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Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

Melhores do ano #3: As 10 maiores decepções de 2013

Por: em 26 de dezembro de 2013

Melhores do ano #3: As 10 maiores decepções de 2013

Por: em

Já falamos aqui sobre os melhores retornos de 2013 e sobre as séries novas que mais nos conquistaram. Mas, como nem tudo são flores, agora, é a hora do outro lado. De desabafarmos a respeito daquelas séries que mais nos decepcionaram esse ano, sejam elas estreias ou retornos. Seja as que prometeram muito e entregaram pouco ou até mesmo aquelas que,  por estarem encerrando, deveriam resgatar um pouco de dignidade.

O esquema de votação foi o mesmo: Cada colaborador votou em número X de séries e, a depender da colocação Y em que a série foi posta, ela recebeu Z pontos.

Vamos, então, as séries que mais decepcionaram os colaboradores do Apaixonados por Séries em 2013.

 

Dexter – por Marina

Dexter

Praticamente uma unanimidade entre os apaixonados por séries, Dexter foi a maior decepcção do ano de 2013. É triste constatar que o canal Showtime, com uma história de tanto potencial em mãos, consiga fazer o que fez com nosso serial killer favorito. A maneira como todo o enredo foi concluído, com vários pontos soltos e cenas completamente non-sense deram a sensação de que os roteiristas não sabiam como terminar uma história de tanto sucesso. O que é mais lamentável neste ano de fechamento da série é que a 8ª temporada trouxe de volta (juntamente com a 7ª temporada) a energia e dinâmica desta série tão polêmica. Jennifer Carpenter e Michael C. Hall estavam dando show de interpretação nos primeiros episódios de 2013, nos enchendo de esperança por um final a altura de Dexter. Mas a necessidade de fechar vários plots em aberto em outras temporadas e, especialmente após o retorno de Hannah McKey, Dexter se tornou uma história de adolescente, onde o herói batalha para ser feliz ao lado de seu grande amor. Há quem goste de todo o melodrama interpretado por Yvonne Strahovski e Hall, mas mesmo com a força dos atores, não há roteiro que segure tamanho melodrama. No episódio final ficamos sem Debra, sem ninguém descobrir o código de Harry, sem a morte ou prisão do serial killer, sem sangue, sem kill suit, com Harrison adotado por Hannah e com Dexter se tornando um lenhador. Os roteiristas e os atores se justificaram e disseram estar satisfeitos com o final da história, argumentando que o isolamento seria o melhor castigo para o serial killer, mas a desculpa não desceu redonda para ninguém. A sensação é que a Showtime estava somente preocupada em deixar um traço para realizar seu spin-off da série, e quem pagou por tamanho egoísmo foram os próprios fãs, órfãos de um final digno para uma série que já foi considerada uma das melhores da TV americana.

 

Drop Dead Diva – por Bianca

Drop Dead Diva

Pela segunda vez, escolho Drop Dead Diva como a decepção do ano. Foi um ano bem complicado no geral: a série tinha sido cancelada, deixando um cliffhanger enorme (se a antiga Jane voltou para a Terra no corpo do Owen ou não), infelizmente não resolveu de forma satisfatória as tramas que surgiam e sofreu um belo corte de orçamento. No fim, por pior que tenha sido, a história da antiga Jane foi a que melhor se encerrou. De resto, foi como se o roteiro não tivesse mais nenhuma ideia de como seguir com a história, deixando a Kim grávida e abandonando a personagem no meio da temporada, com Jane e Grayson descobrindo que estão apaixonados um pelo outro quando o outro está com outra pessoa e, o que mais me desagradou, do nada a Stacy decide que quer ser mãe e o breve romance dela com o Owen. O novo anjo da guarda, Paul, também não mostrou ser nenhuma novidade, limitando-se a exibir os músculos e a falta de cérebro sempre que podia. Drop Dead Diva já foi renovada para a sexta e talvez última temporada e, novamente, eu só espero que ela seja encerrada com dignidade e repare os erros da quinta.

