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Heroes: Reborn – 1×04 The Needs of the Many

Por: em 10 de outubro de 2015

Heroes: Reborn – 1×04 The Needs of the Many

Por: em

Eu tento. Eu juro que tento. Dou minha palavra que me livrei de todas as expectativas, estou me esforçando para dizer que o copo está meio cheio e encontrar pontos positivos em Heroes: Reborn, mas a série não está ajudando. Mais uma vez tivemos um episódio fraco, lento e que deixou muito a desejar. Ainda assim, o que mais me incomoda é ver cenas e tramas com potencial sendo desperdiçadas e mal executadas. O roteiro não é de todo ruim, há problemas, é evidente, no entanto, existe elementos bons e interessantes ali, que não estão sendo trabalhados da forma como deveriam. Se a culpa é a direção, dos roteiristas, ou dos atores, não sei dizer. Talvez todos tenham sua parcela de responsabilidade, transformando o conjunto em algo problemático.

De qualquer forma, um exemplo claro da questão mencionada é o relacionamento entre Luke e Joanne. A cena em que a mulher descobre que o marido é um Evo poderia ter sido extremamente dramática, na verdade, deveria ter sido dramática, ou minimamente emocional, mas não foi nada além de frustrante. Aliás, frustração é a palavra perfeito para descrever esse núcleo. A ideia não é ruim, está longe de ser original, é verdade, mas clichês existem porque funcionam e quando bem executados podem se tornar algo incrível. O problema é que a execução, nesse caso, está sendo precária.

Temos um casal de pais procurando vingança para a morte do filho, pessoas que tiveram a vida drasticamente alterada e passaram a considerar os Evos uma ameaça. Até aí, tudo ótimo. O problema é que são personagens tão rasos e mal desenvolvidos que fica impossível até mesmo nutrir alguma simpatia por eles. Além disso, as tentativas constantes de evidenciar um contraste entre o casal, mostrando que ele é um possível mocinho e ela uma vilã sem escrúpulos,  estão começando a soar ridículas e forçadas.

Não há qualquer tentativa de humanizar Joanne (o que nem seria difícil), de torná-la minimamente verossímil ou menos caricata. Parece que ela existe apenas para ser insuportável e nos obrigar a gostar de seu marido. Os esforços, contudo, não estão surtindo efeito, já que Luke é de uma apatia tão grande que fica impossível sentir qualquer coisa além de sono quando ele está em cena. Triste, porque Zachary Levi costumava ser extremamente carismático em Chuck.

Enquanto isso, Carlos segue com sua tentativa de se tornar um Bruce Wayne/Oliver Queen da vida. Modernizou a armadura do irmão e parece estar pensando em criar seu próprio batmóvel.  Miko e Ren, por sua vez,  chegaram à sede da Renautas, na viagem internacional mais simples e fácil já registrada na história. Fora isso, me recuso a comentar o plano, saído de um capítulo de Malhação, do rapaz para recuperar a katana da menina. Já Tommy tentou ajudar a mãe a receber uma doação de sangue, mas acabou sendo descoberto com um Evo.

Por fim, tivemos Noah e Quentin, com a ajuda da filha de Erica – que já não tem certeza se pode verdadeiramente confiar na mãe – tentando resgatar Molly. Tentativa, essa, que acabou frustrada quando a garota se matou, em outro momento que deveria ser recheado de emoção, mas fracassou miseravelmente. No instante em que Molly pegou a arma ficou claro o desfecho que a situação teria. O que contribuiu significativamente para a falta de tensão e emoção da cena.

De qualquer forma, o suicídio da moça dificultou bastante a utilização do Epic, não deu ao Bennett as respostas que ele precisava e deixou claro que a Renautas está em busca de Malina. Considerando tudo isso, fica claro que The Needs of the Many foi um episódio que pouco acrescentou ou desenvolveu. Para não dizer que os quarenta minutos foram completamente desnecessários, a cena final, com o reaparecimento de uma Phoebe transformada, foi capaz de despertar alguma curiosidade e trazer uma miníma esperança de que há algo interessante por vir.


Thais Medeiros

Uma fangirl desastrada, melodramática e indecisa, tentando (sem muito sucesso) sobreviver ao mundo dos adultos. Louca dos signos e das fanfics e convicta de que a Lufa-Lufa é a melhor casa de Hogwarts. Se pudesse viveria de açaí e pão de queijo.

Paracatu/ MG

Série Favorita: My Mad Fat Diary

Não assiste de jeito nenhum: Revenge

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