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No Ordinary Family

Por: em 23 de agosto de 2010

No Ordinary Family

Por: em

Editado: As primeiras impressões se baseavam no pre air exibido no site da ABC. A estreia oficial foi dia 28 de Setembro e o piloto trouxe algumas mudanças que você confere no final da review.

Tendo vazado na internet, depois de exibido pelo site da ABC, o piloto de No Ordinary Family já pode ser visto por você leitor, e caso suas expectativas tenham  sido alcançadas ou até, quem sabe, superadas, estamos todos no mesmo barco.

A série é uma das estreias mais aguardadas da fall season 2010. Comentada por críticos e entusiastas do mundo todo, No Ordinary Family surgiu como a personificação do filme Os Incríveis, e apesar de diversas semelhanças, são duas formas de entretenimento diferentes. O meu medo era essa premissa básica de pessoas normais adquirindo poderes. Isso lembra muito Heroes, e todo fã da série de Tim Kring sabe o pesadelo que Heroes se tornou.

Quase no fim do episódio eu estava com a sensação de correria! Achava que a história tinha sido corrida, com algumas situações forçadas. Mas o depoimento dos personagens Jim e Stephanie, se desculpando sobre a pressa de contar a história, visto que era intencional para começar a trama, acabou com todas as minhas angústias. Resultado: No Ordinary Family vale a pena, é divertida e tem muito, muito potencial!!

Basicamente é isso: A família Powell, desejando ser mais unida e se divertir como antigamente, faz uma viagem para o Brasil, e acaba caindo no Rio Amazonas durante uma tempestade. Na água, que pode estar contaminada com algum fluido, eles adquirem poderes que os transformam de comuns para extraordinários. Então começamos a ver como as novas habilidades transformam sua vida, os tornam mais próximos, além de acompanhar todo o esquema da série, que já em seu piloto mostra que não são só os Powells que possuem poderes.

A forma que contam a história é bem divertida, mas o que realmente chama atenção são os seus personagens e como são interpretados. A família Powell é ótima, visto que o Jim de Michael Chiklis consegue ser poderoso (Quarteto Fantástico) e vulnerável (The Shield) ao mesmo tempo. Jim, um ex-artista que trabalha em uma delegacia, precisa mostrar dureza para melhorar de vida no trabalho, mostrando ser capaz de pegar os vilões. Para isso, ele adquire super força, intangibilidade (dependendo da distância) e a capacidade de dar pulos gigantescos que o ajudam a atravessar a cidade rapidamente. Julie Benz (Dexter) é Stephanie, uma cientista renomada, que não tem tempo para a família, ela adquire super velocidade, o que só ajuda a melhorar sua vida. A filha mais velha é Daphne que com sua telepatia é capaz de saber em quem confiar; e JJ Powell, até então com déficit de atenção, passa a conseguir resolver os problemas matemáticos mais difíceis, virando um super crânio.

Todos supriram suas necessidades, mas seria isso uma dádiva de Deus, uma estranha mutação genética devido a água do Rio Amazonas, ou uma outra força misteriosa estaria por trás disso tudo? Isso descobriremos mais a frente, mas já sabemos que não são só os Powells que possuem poderes, já que no piloto, Jim enfrenta um homem capaz de se teletransportar. O genial é ver a família se ajustando e as situações que isso pode criar, como a ótima cena deles jogando futebol americano.

Eles já falaram que não usarão fantasias ou ficarão caricatos como toda boa história de super heróis, o que é tranquilizador. Era comum esperar que o pai da família fosse usar os poderes para salvar vidas, como pudemos ver, já que ele possui até um cômodo só para monitorar acontecimentos. Aliás, os personagens que não fazem parte da família são um show a parte. Romany Malco (Weeds) como George, o melhor amigo de Jim, está fantástico no papel. É divertido e irônico, sendo um braço direito do pai dos Powell. Autumn Reeser (The O.C.) é Katie, amiga de Stephanie, outro alívio cômico da série, além de Stephen Collins (7th Heaven) como o chefe de Stephanie, que apareceu pouco, mas tem potencial.

No geral, No Ordinary Family sabe entreter e divertir. Não é uma série que aparenta ter uma grande mitologia ou anos e anos de duração (pode acabar se esgotando), mas é uma boa aposta para os fãs de um bom divertimento, com ótimas interpretações. Vale a pena conferir!

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Editado: Após a exibição do piloto oficial da série no dia 28 pudemos observar algumas mudanças. Nada que seja de grande importância. Mudanças nos atores, como o namorado da filha Daphne e de algumas cenas mas com os mesmos diálogos. A principal mudança foi com o final do episódio que mostrou o chefe de Stephanie entrando em um prédio e conversando com um homem que conheceremos como The Watcher, interpretado pelo ator Josh Stewart. Ficamos sabendo que o tal chefe sabe sobre pessoas com poderes e manda o Watcher descobrir quem mais sabe sobre o homem que se telestransporta e que acabou morto com a ajuda de Jim. Ou seja, a família Powell corre perigo e há muita gente por trás da cortina.

Com esse final diferente ficou uma vibe meio Heroes, mostrando que existem pessoas que sabem dos poderes e que querem acabar com essas pessoas especiais. Heroes também tinha uma companhia que era uma fábrica de faxada para acabar com tais pessoas. Mas as promessas são de algo totalmente diferente, focando mesmo na família e no desenvolvimento dos personagens. Precisamos acompanhar os próximos episódios para saber para que lado a série pretende pender.


Caio Mello

São Bento do Sul – SC

Série Favorita: Lost

Não assiste de jeito nenhum: Séries policiais

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