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Gotham – 1×11 Rogue’s Gallery

Por: em 8 de janeiro de 2015

Gotham – 1×11 Rogue’s Gallery

Por: em

E no seu retorno, Gotham mais uma vez deixa a desejar. Rogue’s Gallery foi um episódio bem fraco, deixando bem evidente tudo em que a série vem tropeçando desde o começo, acabando por dar uma freada no que se penou para construir na sua primeira parte. Uma critica recorrente minha é toda a coisa de fazer Gotham mais uma série policial, com casos semanais, que nada trazem para o enredo principal, que no final de contas seria muito mais interessante de se assistir – a guerra pelo poder na cidade.

Além disso, não souberam tirar o máximo proveito de ter agora o manicômio mais do que icônico de Arkham como cenário. Eu gostaria de saber mais sobre o local, sobre o staff e a dinâmica do centro psiquiátrico. A série cisma em não expandir seu potencial além daquilo que se propõe a exibir dentro da sua dinâmica incomodamente procedural. Além disso Gotham parece perdida em se definir: As coisas variam entre o cômico e a seriedade com uma volatibilidade muito grande.

Gotham-1x11-

Posso exemplificar isso facilmente com os internos de Arkham. O episódio começa com uma encenação deles, em tese leve, e do nada começa um surto quase que total dos pacientes. Veja bem, qual o clima que se pretende instaurar com isso? Posso dizer o mesmo do interrogatório conduzido por Jim para saber se o responsável por provocar danos por meio de choques elétricos nos internos. Até mesmo Gordon, sempre tenso nos primeiros episódios, parecia não estar levando aquilo a sério. Isso mostra bem o que eu afirmei em quase todas as minhas resenhas, a série ainda não se encontrou.

Uma coisa que me incomoda é como desde o começo já fica bem óbvio que é o criminoso da semana, dava pra ver que enfermeira com sua cara de doida era a que estava dando choque nos seus “pacientes”. A rebuscada (#sóquenão) investigação termina de uma hora para outra. E também há o aparecimento de um potencial vilão, que consegue escapar, mas de tão relevante eu não me lembro o nome. Os roteiristas não estão tendo nenhum carinho em aproveitar o potencial do universo que eles tem em mãos – ao contrário do que vimos em Arrow e Flashmantenho a minha campanha de mandar a série para a CW – que souberam encontrar um tom rapidamente.

Ainda falando sobre os aspectos negativos de Rogue’s Gallery, que sobrepujaram em muito os positivos, reclamo novamente de Bárbara, a pior personagem da série até então. E o seu relacionamento contubadozzzzzz com Montoya? Em nenhum momento Gotham fez questão de mostrar o motivo delas serem tóxicas uma para outra, além de nós, crédulos espectadores que continuamos acreditando no potencial do show. Por mim ou trocava a atriz por outra com mais carisma, ou dava um fim na personagem de uma vez.

Morena Baccarin Leslie

Mas nem todos os 40 minutos foram jogados fora. Primeiramente, brasileira que sou, gostei da Morena Baccarin na pele da Dra. Leslie Tompkins, e em pouco tempo de cena com Gordon, ela teve mais química com o ex-policial do que Bárbara. Além disso, sua personagem parece ser forte e determinada, não tremendo na base quando exposta ao perigo. Acredito que ela e Jim vão acabar se envolvendo.

Outra dinâmica interessante para o desenvolvimento do enredo foi a nova faceta de Butch, que deixou de parecer apenas como cachorrinho obediente de Fish Mooney. Mas mesmo assim, já ficou meio na cara que ele vai assumir um papel mais relevante na história – inclusive sua chefe já mostra sinais de insegurança com ele. Vamos acompanhar.

Selina e Pinguim apareceram pouco. A primeira encontra Ivy doente e a leva para o apartamento de Bárbara (o que me fez questionar ainda se Gordon tem algum canto para chamar de seu além da casa da ex). Além das habilidades em Le Parkour de Cat, vimos que a menina também se preocupa com o bem estar de outras pessoas além do dela. Será isso influencia do tempo de passou com o pequeno Bruce.

Oswald Cobblepot apareceu somente para tomar outra coça, coitado. Pela primeira vez ele se assume como Pinguim, e eu achei que deveriam ter dado mais importância para o momento. Afinal ele é uma das figuras mais famosas do universo do Homem Morcego, e essa aceitação do seu alter-ego merecia algo mais Tchan, sabe? Ademais, quanto tempo ele vai aguentar ficar infiltrado junto ao clã de Maroni, sofrendo humilhações, levando socos e etc? Ele já mostrou do que é capaz, seus planos são muito maiores dos que o de qualquer antagonista e até agora ele é o personagem mais bem construído da série.

Cobblepot

Você vê que um episódio não foi legal quando você sente falta de alguma coisa. Bruce e Alfred – destaque do midseason finale – não deram as caras, não que eu ache que não seja bom, pois usar esses preciosos personagens para encher lingüiça no episódio, depois do crescimento que eles tiveram no primeiro segmento da temporada é jogar potencial fora, mas assim…eles deram tempo de tela para Montoya e Bárbara.

Achei Rogue’s Gallery mal construído, eles podiam ter desenvolvido melhor o novo contexto de Gordon no Asilo Arkham, ao invés de se preocupar com tramas que nada adicionam. Ficou parecendo que tudo foi jogado, sem cuidado, enfim. Realmente não tenho muito o que falar, somente esperar que os próximos sejam melhores.

Fique agora com a promo de What The Little Bird Told Him, que vai a ar em 19 de janeiro.

– Observações:

– Leslie Tompkins, nos quadrinhos, era uma médica amiga dos pais de Bruce e uma das poucas em quem o Homem-Morcego confia. Ela inclusive ajuda Alfred com a criação do milionário orfão, sabe do seu alter ego e mesmo desaprovando o Batman, sempre ajuda quando ele precisa. Ela carrega consigo o espirito caridoso doas Wayne, tem uma clínica gratuita e é a voz moral de Bruce quando ele precisa.

– Ivy safadinha, gente! Fazendo a outra no telefone com a Bárbara. Adorei por motivos de apoiar qualquer tipo de bullying com essa mulher.

– Outra referência ao futuro alter ego da menina com Hera Venenosa foi ela dizer que era vegetariana.

– Gente, peninha do Bullock querendo o parceiro dele de volta!! Eu gosto muito do personagem e da química dele com Gordon, espero que eles tenham mais dinâmicas e que Gordon consiga levar mais casos para a GCPD.

– Vale dizer que a Warner volta a exibir episódios inéditos no Brasil também dia 12 de janeiro, com LoveCraft.

Achei esse episódio o mais fraco de todos e por isso nem consegui escrever muito (e olha que para mim é algo novo!). Concordam? Notaram mais alguma referência ou discordam de alguma impressão minha?

Fiquem a vontade para comentar e complementar a review.


Lívia Zamith

Nascida em Recife, infância no interior de SP e criada no Rio. Vivo e respiro Séries, Filmes, Músicas, Livros... Meu gosto é eclético, indo do mais banal ao mais complexo, o que importa é ter conhecimento de causa.

Rio de Janeiro - RJ

Série Favorita: São muitas!

Não assiste de jeito nenhum: Friends (não gosto de sitcoms)

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