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Recapitulando as 7 temporadas de Dexter

Por: em 28 de junho de 2013

Recapitulando as 7 temporadas de Dexter

Por: em

É isto mesmo Dextermaníacos. Está chegando a hora e está cada vez mais próximo o fim do nosso serial killer favorito e de todo o elenco desta premiada série que é Dexter. Como o próprio Michael C.Hall gosta de ressaltar, é difícil acreditar que a história de um assassino faria tanto sucesso e traria milhares de telespectadores para a frente das TVs americanas (e de todo o mundo) para acompanhar qual seria sua próxima vítima. Nós, apaixonados por este personagem, sabemos que Dexter é muito mais que sangue e assassinatos: a densa elaboração dos personagens, os diálogos bem trabalhados, a fotografia e o roteiro conquistam qualquer amante de uma boa história. Para terminar o nosso countdown para a oitava e última temporada da série, vamos ao último especial (que já contou com os 12 melhores episódios e as mortes mais marcantes) onde faremos um breve resumo das sete temporadas da história do serial killer. Se você não é fã dos spoilers agora é a hora de parar de ler e pegar a série para assistir.

1ª temporadaMarina

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A primeira temporada de Dexter tem tudo que uma temporada inicial deve ter para prender seus telespectadores: bom episódio piloto, bom enredo e excelente elenco. A história nos apresenta Dexter, um analista forense da Miami Metro Police especializado em sangue. Ele aparenta ser somente mais um charmoso e misterioso homem da polícia para quem o conhece, (sempre tendo que se esquivar das investidas de sua chefe Maria LaGuerta) mas logo no piloto descobrimos que o analista leva uma vida dupla: polícia de dia/assassino a noite. Nesta temporada Dexter nos mostra que seu pai Harry, para aliviar suas necessidades psicopatas, lhe ensinou a “matar quem merecesse”, dando início ao Harry’s Code. É por este código que Dex mata, se diverte, e controla o seu “caos” interno. Um “monstro asseado” de acordo com ele mesmo, o analista forense é descrito como privado de sentimentos, porém nutre um carinho fraternal pela irmã de criação Debra, que tem o irmão como ídolo após a morte do pai. Dex também apresenta a namorada Rita, que caracteriza como “tão estragada como ele”, e podemos ver suas dificuldades em lidar com amor, sexo e intimidade.

Nesta temporada conhecemos o passado sangrento de Dexter, que levou o protagonista a desenvolver tendências psicopatas, já que ele viu a própria mãe ser morta por dois homens e uma serra elétrica. Este passado é intimamente explorado por um vilão chamado pela Miami Metro Police de Ice Truck Killer. O ITK buscava as lembranças obscuras da infância de Dexter com sua família adotiva, tentando chamá-lo para algo que ele parecia não lembrar (ou bloqueava para não sofrer): sua mãe foi morta, mas ele não estava sozinho lá. Enquanto perseguia o ITK sua irmã Debra se envolvia com Rudy, um médico que se interessava muito em se aproximar de Dexter. O protagonista mal sabia que seu enredo para esta temporada teria final dramático: Rudy era o ITK e era também Brian Moser, seu irmão de sangue, deixado por Harry na mesma cena de morte de onde Dexter foi salvo. Rudy também sofreu consequências psicológicas com a morte da mãe e por isto começou a matar próximo de Dexter, como uma maneira de se reaproximar do irmão. Brian bem que tentou, e quase convenceu, o irmão mais novo a fugir com ele para que continuassem suas vidas como serial killers, mas a compaixão por Deb falou mais alto e Dex optou por assassiná-lo para proteger a irmã postiça de um possível futuro ataque. A culpa por matar Brian sempre vai andar junto de Dexter após esta primeira temporada.

2ª temporadaCamila

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A segunda temporada de Dexter começa mostrando os problemas que nosso serial Killer favorito tem depois de matar seu irmão, e com a mudança de Deb pra sua casa. Ao tentar se comportar mais como uma “pessoa normal” Dexter tem muitas variáveis na sua vida. A presença de Deb no apartamento no início da temporada dificulta um pouco suas atividades extra-curriculares, que já estão prejudicadas com a vigilância que Doakes monta sobre ele. O sargento não está facilitando sua vida, seguindo-o para onde quer que vá, despistá-lo para saciar sua sede de matança não é fácil.

