O canal americano TV Land estreou sua nova sitcom, Happily Divorced, na última terça-feira (15 de junho). Criado e estrelado por Fran Drescher, em parceria com seu ex-marido, Peter Marc Jacobson, o seriado é inspirado na vida do ex-casal, que também foi responsável pelo sucesso de The Nanny nos anos 90. Assim como em The Nanny, Fran Drescher interpreta uma personagem chamada Fran. Mas esta Fran é a dona de uma floricultura em Los Angeles que é casada há 18 anos com Peter, interpretado por John Michael Higgins, ator já conhecido por ter feito alguns personagens homossexuais. Essa é a terceira série original do canal TV Land.
Quando comecei a assistir Happily Divorced, lembrei um pouco do caso Ross/Carol em Friends, aonde no primeiro episódio todos perguntavam a Ross: Mas você nunca percebeu que ela era lésbica?, e ele apenas respondia: E porque eu casaria com uma lésbica?. É exatamente isso que acontece com Fran. Desde o começo do episódio percebemos coisas que ela nunca tinha notado. Peter acorda no meio da madrugada sentindo uma “palpitação” e ela oferece vários remédios a ele. Dá pra notar que ela está acostumada a “cuidar” de Peter.
Então o casal chega à conclusão que não tem como deixar de morar na mesma casa por questões financeiras, e eles viram um lindo casal de melhores amigas conversando sobre a vida e novos relacionamentos. Mesmo que pareça clichê, é uma relação verdadeira, isso dá pra notar. Eles realmente se gostam. Quando Peter conta a “novidade” a Fran, ele ainda diz: Eu nunca fingi amar você. Eu amava você antes e amo você agora, e é por isso que pra mim foi tão difícil falar isso pra você. E dá pra notar que ali tem muito carinho.
A mãe de Fran é uma personagem que me chamou a atenção, talvez dali saiam muitas cenas boas. Ela apareceu todas as vezes ao lado do pai de Fran, personagem que, sinceramente, eu nem lembrava que existia quando terminou o episódio. O jardineiro latino da casa tem um outro tipo de humor, aquele desastrado, mas esse não me arranca risadas.
A coisa que menos me agrada em Happily Divorced, pra ser sincera, é a voz irritante de Fran Drescher. Tenho que abstrair pra não deixar aquela voz anasalada me fazer deixar de gostar do seriado. Fiquei imaginando se só eu tenho essa antipatia com a voz dela até que, no episódio, ocorre o seguinte diálogo:
– Eu amo a voz dela.
– Calma. Espere um pouco mais.
Eu ri bastante. Mas eu sou daquelas que gostam desse tipo de humor fácil, mesmo tendo consciência que talvez o seriado acabe ficando repetitivo por falta de assunto pra fazer comédia. A crítica americana condenou Happily Divorced principalmente por causa desse humor fácil que foi muito usado nos anos 90, mas já não é mais o que o público gosta de ver. Hoje em dia esperamos menos ingenuidade e mais sarcasmo nas comédias. Minha opinião é de que vale sim a pena assistir. Não sei como o seriado vai se manter, mas o piloto ficou bastante engraçado. E a abertura é liiiiiinda!!!
