Hoje é dia do psicólogo, esse profissional que as vezes não damos tanta atenção e as vezes temos até certo preconceito com quem faz terapia, mas a verdade é que é um processo de autoconhecimento de grande ajuda para todos. Inclusive para os personagens de séries, que por motivos diversos se sentaram no divã e procuraram melhorar suas vidas. Desde Tony Soprano a terapia tem servido também para ajudar os personagens a crescerem e mostrar motivações das histórias para nós, telespectadores.
Harvey (Suits)
Depois de se sentir abandonado por Donna e de guardar todo o sentimento sem conversar com ninguém, Harvey tem ataques de pânico e precisa procurar ajuda para controla-los . Com o tratamento ele começa a trabalhar o seu crescimento, a se conhecer melhor, a lidar com as pessoas que estão a sua volta. Sabemos que ele precisa aceitar e conversar mais sobre seus sentimentos e a Dra. Paula Agard consegue finalmente fazer Harvey falar sobre o seu passado, sobre sua mãe e a falta de confiança. Há um embate entre Harvey e sua terapeuta e no início ele parece estar ali apenas para obter uma prescrição para medicação. Porém após uma postura firme da Dra. Paula, assistimos Harvey se abrindo mais e a tendência é que ele volte a falar sobre sua mãe e o quão profundo ela o magoou.
Reese (Person of Interest)
Reese foi obrigado pelo departamento de policia (seu disfarce) a fazer terapia por ter atirado em algumas pessoas. Nós sabemos da verdade, mas o departamento não está acostumado com essa violência, atirar em alguém (mesmo que nos joelhos) não deveria ser tratado como algo normal. Então ele faz as sessões até que sua psicóloga o libera para trabalho, mas decide continuar com a terapia para parar de afastar as pessoas que estão à sua volta. Reese tem um complexo de herói, quer salvar todo mundo mas não deixa ninguém se aproximar, tem medo de fazer os outros sofrerem. Ele consegue trabalhar um pouco o seu lado pessoal na terapia, com tantos segredos, ele não poderia continuar são.
Kate (Castle)
Kate na terceira temporada sofreu um atentado e logo no início da quarta temporada é obrigada a fazer terapia para poder voltar ao trabalho. A terapia era pra tratar o trauma, o medo e o estresse pós traumático, mas a detetive Beckett continuou fazendo terapia para aceitar não ter conseguido resolver o assassinato de sua mãe, e por isso sempre afastar as pessoas. A própria Kate diz em determinado episódio da temporada que tem um muro dentro dela, impedindo-a se conectar a outras pessoas e até aceitar amor. A terapia é fundamental para ela compreender o seu papel como detetive e separar sua vida pessoal. Graças a terapia pudemos ver Kate e Castle juntos, ela finalmente aceita que o ama.
Meredith Grey (Grey’s Anatomy)
Meredith já sofreu muito, tem muitos motivos pelos quais desde criança já deveria fazer terapia. Mas foi só após um período de eventos especialmente traumáticos – no final da terceira temporada com o acidente de barco, uma experiência de quase morte, a morte da mãe, Derek começa a namorar Rose e sua meia irmã aparecendo no hospital (ufa!) – que ela resolve procurar ajuda profissional com a Dra. Wyatt, porque não conseguia dormir. Apesar de relutante no começo, ela consegue se abrir e falar sobre o relacionamento com sua mãe, com o Derek e faz algumas mudanças em sua vida, consegue lidar melhor com o trabalho e a vida pessoal. Um resultado foi admitir que gosta do Derek e tivemos aquele lindo episódio com a casa de velas.
House (House)
House é internado para tratar seu vício em remédios, e durante o tempo que passa internado é obrigado a fazer terapia e falar de sua dor, física e da vida. Ele faz o tanto que é recomendado, mas ao sair do hospital ele percebe que precisa falar com alguém sobre sua vida. Nolan, seu médico, trabalha com House o seu problema com confiança, diz que ele pode confiar nas pessoas, não precisa tratar tudo com ironia, pode deixar as pessoas se aproximarem.
Dr. Spencer Reid (Criminal Minds)
Dr. Reid precisou de terapia depois de ter sido mantido em cativeiro por um dos suspeitos que estavam investigando em um caso, foi drogado e ficou viciado. Após o evento ele procura um grupo de apoio para tratar do seu vício, nas terapias ele também conversou sobre o trauma que passou. Ele que é fechado e sempre sofreu muito por ser diferente, precisava desse grupo de suporte, que passaram por problemas similares, por mais que trabalhe com pessoas acolhedoras e que o respeitam muito, tem hora que é preciso falar com profissional e com quem passa por problemas similares.
Betty Draper (Mad Men)
Betty viveu num tempo que era muito mais difícil para as mulheres, na década de 60 sofriam ainda mais dominação social e mesmo para fazer terapia era complicado, tinha que ter autorização do marido e sempre tentar manter tudo em segredo. Afinal, quem com uma vida tão boa faria terapia? Betty na primeira temporada frequentou seções de terapia depois que médicos falaram que a tremedeira nas mãos era psicossomático. Ela descobre que o seu psiquiatra estava reportando tudo que conversavam ao seu marido, e então resolve falar sobre as traições dele. Na segunda temporada ela já não faz terapia.
Will Graham (Hannibal)
Will tem uma habilidade especial: ele consegue penetrar em uma cena de crime e ver o crime pela ótica de quem o cometeu. Tal habilidade despertou o interesse de parte do FBI, que o recrutou como consultor especial. Porém isso despertou também em sua mente uma grande confusão e desconfiança. Será que tal habilidade é em razão dele ser um serial Killer em potencial? Para entender mais sobre sua mente, ele é direcionado a um psiquiatra: Hannibal Lecter. As sessões entre os dois são bem sombrias e incômodas – tanto para Will, quanto para nós. Porém Hannibal parece se divertir investigando a mente de Will, talvez pelo fato dele ser também um serial Killer e se enxergar em seu paciente.
Quer ver mais como é o cotidiano dentro das sessões de terapia? Tem algumas séries que recomendamos para isso, que se passam em grande parte dentro de um consultório: In Treatment, Necessary Roughness, Sessão de terapia, Go On, Web therapy.