Mesmo que Doakes tenha um pressentimento sobre Dexter, ele ainda percorre um longo caminho antes de ter alguma evidência sólida para poder incriminá-lo, e Dexter não estava nem um pouco disposto a deixar isso acontecer. Nem ele, nem Lila, a psicopata que apareceu para tornar a vida do Dexter muito mais confusa quando Rita pensa que ele tem um problema com drogas e o força a procurar aconselhamento, e Lila se torna sua madrinha. A personagem nos fez ter raiva de Dexter, principalmente quando ele conta seu segredo à ela e Lila se torna um perigo constante, sempre fazendo coisas inesperadas e colocando-os em risco. Todos sentimos um alívio quando Dexter pega um avião para Paris e encerra esse assunto da forma que já estamos acostumados. Mas o que marca mesmo a temporada é a participação do Lundy, o agente estrela do FBI que veio investigar o Bay Harbor Butcher (aka Dexter) e acaba namorando ninguém menos que Debra Morgan. Lundy compra a ideia de Dexter que Doakes é o Bay Harbor Butcher, e o sargento não pode provar o contrário pois foi incendiado pela Lila. A única pessoa que não acreditou na história foi a Tenente LaGuerta, que não vai esquecer o ex-parceiro.

3ª temporadaLaís

Dexter-3-temporada

A terceira temporada de Dexter é marcada por uma reflexão sobre a ética do protagonista, e mostra que mesmo para matar pessoas, é preciso ter princípios. O serial killer não parece ter aprendido muito sobre se abrir com as pessoas depois de Lila e desta vez deposita sua confiança e compartilha seus métodos com o promotor Miguel Prado. O problema é que logo ele percebe que seu novo melhor amigo de infância não mede esforços para tirar quem quer que seja de seu caminho, mesmo que se trate de uma mulher inocente. Quando Miguel passa a se encaixar no código de Harry, Dexter não apenas rompe a curta amizade, como acaba com a vida do promotor.

Enquanto isso, nos plots paralelos, temos Debra vivendo um romance com Anton e ganhando o esperado distintivo de detetive, a polícia investigando o caso do skinner e Rita descobrindo que está grávida. O serial killer pede a loira em casamento, sem imaginar o quanto sua vida ficaria mais difícil como um pai de família. A temporada é apontada por muitos como uma das piores da série, com um antagonista pouco carismático e plots desinteressantes, mas não se pode negar que ela faz uma boa ligação abaixando a poeira do eletrizante ano anterior e preparando o terreno para a marcante quarta temporada. 

4ª temporadaAline

Dexter

Nessa temporada vemos o serial killer mais amado de todos os tempos tentando viver a camuflagem perfeita como pai de família. E é então que Dexter conhece o antagonista da vez, Trinity Killer, que executa muito bem e friamente suas mortes há mais de 30 anos. Ele nós é exposto como um cara completamente normal, pai de família, trabalhador voluntário nas horas vagas e diácono na igreja da comunidade. Nesse momento, Dexter vê Arthur/Trinity num cenário perfeito e almeja aprender com ele e seu brilhante disfarce, finalmente poder conciliar suas diversas facetas. Paralelamente a esse drama todo, a personagem de Jennifer Carpenter não deixou a desejar e, com a volta e morte de Lundy, cresceu muito no enredo e comoveu com o sofrimento da perda do namorado. É nesse mesmo cenário que vemos o desespero de Dexter ao cogitar perder a irmã e conseguimos enxergar um pouquinho do desenvolvimento de sua personalidade.

No episódio até então mais visto de todos os tempos do canal Showtime, Dexter enfim derrota seu inimigo apenas para descobrir que o mesmo havia matado sua esposa, poucas horas antes. Numa sequência trágica, Dexter joga os pedaços de Trinity ao mar, enquanto almeja um futuro de plenitude ao lado de sua família, sem saber que isso já não é mais uma opção. É só quando o serial killer chega em casa, rumo a encontrar-se com sua amada, que a encontra banhada em seu próprio sangue, morta na banheira de sua casa, com o filho ao prantos, numa imensa poça de sangue, remetendo a ele mesmo em seu passado.

Uma temporada de episódios inesquecíveis com um saldo espetacular tanto no Emmy quanto no Globo de Ouro.

5ª temporadaIsabela

Dexter-5-temporada

Depois do final da 4ª temporada (uma das melhores temporadas de série de todos os tempos), e com a notícia que Julia Stiles integraria o novo elenco, as expectativas para a nova temporada eram altíssimas. Os produtores foram muito corajosos em começar a temporada logo depois do final da última temporada, o que trouxe uma dinâmica nova para a série. Nosso querido serial killer perdeu sua esposa, seu porto seguro, e acabou cometendo erros banais. No primeiro deles, acabou conhecendo Lumen, vítima de um crime bárbaro e testemunha do instinto assassino do Dark Passenger.

Lumen, que poderia ter sido o grande calo no sapato de Dexter, acabou sendo sua grande companheira. O “casal” possuía uma química incrível e protagonizou cenas memoráveis! Além disso, a 5ª temporada trouxe o suspeito policial Liddy, que desconfiou da integridade de Dexter. Enquanto isso Debra amadureceu bastante, tanto como pessoa como detetive. Os plots negativos foram o monótono relacionamento entre LaGuerta e Batista e o caso da Santa Muerte. O final da temporada não fugiu muito do esperado: o grande vilão Jordan Chase acabou envolto em plástico na mesa de Dex, e Lumen teve que partir. Apesar de ter sido uma temporada muito criticada considero que seu resultado tenha sido bastante satisfatório!

