Aquele em que dizemos adeus

Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

Madam Secretary

Por: em 25 de setembro de 2014

Madam Secretary

Por: em

Madam Secretary é um drama político da CBS que teve sua estreia exibida no último dia 21. Produzida por Barbara Hall e Morgan Freeman, a série tem Tea Leoni como Elizabeth McCord, uma mulher pouco familiarizada com a política que assume o cargo de Secretária de Estado e precisa lidar com as mudanças que a nova posição traz.

madam-secretary-tea-leoni-ftr

McCord é ex-analista da CIA, mãe de família e professora universitária de História. Nos primeiros minutos do piloto, suas maiores preocupações são lidar com os filhos adolescentes e com os alunos que não entregam os trabalhos em dia. A situação muda completamente quando o avião do Secretário de Estado cai e o presidente dos Estados Unidos (Keith Carradine, de Dexter) a convoca pessoalmente para assumir o cargo.

Elizabeth não tem nada a ver com o mundo da política e dos eventos sociais que chamam de missões diplomáticas. Para conseguir desempenhar o seu papel ela precisa, antes de qualquer coisa, se livrar das correntes burocráticas e hierárquicas que engessam sua atuação.

Neste episódio de estreia ela tenta ajudar dois jovens que foram presos por denunciar violações de direitos humanos na Síria através de redes sociais. Apesar da pouca experiência na política, ela mostra que não é tão inofensiva, sabe se articular e cobrar favores das pessoas certas para fazer o que é preciso e consegue resgatar os rapazes.

A falta de ritmo foi sem dúvidas o maior defeito do piloto. A primeira metade do episódio é extremamente arrastada! Se normalmente a estreia de uma série procura impactar a audiência com plots grandiosos, Madam Secretary gastou longos minutos falando sobre a nova estilista de Elizabeth ou da escolha de palavras adequadas para um comunicado à imprensa.

madam-pilot

Entre um resgate, um jantar diplomático e uma renovação de guarda-roupa, a nova Secretária de Estado recebe uma informação perturbadora de um ex-agente da CIA, informação esta que se torna a única trama com potencial para se desdobrar ao longo da temporada, afinal, uma série sobre o governo que não dá margem para teorias da conspiração não tem graça, né?

A protagonista é carismática, mas Téa Leoni é a grande responsável por fazê-la parecer real, porque o texto em diversos momentos a coloca naquele patamar de mulher perfeita que é amada e respeitada por todos, consegue tudo o que quer com a sua lábia e faz até o presidente se dobrar para atender seus pedidos.

O piloto não apresentou nenhum elemento surpreendente e mesmo a execução do que já era esperado foi um pouco abaixo das expectativas. Talvez Madam Secretary se saia melhor ao longo da temporada, já que não é raro uma série apresentar um piloto regular e depois encontrar seu tom ideal. Potencial ela tem, assim como um excelente elenco, então vale dar uma chance!

madam-patina

Algumas observações:

– Sem querer comparar, mas já comparando: Madam Secretary parece bem mais nacionalista e maniqueísta que Homeland. A série retratou os EUA como o grande oásis da liberdade de expressão, o bondoso colonizador que se preocupa com o combate à AIDS na África e o solo a ser beijado por quem retorna de uma longa viagem. Zzzz.. .

– Falando em Zzzz, eu cochilei umas duas vezes ao longo do episódio.

– Quase chorei glitter quando vi Patina Miller na série. Alguém dê mais espaço para essa mulher? Ela tem um Tony, gente!

 


Madam Secretary está na sua lista de séries nessa fall season? Já assistiu? Concorda com as nossas Primeiras Impressões? Deixe sua opinião nos comentários!


Laís Rangel

Jornalistatriz, viajante, feminista e apaixonada por séries, pole dance e musicais.

Rio de Janeiro / RJ

Série Favorita: Homeland

Não assiste de jeito nenhum: Two and a Half Men

×