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Breakout Kings

Por: em 9 de março de 2011

Breakout Kings

Por: em

Livre de quaisquer opiniões, fui assistir ao piloto da série e não me arrependo de ter despendido 40 minutos da minha semana na série. Com algumas ressalvas que serão ressaltadas durante esse texto, posso garantir que para quem curte o gênero policial/ação, a série foge do lugar comum de muitas tramas policiais e busca nessa novidade explorar personalidades tão diferentes, mas que no fundo buscam a mesma coisa: fugir.

“Everybody is always running for something”

Breakout Kings tem uma premissa simples. Policiais buscam na inteligência de bandidos já condenados, a ajuda para capturar novos fugitivos e como mérito, os fugitivos reduziam suas penas e eram transferidos para prisões mais seguras. O interessante da série é mostrar que até mesmo os nosso protagonistas, policiais e que deveriam ser o lado ‘bom’ da trama, tem um passado nebuloso, do qual querem fugir. Ray, um policial em condenação por extorsão de dinheiro, a muito tempo já tinha sugerido utilizar de prisioneiros para caçar novos fugitivos, mas parece, pelo menos no piloto, que essa idéia foi descartada. Depois de muito tempo, agora com o comando de Charlie, a idéia é retomada e trabalhando em dupla, os dois tem de comandar uma equipe que servirá a US Marshall. A dupla faz o verdadeiro estilo ‘não suporto você, mas vou ter que te tolerar’ e discordam a todo momento, o que me fez temer cair pro lado cômico, o que fugiria totalmente da intenção inicial. Apesar das pitadas de humor, a dupla funciona bem e gera os conflitos necessários para prender a atenção do público.

Temos também nossos criminosos, que a meu ver, são muito mais interessantes do que os policiais. O lado negro escondido de cada um os torna charmosos por si sós e toda a inteligência utilizada para o próprio benefício torna tudo mais interessante. De longe, o mais interessante deles é Lloyd, inteligentíssimo, com sacadas geniais e uma leitura da mente humana incrível. Preso por problemas com suas apostas, o prodígio do grupo vê nessa oportunidade, a chance de sair daquele ambiente hostil com o qual ele não sabe lidar. Grandes problemas com a rejeição de sua mãe também devem ser tocados ao longo da trama. Philly é uma bela mulher que utiliza do seu charme para conseguir o que quer, ou seja, uma excelente golpista que pouco revela o seu passado. Shea é o típico gangster da parada, cheio de gírias e malandragem, dá o toque que faltava para o grupo fluir. E tem também o coroa lá que tenta se dar bem logo de cara e consegue mesmo é um passe só de ida para a cadeia com direito a aumento na pena.

Como eu não conhecia muito do que seria o piloto, imaginei que a captura do tal Tillman (que foge da prisão no melhor estilo Scolfield de ser, relembrando bem Prison Break) seria tipo um arco de episódios e não algo do tipo ‘caso da semana’. Não sei como a série pretende se encaminhar, mas acho que esse gênero mais solto não seria muito interessante, mas pode ser uma maneira de ganhar um público mais maleável. A agilidade da trama também foi algo que me agradou bastante, bem rápida, com sacadas e ações extremas, coisas que prendem a atenção de quem está assistindo e que provavelmente voltará para ver mais. Agora uma das coisas que me incomodou bastante foi o episódio terminar de um jeito bem conclusivo, sem tramas abertas, sem um bom Cliff para atrair a audiência. Esse é um dos maiores problemas que pode existir para mim em um piloto: a falta de algo que prenda o público. Apesar da trama ser muito interessante, a gente quer é ser tomado por ela, ser levado para dentro desse rolo de confusões que os personagens se metem e por isso o Cliff é tão importante. Pecando nessa ponto, acho que não houve nenhuma maior penalidade para a série.

Dos criadores de Prison Break, Breakout Kings veio para mostrar uma nova face da cadeia, dessa vez longe dos mocinhos inocentes e mais perto dos criminosos de verdade. Ação, drama, aventura e muita agilidade na trama, o novo drama do A&E tem tudo para se tornar uma excelente série e garantir a fidelidade do público. Dissecando a mente obscura dos criminosos e usando isso a seu favor, a série manda bem em personagens, casos e tempo de tela, bastando agora garantir seu lugar entre o cenário atual. Vale a pena ser assistida e logo você conferirá nossas impressões semanais. Até mais!


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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