Após a apresentação dos personagens e seus conflitos iniciais, Grace and Frankie vem com seu segundo episódio para mostrar como as protagonistas tentam lidar com as consequências do divórcio. Podemos ver que não é fácil, mas nada que o clichê de “juntos somos mais fortes” não dê para segurar a barra.
Juntar duas pessoas totalmente diferentes em um mesmo ambiente já é difícil, ainda mais quando a situação as obriga a fazê-lo. Da mesma forma que Grace e Frankie têm cada uma sua personalidade, a forma com que elas lidam com os futuros ex-maridos é bem diferente. Esse é o ponto mais interessante de ser observado na série. Além de conviver com as divergências, elas ainda aprendem o real significado de amizade e compaixão.
Por trás daquela pose superior de Grace, é notório seu sofrimento. Afinal um casamento de 40 anos, por menos feliz que tenha sido, com certeza teve seus bons momentos. E a separação a tira de sua bolha, sua redoma de vidro (incrustada de diamantes, claro), forçando-a a pensar além de si mesma. Ela, que nunca imaginaria ter esse zelo por Frankie, acaba cedendo às suas próprias vontades para não deixá-la sozinha. No fundo, essa “medida” ainda será valiosa para ela. Dificilmente ela conseguiria viver naquela casa de praia sozinha, sem nem ao menos uma pessoa com quem levantar a voz.
Assim como Grace, Robert é mais durão. Por sua natureza, ele pensa mais financeira e taticamente, cortando os cartões da ex esposa e de Frankie como prevenção de gastos exorbitantes motivados por vingança. E também por seu jeito mais fechado, pelo menos não demonstrou preocupação com o bem estar de Grace na sequência dos acontecimentos.
Enquanto Grace e Robert discutem os termos financeiros, Frankie e Sol são mais humanos. Ele se preocupa imensamente com os sentimentos dela, tentando ao máximo não magoá-la mais – o que acaba sendo impossível diante da postura fria e calculista do atual namorado. E é isso que torna tudo ainda mais sofrido para ela. Apesar de, inicialmente, ter reclamado a casa para si, as memórias de seu casamento a assombrariam o tempo todo, sendo a mudança para a casa de praia a melhor opção.
“Você vai criar novas lembranças, Frankie. Lembranças novas e melhores. E poderá reutilizar as molduras!” – Grace
Por fim, ainda há a situação dos filhos. À princípio, a preocupação com suas respectivas mães é o que os motiva a estarem presentes na primeira reunião dos ex casais após a notícia do divórcio. No entanto, o receio do que pode virar a conversa e seus conflitos cotidianos os impedem de agirem, de fato. Fica, então, a cargo de Coyote dar apoio à Frankie. Ironicamente, ele é o filho em tese mais desnaturado, se levado em consideração seu histórico com o alcoolismo. E é legal a forma com que ele tem esse privilégio de se fazer útil, como que uma prova para si mesmo de que ele pode ser melhor.
E mais:
– A abertura é tão legal e combina tanto com a série!
– “Tem pessoas na minha casa. Você acredita? PESSOAS!” Grace, nós entendemos sua dor.
– Deve ser uma situação bastante constrangedora ter cartões recusados em um restaurante chique daquele jeito. Fico imaginando como a Grace não morreu de vergonha, já que ela é toda phina.
– Frankie melhor pessoa com suas danças e meditações.
Agora me contem, o que acharam do episódio? Como tínhamos dito no Primeiras Impressões, resolvemos dividir as reviews durante as próximas semanas. Sexta-feira estamos de volta para comentar The Dinner. E depois, volto na quarta que vem para a gente comentar mais o próximo episódio. Mesmo que vocês já tenham visto a série toda, não deixem de acompanhar com a gente. Até lá!