo homem honesto tem um plano suicida, para um homem com os dias contatos ele realmente não liga em ousar. Ele consegue mandados de prisão contra o prefeito Aubrey James e Carmine Falcone.

Nesse momento temos a delegacia atacada por Victor Szas (Anthony Carrigan) e suas sensuais assassinas. Gordon observou pesaroso todos os homens da lei saírem para deixar o caminho livre para o assassino de Falcone. Surpreendi-me com o fato de Essen ficar reticente em deixá-lo sozinho naquela situação. Eu sempre achei que ela era completamente complacente e encaixada no sistema corrupto da cidade, mas acabamos por saber que tudo é preocupação pelo bem estar dos seus filhos. Gordon diz que tudo bem ela ir embora, afinal, não ia ser de muita ajuda e se ela acabasse morrendo por ele, não acho que nosso eterno Ryan iria se sentir bem com isso.

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A sequencia do enfrentamento entre Gordon e Victor Zsasz foi muito boa. Eu fiquei bem tensa assistindo! Sério, ele estava em completa desvantagem e eu soltei um palavrão quando Jim leva o primeiro tiro. Sabia que ele não ia morrer, mas mesmo assim. Ao tentar escapar pelos fundos da delegacia, se escondendo entre os carros, vemos um insano e até cômico vilão rastrear sua posição pelo sangue no chão. Quando aquela desavisada policial aparece, me deu pena, mas foi a deixa para Gordon, encurralado, ter a chance de tentar fugir. Zsas atira na menina sem dó e depois mira em Jim, que é novamente atingido (mais um palavrão saiu da minha boca nessa hora!).

Eu não consegui ver como ele poderia escapar daquele cenário! Eis que surge um carro em alta velocidade – pensei que fosse Harvey – mas fui pega de surpresa ao ver Montoya e seu parceiro! Yeah! Em sete episódios, foi a primeira vez que fiquei feliz em ver esses dois aparecerem! Eles levam o policial ferido para uma faculdade, onde uma médica (creio que ainda em formação) amiga de Montoya improvisa e trata dos ferimentos de Gordon. Ao acordar ele já se levanta todo capenga, e obviamente quer dar continuidade aos seus planos de prender o prefeito e Falcone.

Enquanto isso Fish vai ao restaurante de Maroni e tenta negociar que ele entregue Cobblepot, obvio que em vão. Então inicia-se uma velada represália entre as facções: Muito vacilo com as freirinhas! Eu achei pesado, acorrentá-las para conseguir impedir que um caminhão com provisões de Maroni chegasse ao seu destino. Graças as preces das irmãs, os homens que dirigiam o veículo tinham um pouco de Deus no coração e não passaram por cima. Maroni fica possesso ao tomar ciência da ação e Cobblepot diz saber como responder.

Pode ser por recalque, mas o braço direito do mafioso parece estar muito desgostoso com a importância adquirida por Cobblepot junto ao chefe. O próprio Pinguim comanda um assalto em um posto de drogas de Falcone. Depois de chacinar os funcionários do dono de Gotham, Carbone revela que vai matar o nosso amado personagem, mas ele, obviamente já tinha previsto que algo como aquilo aconteceria e samba na cara dele, ainda dizendo que ele é melhor que ele, afinal quem paga mais em Gotham tem poder equivalente. Sério, Robin Lord Taylor está perfeito! Eu realmente não conhecia o ator, mas hoje sou fã! E aquele beijo que ele dá quando o homem já está todo esfaqueado? Os agora seus capangas olham de uma maneira bem incomodada ao ato do Pinguim, mas eu não. Tem como não amar o personagem? Ele é egoísta, implacável e seus movimentos sempre pensados são a receita que o transformarão e um dos maiores vilões da história.

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Dando continuidade aos seus planos, Gordon se depara com Bullock colocando-se a sua disposição, afinal ele também é um homem condenado. A química da dupla também é ótima, e ver que Harvey não desistiu do parceiro foi muito bom. Todos os diálogos entre eles foram de um tom tragicômico, pois ambos estão fadados a um destino e querem fazer a diferença nesse final. O trabalho em equipe de Harvey e Jim foi outro ponto alto do episódio. Com o prefeito em mãos eles partem para casa de Falcone. Nesse momento nós os vemos como seres humanos, vulneráveis e cada um com suas próprias razões para agir daquela maneira afinal. E isso é um grande progresso para a série, pois mesmo com todas as diferenças, eles terminam somando esforços para atingir um objetivo em comum. Eles aceitam a morte, se com ela conseguirem algo de bom. Mas obviamente o plano dá errado por motivos: Bárbara. Essa mulher tem sempre que atrapalhar? Mesmo sob protestos de Harvey, Gordon cancela o plano.

