Todo mundo tem suas séries favoritas, aquelas que têm um espaço especial no coração, sejam elas produções americanas, britânicas, argentinas, eslovenas ou brasileiras. Sim, em terras tupiniquins também são produzidas obras de muita qualidade e que merecem destaque. Dupla Identidade, que é a nova queridinha de boa parte da equipe, está aí para provar isso.
Pensando nisso, para fazer o Vale Cada Minuto de hoje, convidamos os Apaixonados por Séries para contar quais são as produções nacionais que eles acham que valem cada minuto. A lista completa com os motivos para isso estão abaixo, vem com a gente!
Labirinto
Em 1998, a Rede Globo apresentou Labirinto, a última minissérie escrita por Gilberto Braga. Embalada por um assassinato misterioso, algo de praxe em todas as produções do autor (como não lembrar do bordão: “Quem matou Odete Roitman?”), a trama começa com o assassinato de um milionário, Otacílio Martins Fraga, em sua cobertura, em plena virada de ano em Copacabana.O poderoso empresário flagra uma discussão entre a esposa, Leonor (Betty Faria), e Ricardo Velasco (Antonio Fagundes), seu amante e vice-presidente financeiro da empresa Martins Fraga. Otacílio ameaça deixá-la sem nada após o divórcio, mas é baleado logo em seguida. Só descobrimos quem matou Otacílio no último capítulo. Por uma armação de Ricardo, o principal suspeito do crime é André (Fábio Assunção), que presencia a cena, sem ver o rosto do assassino. Para provar sua inocência, contará com a ajuda de Paula Lee (Malu Mader), uma garota de programa ambiciosa por quem fica interessado. Mas ele também é apaixonado por Virgínia (Luana Piovani), noiva de Júnior (Marcelo Serrado), de quem André é amigo de infância. A trama é recheada de ação, suspense, um triângulo amoroso e, claro, cenas quentes envolvendo Fábio Assunção e Malu Mader no auge da beleza e carreiras. Com 20 capítulos, é uma minissérie brasileira que Vale Cada Minuto.
Por Andrezza
Som e Fúria
Som e Fúria teve uma produção muito bem feita lá em 2009, com ótimas atuações e um texto primoroso. A série conta a história de um grupo de teatro de São Paulo que encena peças de Shakespeare, e o diretor do teatro tem que lidar com os atores, com a secretaria de cultura e a política que envolve a montagem das peças, com sua ex. Mas a série mostra muito bem a rotina do grupo, os atores da peça conseguem mostrar sensibilidade, no palco e nos bastidores. Todos eles tem diversos dilemas na montagem de Hamlet ou de Macbeth. A beleza da série foi mostrar estes dilemas com partes das montagens que ficaram muito bonitas. A série teve uma temporada e 12 episódios, mas deixou o público querendo mais.
Por Camila
A Casa das Sete Mulheres
A Casa das Sete Mulheres é uma produção ambientada na época da Revolução Farroupilha (que aconteceu no Rio Grande do Sul de 1835 a 1845) e adaptada do livro homônimo. Premiadíssima, a minissérie tinha sua história contada a partir do diário de Manuela, que foi o primeiro papel de Camila Morgado na televisão, e mostrava o dia-a-dia cercado de dores e preocupações destas mulheres fortes que tinham que lidar com o fato de ter seus pais, maridos, tios e grandes amores lutando na guerra. O cenário e personagens da Guerra dos Farrapos são reais (a minissérie usa a liberdade poética em diversos momentos, claro) e serviram de pano para a história, que ainda se valeu de um grande mito da época: o suposto triângulo amoroso entre Giuseppe, Anita Garibaldi e Manuela (conhecida como A Noiva de Garibaldi). Com história, direção e atuações de tirar o fôlego, A Casa das Sete Mulheres é daquelas minisséries que a gente assiste e nunca mais esquece.
Por Renata
Amores Roubados
Quer assistir a uma série brasileira que reúne um roteiro consistente e direção talentosa? Que tal adicionar boas atuações e uma excelente trilha sonora? A indicação é Amores Roubados exibida pela Rede Globo em dez capítulos. A minissérie foi inspirada no livro A emparedada da Rua Nova escrito entre 1909 e 1912. O enredo conta a história de Leandro (Cauã Reymond), que após adulto retorna ao sertão nordestino para trabalhar como sommelier. Seu hobby é a sedução de mulheres casadas, porém acaba se apaixonando por Antônia (filha de seu patrão), interpretada pela excelente Ísis Valverde. A produção foi diferenciada, reafirmando a boa safra das séries nacionais!