 

6ª temporadaDouglas

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Na sexta temporada, Dexter encontra um de seus vilões mais criativos na hora de matar. A série mostrou dois fanáticos religiosos, o professor James Gellar e Travis, que acreditavam que o fim do mundo estava chegando e, por isso, matavam. Depois de vários assassinatos surpreendentes (como, por exemplo, uma mulher degolada que posteriormente “transformava-se” em anjo) inicia-se um jogo de gato e rato entre Dexter e Gellar, onde Travis decidiu ajudar o nosso protagonista. Para a surpresa do público, o tal professor não existia realmente, e era um fruto da mente de Travis, que não passava de um psicopata. A caçada de Dexter começou e, na season finale, encontrou um fim: Travis tentou tornar Harrison sua última vítima, mas foi impedido e morto. Entretanto, Deb viu tudo e descobriu o segredo mais obscuro do irmão.

Nesta temporada também temos a introdução de um novo amigo de Dexter, o Brother Sam, que até era cativante, mas depois de alguns episódios foi morto e o serial killer foi procurar vingança. É também na season 6 que Debra se tornou tenente e começou a ser desenvolvido o plot em que ela percebeu seus verdadeiros sentimentos em relação ao irmão. A temática religiosa foi fortemente abordada neste sexto ano levando a várias reflexões, mas isso não bastou e por alguns outros motivos (como a previsibilidade e a repetição de ideias) esse foi o ano mais fraco da série.

7ª temporadaAlexandre

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A sétima temporada de Dexter tinha uma grande missão: Renovar, em uma parcela dos fãs, a esperança perdida depois do fatídico sexto ano, considerado por muitos como um escorregão feio da série. Os prognósticos, contudo, eram positivos, graças a descoberta de Deb no final do ano anterior. E, justiça seja feita, Dexter não apenas se recuperou de qualquer deslize, como renasceu das cinzas e entregou uma das melhores temporadas. O sétimo ano é especial por renegar a fórmula clássica que a série se impôs desde a primeira temporada, de um grande inimigo por ano. O foco, aqui, não é Isaac ou qualquer bandido que Dex tenha enfrentado: É ele, Deb e como a descoberta da irmã mudou tudo.  Acompanhamos, assim, todo o processo de aceitação de Debra: A repulsa. A negação. O medo. O nojo. O amor. Tudo intensificado. Assistimos a policial tentando “mudar” o lado negro do irmão, “convidando-o” para morar consigo; depois, ao ver que isso não adiantaria nada, vemos Deb abaixando a guarda (depois de ser salva por Dex de um assassino) e finalmente tentando entender o que significa toda aquela nova situação.

Enquanto isso, outras tramas seguem seu curso: Dexter conhece Isaac, integrante de uma máfia russa, que ensaia um conflito que acaba se tornando uma aliança às avessas no futuro. Em Isaac, Dexter acaba encontrando uma reflexão: Tudo o que ele queria era vingança pela morte de seu parceiro, a pessoa com quem ele podia ser ele mesmo – exatamente aquilo que Hannah, nesta temporada, representou para Dex. Ela surge em sua vida quando um antigo caso da Miami Metro é resgatado e Dexter enxerga, nela, uma versão feminina de si. A química explosiva logo leva a um relacionamento que desagrada diretamente a Deb, que, em um surto (após Hannah assassinar um potencial namorado seu, escritor), pede a Dexter que a mate. Quando descobre os motivos românticos do irmão para ter hesitado, Deb se deixa fragilizar e em uma das cenas mais emocionantes, revela seus sentimentos descobertos na temporada passada. E é toda essa confusão de sentimentos que faz com que ela, no season finale, dê o passo que muda toda sua vida: Atirar, a sangue em frio, em LaGuerta (que após encontrar uma lâmina do Bay Harbor Butcher na cena da morte de Travis passa toda a temporada investigando o caso, até chegar, certeiramente, em Dexter como o assassino), para impedir a prisão do irmão. Com os dois voltando a festa de ano novo após o acontecimento e Hannah fugindo da prisão (depois de ter sido entregue pelo próprio Dex, quando ele a acusa de ter tentado matar Deb), a temporada se encerra, coroando o que é, de longe, uma das melhores sequências de episódios que Dexter apresentou.

Dia 30/06 agora pode chegar. Estamos prontos pra você!


Marina Sousa

Mineira radicada em SP. Pão de queijo + séries + música. É fã de listas, maratonas e, claro, trilhas sonoras.

São Paulo/SP

Série Favorita: Friends

Não assiste de jeito nenhum: Lost

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