 

Glee – por Renata

Glee

Não tem como florear, Glee já deveria ter acabado faz algum tempo. O roteiro e os personagens se perderam, não se sabe mais para onde estão indo, mas fica claro que o destino não parece muito bom. Há algum tempo a história dos personagens que ficaram em Ohio não empolga e a vontade que dá é pular as partes em que eles aparecem. Rachel, Santana e Kurt, os que foram para Nova York e ainda salvavam a série, também perderam o brilho e estão ficando cada vez menos interessantes. O lado bom dos episódios fica por conta de Sue e sua intérprete, Jane Lynch, que apesar de parecer estar repetindo o mesmo roteiro, com exatamente as mesmas piadas há umas três temporadas, tem carregado cenas inteiras sozinha. Me dá impressão que os atores também acabaram se decepcionando com a série, só isso explicaria a expressão apática de alguns deles durante os episódios. Digo tudo isso com certa tristeza, uma vez que Glee já foi uma das séries que eu mais aguardava na semana e hoje, infelizmente, digo que assisto por costume e curiosidade – quero saber qual vai ser o destino das estrelas do McKinley High. Ainda bem que faltam só mais duas temporadas para eu descobrir!

 

Grey’s Anatomy  – por Camila

Greys Anatomy

Durante muito tempo, acompanhei Grey’s Anatomy regularmente, ficava ansiosa por novos episódios sofria com os personagens e xingava muito a Shonda em cada season finale. Na última temporada ela não conseguiu colocar a história nos eixos depois das fatalidades finais, e cada vez que os novos internos apareciam o estômago embrulhava. Casais que amávamos foram separados, Shonda tem que aprender que nem só de separação vive um relacionamento, outros dramas poderiam acontecer em Grey’s Anatomy sem cair na mesmice de traição e separação. Mas aguentaria isso tudo se ela não tivesse arruinado o que segurava a série: Cristina e Meredith. Sem a amizade das duas não da pra aguentar. No início da temporada ainda tentei ver alguns episódios, mas agora só acompanho review e spoiler, porque nem os casos médicos não me interessam.

 

Hostages – por Keyla

Hostages

Com Toni Collette e Dylan McDermott no elenco, Hostages se propôs a ser uma série diferente do que normalmente vemos na tv aberta americana. A divulgação feita antes da estréia foi suficiente para chamar a atenção de muita gente, mas infelizmente a série foi um banho de água fria em todos que esperavam um roteiro complexo e inteligente. Hostages tenta criar personagens complexos e uma história elaborada, mas acaba caindo em clichês extremamente chatos, sendo difícil ter o mínimo de vontade de assistir o episódio seguinte. A série tenta vender o sequestro da família da médica como se fosse uma excelente ideia de assassinar o presidente sem deixar rastros, mas na verdade, o plano é cheio de furos e com complicações desnecessárias. Cada episódio que passa a história fica mais chata e mais previsível. O resumo da ópera é que Hostages poderia ser boa. Mas é ruim. Muito ruim.

 

Marvel’s Agents of S.H.I.E.L.D por Alexandre

Agents of Shield

Bom nerd que sou, esperei Agents of S.H.I.E.L.D cheio de expectativa. Revi todos os filmes da Fase Um da Marvel, li reviews estrangeiras, assisti todas as promos e esperei por essa série como uma criança espera por Papai Noel. Talvez o erro esteja aí, na grande expectativa, mas ao ler os demais comentários, não acredito que seja apenas isso. O piloto foi excelente, mas em seguida, Agents of S.H.I.E.L.D mostrou seus muitos pontos falhos semana após semana: Casos da semana chatos, uma história principal confusa e não bem delineada que espantou muitos,  e sua maior falha: Personagens sem nenhum carisma, o erro mais grave que uma série que começa como um procedural pode cometer. Há perspectivas de melhoras e a Marvel está investindo nisso, mas infelizmente, por enquanto, S.H.I.E.L.D nada mais é do que mais uma série que não soube usar seu excelente potencial.

 

New Girl – por Olívia

New Girl

New Girl terminou a segunda temporada no auge, Nick e Jess estavam finalmente juntos, Schmidt tinha que escolher entre Cece e Elizabeth e até o Coach voltaria. Nós, os fãs, aguardamos ansiosamente o retorno da série, imaginando como as histórias se desenrolariam, eram tantas expectativas para a terceira temporada que quando, finalmente, chegou a hora, ela decepcionou. O que era pra ser um grande episódio de retorno foi morno, seguidos de vários episódios mais ou menos. Nick e Jess estavam chatos juntos, o Coach estava deslocado e a série se apoiava muito no personagem do Schmidt. Claro que New Girl teve alguns bons episódios e que aos poucos está reencontrando seu tom depois das mudanças, mas, mesmo assim, a série não entregou tudo que prometeu e a terceira temporada (pelo menos a primeira parte) foi uma decepção.

