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Madam Secretary – 1×03 The Operative

Por: em 9 de outubro de 2014

Madam Secretary – 1×03 The Operative

Por: em

Desde a sua estreia, Madam Secretary apresentou tantos focos diferentes que ainda parecia difícil definir o que o drama realmente queria ser. Uma trama política? Um procedural? Um drama familiar? Uma série de conspiração? The Operative veio para confirmar que ela é tudo isso, mas sempre buscará a verossimilhança através de uma conexão com fatos reais.

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A série vem recontando da sua própria forma histórias que todos nós já acompanhamos pelos noticiários. Não é um problema, e sim uma escolha de assumir a premissa de que a arte imita a vida. Isso fica bem claro quando a o texto cita o caso Snowden ou o atentado a Benghazi como referência para conduzir o caso do dia.

Desta vez o calo no sapato de Elizabeth foi um ex-funcionário que resolveu vazar conversas particulares do governo americano para seus aliados e inimigos. Viper, como era chamado, contou com a ajuda de uma jornalista “traidora” da pátria para explanar os segredos (que a série mais uma vez fez questão de amenizar e colocar apenas como apelidos desrespeitosos a chefes de estado).

Tentarei não repetir esse ponto novamente, mas mais uma vez Madam Secretary adota uma visão totalmente romântica dos bastidores do governo e mostra que a coisa mais grave não é espionar países aliados, e sim chamar o colega de “cabeça de crepe”. O que torna desproporcionais as consequências do vazamento: todos os agentes americanos são colocados em risco e um é torturado por causa das informações publicadas.

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A vida pessoal e a profissional de Elizabeth mais uma vez se cruzam quando ela vê no marido uma chance de desfazer o nó diplomático que se formou após o vazamento das informações. Se o professor desse um A para a filha do secretário russo, todo o imbróglio seria desfeito sem maiores consequências para nenhum dos lados. Ela só não contava que Henry fosse se opor veementemente à proposta.

A princípio parece egoísta da parte dele arriscar uma vida para não aumentar uma nota, mas o que está em jogo ali é o fato de ele ter sido usado como peão sem ser consultado e correr o risco de perder toda a sua carreira por causa desse desvio. Elizabeth é uma importante figura na política, mas não é mais importante que Henry por isso.

Em uma manobra diplomática bem sucedida, todas as partes acabam cedendo em alguma coisa e o agente americano é libertado com vida. The Operative conseguiu prender mais a atenção da audiência que os seus antecessores, além de mostrar de forma bem mais clara ao que a série se propõe. Funcionaria, aliás, bem melhor que o piloto exibido. Concorda?

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Algumas observações:

– Os únicos com uma visão crítica do governo são o filho anarquista e a filha desertora dos McCord. Dois personagens com pouca credibilidade, e isso não é coincidência.

– A relação de Elizabeth com sua equipe fica cada vez mais fortalecida. Ela é uma chefe bem boazinha, seria difícil não conquista-los.

– A espionagem parece fazer parte do cotidianos dos americanos, desde chefes de Estado até as mensagens da filha adolescente.


Laís Rangel

Jornalistatriz, viajante, feminista e apaixonada por séries, pole dance e musicais.

Rio de Janeiro / RJ

Série Favorita: Homeland

Não assiste de jeito nenhum: Two and a Half Men

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