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Mistresses

Por: em 9 de junho de 2013

Mistresses

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Mistresses tem a cara da ABC. Grey’s Anatomy é um fenômeno da televisão americana e foi quem abriu as portas da emissora mistresses-posterpara novas séries melodramáticas. Revenge chegou com seu status de novela mexicana e também se firmou. Mistresses segue essa mesma linha: drama de sobra e uma paulada de acontecimentos um atrás do outro, que nem sempre são sinônimos de bom roteiro ou credibilidade, mas que sem dúvida nos mantém assistindo a série, não importando o quanto tempo ela dure.

A série é uma versão da britânica de mesmo nome, que não foi uma grande sucesso lá nas terras da Rainha, rendendo apenas 3 temporadas e 16 episódios exibidos (as séries britânicas seguem um padrão diferente em relação ao número de episódios por temporada, muito diferente dos tradicionais 22 da TV aberta americana).  A ABC encomendou 13 episódios para a primeira temporada, que provavelmente será a única, considerando a baixa audiência desse episódio piloto, que alcançou mais precisamente 4,4 milhões de telespectadores, com 1.2 na demo. Não chega a ser uma péssima audiência para a summer season, mas a série precisa melhorar.

Enfim, você deve estar me perguntando sobre o que a série trata. Pois então, mistresses significa amante, simples assim. A série tem quatro personagens femininas como protagonistas e basicamente se ocupa em contar os dramas de cada uma delas. A primeira é Joss (Jess Macallan), corretora de imóveis (vocês já repararam como essa profissão é comum em séries e filmes americanos?), solteira, livre e sem pudores. Já me apaixonei por ela de cara. Por enquanto, não há mais muito sobre ela, pois infelizmente ela teve pouco espaço nesse primeiro episódio. Joss me pareceu aquela típica personagem que adora uma festa, farra e sexo, mas, como sempre, na verdade, bem lá no fundo, sente falta de alguém do lado. Por que sempre insistem que pra ser feliz devemos estar acompanhados?

Savi (Alyssa Milano, a Phoebe de Charmed) é a irmã mais velha de Joss. Advogada, casada e com problemas para engravidar porque seu marido é estéril. A imagem que ela passa é da típica certinha, que faz tudo como deve ser, ou seja, justamente o oposto de sua irmã. Porém, a série já acerta logo nesse piloto em desmascarar a personagem, quando ela se entrega ao colega de escritório após discutir com marido. Apesar de ter achado ela a mais sem graça das quatro, ainda assim gostei e estou ansioso para saber como ela irá lidar com a situação.

A personagem que mais gostei foi Karen (Yujiin Kim, a Sun Kwon de Lost). Uma psiquiatra, solteira, que teve um caso com um paciente, casado, de saúde fragilizada e pouco tempo de vida pela frente. Eis que o paciente morre, e a esposa acaba se aproximando de Karen, agradecendo o apoio que ela deu ao marido, principalmente por ter receitado medicamentos que aliviaram sua dor e permitiram que ele partisse de forma mais tranquila. Tudo parece já ser ruim o bastante, mas Sam, o filho do falecido, resolve conversar com Karen, rendendo a melhor cena do episódio, quando Sam chora imaginando que o pai morreu com raiva do filho. Gostei demais dessa parte da série e espero que continuem explorando tão rica trama.

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A última das quatro protagonistas é April (Rochelle Aytes, de The Forgotten), a mais comportada delas, ao menos até o momento. Eu também gostei dela, afinal geralmente tenho uma quedinha por personagens com histórias sofridas. Pois então, ela perdeu o marido três anos atrás e agora está começando a superar. Ela tem uma filha, e descobre que seu falecido marido, homem que tanto amou, tinha uma amante e inclusive outro filho. O episódio terminou quando ela descobriu isso, e pretendo ver a reação mais detalhada dela, pois April me pareceu uma personagem muito frágil.

Cabe dizer, por fim, que fiquei satisfeito com esse piloto. Não é nenhum primor de televisão, tipo Breaking Bad ou mesmo Girls, mas para quem gosta de uma trama mais novelesca e um bom drama, eu recomendo dar uma conferida neste episódio. Quando o fizer, não esqueça de voltar e deixar seu comentário. Além disso, se optar por continuar com a série, saiba que teremos reviews de Mistresses aqui no blog.


Micael Auler

Gaúcho que ama chimarrão e churrasco (tchê!) quase tanto quanto ama séries, filmes e livros. Para acompanhar, seja lá o que for, bebe: se não o chimarrão, café; ou então algo com um pouquinho de álcool.

Lajeado / RS

Série Favorita: The Good Wife

Não assiste de jeito nenhum: Supernatural

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