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Limitless

Por: em 23 de setembro de 2015

Limitless

Por: em

A CBS estreou ontem (23) o novo drama Limitless, derivado do filme homônimo de 2011 estrelado por Bradley Cooper. Escrito por Craig Sweeny (Elementary), o show conta com Jake McDorman (Shameless), Hill Harper (Covert Affairs) e Jennifer Carpenter (Dexter) no elenco, além do próprio Cooper reprisando seu papel.

brian

As primeiras impressões das primeiras impressões não foram exatamente cativantes. É bem arriscado começar uma série com uma cena de perseguição sem situar o público do que está acontecendo.  Os primeiros cinco minutos de episódio foram muito mal construídos, na verdade, e ainda que no restante do tempo eles tenham conseguido apresentar um trabalho melhor, é bem capaz de já terem perdido um bocado de espectadores durante as sequências iniciais.

Brian Fincher não é um cara ruim, muito pelo contrário! Mas você só descobre isso depois de passar pela pior apresentação de um protagonista ever.  A narração em primeira pessoa que ele faz para tentar te convencer a torcer por ele no início do episódio faz com que ele pareça um completo babaca. Postura arrogante, tom de quem sabe tudo, flashbacks mostrando um cara que desde criança foi mimado e egoísta… tudo errado. A começar pelo tom dado àquelas cenas, com recursos gráficos, trilha sonora e roteiro que remetiam muito mais a uma comédia que a um drama.

Mas vamos lá: Brian começa sendo perseguido pelo FBI e a primeira metade do episódio vai mostrar o porquê disso. Depois de falhar como músico – e como qualquer outra coisa – ele arruma um emprego em um banco, dorme no primeiro dia de trabalho e acaba acordado pelo ex melhor amigo e companheiro de banda, que, coincidentemente, é também seu chefe. Eli percebe que o amigo não está nada bem e oferece a ele uma pílula que vai transformar sua vida, permitindo que ele explore todo o potencial do seu cérebro.

limitless

É incômodo, sabem? Você olha pra tela e vê um personagem no topo da escala de privilégios: é homem, branco, norte-americano, jovem, saudável, tem uma família amorosa e amigos que fazem tudo por ele, não importa como ele esteja. O corpo e o cérebro de Brian não tinham problema algum, ele não dava certo na vida porque era acomodado mesmo e sempre inventava desculpas para fugir das responsabilidades.

A NZT, ou pílula de instant superhero, faz ele terminar um serviço de duas semanas em duas horas, dar conselhos geniais a todo mundo, tocar guitarra like Jimmi Hendrix e jogar xadrez do nada. Com toda a capacidade cerebral ativada, não há limites para aquele cara, e nesse ponto eu quase desisti do episódio. Como eu precisava escrever esse texto, continuei. E que bom! O piloto deu uma guinada bem positiva na segunda metade. Brian usa suas habilidades para diagnosticar a doença do seu pai e quando vai visitar Eli para pedir mais pílulas, encontra o melhor amigo morto em seu apartamento, iniciando assim a fuga do FBI que vimos nos primeiros minutos.

A partir daí conhecemos outros personagens, como Adam, outro usuário da pílula mágica e Rebeca, uma agente do FBI que se envolve no caso e, btw, consegue fazer praticamente tudo que Brian faz, só que sem a droga.  O roteiro mantém o foco em Brian, mas o plano geral parece se expandir, mostrando que ele se tornou apenas uma peça de uma rede muito maior de conspirações, assassinatos e mistérios. A interação dele com Rebeca é muito boa e a forma como exploram seu relacionamento com o pai acaba quebrando um pouco a imagem de cara egoísta que ele deixou transparecer a princípio. Mas só um pouco. No fim das contas, as coisas continuam caindo do céu direto no colo de Brian e ele consegue a ajuda tanto do FBI quanto de um “veterano” de NZT para lidar com os efeitos da droga sem ser destruído por ela. Mas qual será o preço disso?

brian rebeca

O piloto consegue mostrar muita coisa para a duração que tem e deixa bastante claro quem são aqueles personagens, mas não diz muito sobre a série. O foco sempre será a ação? Será uma trama mais policial ou mais sci fi? Será procedural? Não dá pra saber ainda. O formato não é inovador, a ideia não é inovadora e na verdade se parece muito com as recentes adaptações de filmes que estão sendo lançadas por aí, como Sleepy Hollow e Minority Report, por exemplo.  Apesar disso, vale a pena só pela presença da sempre ótima Jennifer Carpenter.

Vai dar uma chance a Limitless? Já assistiu ao episódio? Deixe sua opinião nos nossos comentários!


Laís Rangel

Jornalistatriz, viajante, feminista e apaixonada por séries, pole dance e musicais.

Rio de Janeiro / RJ

Série Favorita: Homeland

Não assiste de jeito nenhum: Two and a Half Men

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