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Person of Interest – 4×07 Honor Among Thieves e 4×08 Point of Origin

Por: em 7 de janeiro de 2015

Person of Interest – 4×07 Honor Among Thieves e 4×08 Point of Origin

Por: em

Onde paramos com Person of Interest? Bom, desde a última review, quatro episódios se passaram: Honor Among Thieves, Point of Origin, The Devil You Know The Cold WarEntão, temos muitas coisas para falar.

Devo adiantar desde o começo que apesar de muitas coisas terem mudado no mundo de Mr. Finch e Cia, Person of Interest continua uma das melhores séries em exibição na televisão americana. A premissa dos episódios continua extremamente intensa e interessante, assim como a execução. O equilíbrio entre tensão e humor ainda me impressiona. E os personagens não conseguem me decepcionar. Por isso, defendo que a série tem que ser estudada como um grande case de sucesso, por que mesmo depois de quatro temporadas, os episódios ainda conseguem evoluir.

Mas não posso dizer coisas tão boas sobre Samaritan e o seu grande plano de conquista mundial. Talvez, se eu fosse uma pessoa maligna, eu admiraria as ideias da Inteligência Artificial. Mas, por enquanto, continuo temendo o que pode acontecer.

Honor Among Thieves

Uma das ideias de Samaritan era controlar nossas crianças por meio de um tablet que seria distribuído à elas. Felizmente, Mr. Finch com a ajuda da “Babá”-Root descobriu o plano da Inteligência Artificial. O tablet teria um software desenvolvido por Jerrod Wilkins e seria patrocinado pelo governador de Nova York, o qual Samaritan ajudou a eleger. Porém, antes que as negociações concluíssem, Wilkins foi um número sugerido e Harold conseguiu destruir os tablets.

Wilkins não foi o único número do episódio. Tomas Koroa, negociador internacional de vinhos e ladrão especializado em roubos de joias, mereceu atenção do grupo e especialmente, de Sameen Shaw que estava encantada pelas “habilidades” do rapaz. (Calma, a moça estava interessada pelas técnicas ilegais do moço. Até porque ela se viu nele um reflexo das próprias habilidades. “Encanto” mesmo, com aspas, é só pela Root, a gente sabe).

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Koroa foi contratado para roubar um vírus chamado Marburg que entrou ilegalmente nos Estados Unidos. O ladrão não sabia o que estava roubando, mas era a pessoa mais capacitada para retirar o vírus do cofre de um hotel. Por isso, o cliente contratou Tomas para fazer o trabalho, mas também pagou para os parceiros, acabarem com a vida dele assim que o vírus estivesse seguro. Para a sorte de Koroa, Shaw já tinha conquistado um espaço no grupo e conseguiu salvá-lo.

Então, faltava resgatar o vírus. O que seria relativamente fácil para Shaw e Koroa, se dois agentes da Samaritan não estivessem interessados no produto. Mas Koroa contou com outro golpe de sorte: um dos agentes foi treinado por Shaw e não estava contente em receber ordens irrefutáveis de Samaritan, por isso ele permitiu que os dois fugissem com o vírus.

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A cena da fuga se tornou essencial para a série porque Samaritan conseguiu dar um print do rosto de Shaw. Ao longo do episódios, o print foi se revelando na face de Shaw e a sobrevivência dela começou a ser ameaçada.

Além disso, duas discussões merecem destaque no episódio. A primeira delas é a do próprio agente ter tomado uma ação que desobedece as ordens da Inteligência Artificial. Grice percebeu que as coisas estão mudadas e mesmo que agora ele tenha mais alvos, tomar decisões ainda faz parte do seu trabalho. Tirar isso dele, ou de qualquer agente, é tirar a humanidade. (In)Felizmente, não é só de “robôs-humanos” que são formados os “Soldados-Samaritan”. Martine é um bom exemplo disso. Na primeira vez que ela apareceu na série, ela agia como um robô. Agora, ela mostra que pode ver coisas que a máquina não pode. Se a máquina pretende conquistar o mundo

A segunda discussão é o limite das ações da equipe. Harold levanta essa questão e é interessante saber se a equipe pode se limitar pelas consequências morais que os números podem trazer. Será que eles fariam tudo para salvar um número? Esse assunto se intensifica no episódio dez, quando Samaritan começa a tomar conta dos números da Máquina, mas faz as coisas do seu “jeitinho”.

Point of Origin

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Depois que Shaw conheceu sua versão perfeita masculina, foi a vez de Reese conhecer a sua versão feminina. Silva (Adria Arjona, que fará parte da segunda temporada de True Detective), número do episódio, é uma policial disfarçada de cadete que não precisava das orientações práticas do detetive Riley, que foi promovido a instrutor do NYPD, mas talvez do seu complexo de herói.

Reese assumiu o posto de protagonista do episódio (isso também se repetirá no episódio nove), enquanto Finch ficou de guarda na batcaverna-metrô, Root não nos deu o ar da sua graça e Shaw com a ajuda de Fusco foi descobrir algo que nós já sabíamos:  “MINI” não era só o músculo do líder do Brotherhood, mas o próprio líder, Dominic.

A volta de Dominic aos holofotes de Person of Interest não foi tão excitante quanto gostaria, mas foi importante para o desenvolvimento do episódio seguinte. Dominic usou um dos parceiros de Silva para roubar arquivos da NYPD que o ajudariam a derrubar seu próximo alvo.

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E mesmo que a série considere que o líder da gangue merece destaque, todos os holofotes devem ser apontados para o fim do episódio. Depois que Reese conseguiu marcar sua próxima consulta com sua psicóloga, descobrimos que Elias era o assunto dos arquivos roubados pela gangue e por isso, seria o próximo número da equipe. Além disso, Samaritan conseguiu identificar Shaw e informou a localização da “vendedora de cosméticos” para Martine, que rastreou os rastros de Shaw por toda Nove Iorque durante o episódio. Esse finalzinho nos proporcionou uma intensa trocas de olhares que indicava no mínimo “tiro, porrada e bomba” para o próximo episódio!

Essa é a primeira vez que vemos a vida de alguém da equipe realmente ameaçada por Samaritan. Sinais de ameaça foram dados antes, como a Root tendo que mudar de identidade várias vezes. Mas nada até agora se compara a isso. É a primeira vitória de Samaritan, e derrota da Máquina, que apesar de seus esforços não conseguiu proteger a identidade de Root. Isso deve se repetir mais vezes, ainda mais depois dos acontecimento de The Cold War.


Nathani Mota

Jornalista, nerd e feminista. Melhor amiga da Mindy Kaling, mesmo que ela não saiba disso.

Salto / São Paulo

Série Favorita: Sherlock

Não assiste de jeito nenhum: Two and Half Men

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