Por Janaina
Dalva & Herivelto: uma Canção de Amor
Confesso que meu conhecimento em relação à Dalva e Herivelto era reduzido as músicas Bandeira Branca e Ave Maria no Morro. Por isso, é louvável quando essas produções apresentam um pouco melhor a cultura brasileira. Com uma inspirada Adriana Esteves (era pré-Carminha) e Fábio Assunção nos papeis principais, a minissérie contou a história de um dos casais mais importantes da Era do Rádio brasileira. Dalva era considerada uma das melhores cantoras de sua geração, e Herivelto um compositor de clássicos da música brasileira. O casamento de 13 anos tinha uma história digna de novela, a separação foi mais pública ainda, com acusações na mídia e traições. E o público agradece tanto babado, confusão e gritaria, pois assim, com desilusões amorosas, somos brindados com grandes músicas brasileiras.
Por Joanna
Hilda Furacão
Hilda Furacão, a trama que marcou a estreia de Ana Paula Arósio na Rede Globo, é uma minissérie adaptada do romance homônimo de Roberto Drummond. Hilda Gualtieri Müller, uma bela moça da alta sociedade, desiste do casamento no dia da cerimônia, rompe com a família e vai morar na zona boêmia e de prostituição de Belo Horizonte, tornando-se a mais disputada meretriz da capital mineira. Desafiando os costumes da tradicional sociedade mineira, Hilda acaba se apaixonando pelo frei Malthus, interpretado pelo jovem Rodrigo Santoro, que tentava a todo custo fugir da tentação. Num elenco de primeiro escalão, tiveram destaque Rosi Campos, como Maria Tomba Homem e Matheus Nachtergaele como Cintura Fina. Com um figurino impecável e um ótimo roteiro, vale cada minuto de de seus 32 episódios.
Por Andrezza
Hoje é Dia de Maria
A série da Globo inovou ao apresentar um formato bem diferente das suas séries originais, misturando o cenário dessa história fantástica com marionetes do grupo Giramundo. Hoje é dia de Maria se passa no sertão brasileiro e conta a história sofrida de Maria, uma Criança que sofre abusos da madrasta, e, cansada desta vida resolve sair de casa em direção à cidade e ao mar. Seu caminho é recheado de seres encantados, e muitas vezes ela é tentada por personagens das fábulas populares e ela deixa o diabo irritado, que lhe rouba a infância. Ela continua sua jornada com amparo de um ser amado e de Nossa Senhora da Conceição. A série tem um grande elenco, foram oito episódios que depois geraram outra minissérie, Hoje é dia de Maria – Segunda Jornada.
Por Camila
Tudo Novo de Novo
Com texto de Lícia Manzo (a mesma da novela A Vida da Gente), Tudo Novo de Novo foi uma proposta de série por parte da Rede Globo que teve apenas 12 episódios. O foco da história são os conflitos das famílias modernas e se desenrola a partir do relacionamento de Clara (Júlia Lemertz) e Miguel (Marco Ricca), dois divorciados que tentam equilibrar suas vidas pessoais com a vida de seus filhos, ex-maridos e ex-mulher, pais, irmãos e todo o resto. Delicadeza é a palavra-chave do texto que, junto de uma direção impecável, trilha sonora cuidadosamente selecionada e elenco promissor, criou uma minissérie que deixou saudades e, definitivamente, vale cada minuto.
Por Renata
O Canto da Sereia
“Sereia, eu tô impresionante”, esse bordão de Só Love, personagem da minissérie O Canto da Sereia, define bem o que eu senti vendo esse programa. Em apenas 4 episódios, Sereia apareceu, fez sucesso, nos cativou e morreu. Morreu em cima do trio elétrico, em um assassinato bem extravagante, assim como a própria cantora. Baseado na obra de Nelson Motta, O Canto da Sereia conta a história de Sereia, artista baiana que colecionava desafetos por onde passava, portanto todos eram suspeitos de sua morte. Ísis Valverde, Camila Morgado, Marcos Palmeira, João Miguel, Marcos Caruso e Marcelo Médici, eram alguns nomes do elenco, que foi até Salvador mostrar um carnaval sem tantos clichês. Foi uma produção super caprichada, que, com poucos capítulos, deixou o telespectador querendo mais!
Por Joanna
E você, lembra de outras minisséries brasileiras que também vale cada minuto? Conta pra gente nos comentários!