Tendo a situação sob controle novamente, Maroni e Falcone encontram-se e, como se fossem antigos amigos, negociam sobre os olhares de todos a “paz” na cidade. Dentro dos requerimentos de Maroni está a vida de Cobblepot, que é acatado em troca de um armazém nas docas da cidade. Aliás, essa moeda foi ideia do próprio Pinguim, então não vou me surpreender se mais para frente o local ser cenário de algo grande. Oswald não dá um ponto sem nó.

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Mas a maior surpresa do episódio ainda estava por vir. Eu realmente achei que Falcone ia ser morto na hora em que ele decide visitar seu galinheiro. Mas não, Cobblepot aparece por lá e tudo mostrado pela série desde o começo cai por terra. Em um flashback do dia do Piloto, vemos um Pinguim completamente aterrorizado pela sua vida barganhando com Falcone. Ele revela ser capaz de ser uma peça essencial na guerra dos tronos de Gotham. Para provar seu ponto ele solta o plano de Mooney em ser a toda poderosa de Gotham e ainda pede que Gordon seja o homem designado à mata-lo, pois sabe que a moral do policial talvez lhe permitisse sobreviver.

Para tudo! Cobblepot é muito melhor do que qualquer um tenha pensado. Quem está escrevendo os acontecimentos em Gotham é ele! Quer dizer, ele deixa Falcone achar que tem tudo sobre controle. O dono de Gotham sabe dos conchavos de Mooney com Nicolai e tem alguém de confiança profundamente infiltrado no circulo de Maroni. Agora uma coisa que me deixa encasquetada é esse amor Cobblepot por Gordon. Onde um dos futuros maiores vilões da DC planeja chegar mantendo o policial vivo?

Penguin’s Umbrella foi, para mim,  foi o melhor episódio da série até agora. Talvez um divisor de águas,  pois agora sabemos a mente atrás de tudo. Vamos ver se Gotham consegue desenvolver melhor seu roteiro, sem voltar aos cansativos “casos da semana”, a não ser que eles adicionem algo de útil à série.

Nem Mooney, Maroni ou Falconi, quem manda em Gotham é Oswald Cobblepot!

Fiquem com a promo do próximo episódio “The Mask”, que vai ao ar dia 10 de novembro.

Vamos às observações do episódio?

– Desculpem pela demora em postar a review, fiquei meio atolada essa semana.

– O que foi Alfred cheio de virilidade? Conseguindo colocar o agente Allen totalmente sob controle.

– Triste ver Gordon se despedindo de Bruce, mais uma vez, o menino não fez uma aparição inútil. Eu realmente não sabia dessa interação quase paternal entre o futuro comissário e o pequeno Batman.

– Ser mulher nessa série não é bom. Bárbara só serviu para acabar com os planos do namorado e tadinha daquela policial, gente! Fiquei com dó! Ela não se intimidou e acabou morta por Zsasz.

– Falando no assassino, ele é um dos vilões do universo Batman. Ele é uma pedra no sapato do homem morcego, por ser um vilão extremamente astuto e imprevisível. Zsasz é um sierial killer que marca em seu corpo cada vítima que faz. Espero que ele apareça mais!

– Um dos motoristas do caminhão de Maroni solta um argumento para não levar um tiro: “Tell them it’s serious“, só eu pesquei? Ou vejo referências onde não tem? rs.

“There’s nothing more dangerous than an honest man.”

– Em um mesmo episódio tivemos freiras acorrentadas em baixo de uma ponte e Pinguim imitando um ganso. Hook Hook!

– E mesmo sem conseguir nada com Maroni, Fish não deixa Cobblepot tirar com a cara e dá um tapão na cara dele. Adorei!

– A música tema do Pinguim poderia ser Umbrella da Rihanna.

 

E vocês, o que acharam do episódio? Fiquem a vontade para falar o que quiserem!


Lívia Zamith

Nascida em Recife, infância no interior de SP e criada no Rio. Vivo e respiro Séries, Filmes, Músicas, Livros... Meu gosto é eclético, indo do mais banal ao mais complexo, o que importa é ter conhecimento de causa.

Rio de Janeiro - RJ

Série Favorita: São muitas!

Não assiste de jeito nenhum: Friends (não gosto de sitcoms)

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