 

Smash  – por Alexandre

smash

Smash é outra série que entra aqui por toda a expectativa construída em torno de si. E porque, não há como negar, mesmo sua primeira temporada sendo um pouco aquém do que se esperava, ela conseguiu deixar uma boa imagem e um gostinho de “quero mais”. A troca de showrunners assustava, é claro, mas os promos da nova temporada eram tão bons e as notícias tão empolgantes, que não tinha como não acreditar que o show musical da NBC iria se não manter o nível de sua temporada inicial, melhorá-lo. Ledo engano. No segundo ano de Smash, pouca coisa se salvou. Boas personagens como Karen e Ivy se tornaram apenas arremedos do que tinham sido e mesmo o ar de novidade que o Hit List começou a trazer não se sustentou durante toda a temporada, que se encerrou bem distante do potencial que um dia mostrou ter.

 

The Following – por Alexandre

The Followin

Esperar pouco de The Following era impossível. A nova série de Kevin Williamson protagonizada por ninguém menos que Kevin Bacon estreou debaixo de uma gama de expectativas que, infelizmente, não conseguiu cumprir. A história do serial killer Joe Carrol e do agente do FBI Ryan Hardy tinha potencial para ser a melhor série do ano e o que foi entregue no piloto – ágil, empolgante e misterioso – comprovou isso. Contudo, no decorrer dos episódios, a série começou a apostar em saídas de roteiro fáceis, situações forçadas, um FBI que em muito deixava a desejar (duas viaturas para cercar a casa onde supostamente estava um dos maiores foragidos da polícia?) e, no meio de tudo isso, alguns personagens sem carisma ganhando destaque, como Claire.  No fim das contas, a única história que se manteve interessante foi o psicótico triângulo amoroso entre Jacob, Paul e Emma. A série até encerrou bem sua temporada comparando o season finale aos demais episódios, mas muito ficou se devendo e a grande maioria dos espectadores não deve voltar para o próximo ano, eu incluso.

 

The Vampire Diaries – por Andrezza

Vampire Diaries

Acusada de querer pegar carona no sucesso da saga Crepúsculo, The Vampire Diaries não demorou muito tempo pra mostrar que tinha seu próprio brilho, apresentando uma trama ágil, um roteiro surpreendente de uma mitologia bem peculiar, conduzida por Kevin Williamson e Julia Plec. Todavia, a saída de Kevin em 2013 para cuidar de The Following, pra mim, abalou as estruturas da série. A busca pela cura não foi uma trama tão empolgante pela forma como apresentaram essa parte da mitologia (alguém gostava do Shane?) e nem o foco em Delena me deixou realmente empolgada (e olhem que eu torço pra eles desde o meio da primeira temporada). Alguns episódios, como o 4×13 e o 4×14, por exemplo, foram arrastados, o que não é nada aceitável em uma série que não é procedural. Elena sem humanidade foi difícil de aturar, Damon e Stefan apenas viviam tentando “limpar a sujeira” deixada pela amada. Esse vai e vem de Caroline e Tyler me deixou irritada com ele. Bonnie não tinha um plot que me interessava e Jeremy, quando começa a ficar interessante, morre (também não gostei da morte do Kol, o moço bonito podia ter rendido mais). O que salvou a temporada do completo desastre, pra mim, foi a presença dos originais, especialmente Rebekah. Pra muitos, a revelação de Silas como doppelganger de Stefan explodiu cabeças e elevou TVD a outro nível. Embora eu tenha curtido muito a season finale da quarta temporada e não discorde totalmente dos argumentos de quem defende a série, pra mim, algo se quebrou e a série continua mesmo bem longe dos seus tempos áureos. A revelação da origem dos doppelgangers sempre me interessou e a mitologia não pecou nessa parte mas, ainda assim, sinto que falta algo. De repente, o problema é comigo…

 
Menção desonrosa: Homeland teve votos e quase entrou na lista, mas devido a considerável melhora ocorrida na segunda parte da terceira temporada, decidimos que ela não merecia estar presente aqui.

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E você, qual sua lista?

Feliz 2014!


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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