Revenge sempre foi uma série apoiada em dois grandes pilares: a vingança e a família. Emily teve a sua família destruída e passou três temporadas tentando devolver a gentileza aos Graysons. Eles, por sua vez, apesar de todo o egoísmo, sempre colocaram a família em primeiro lugar – mesmo que isso significasse destruir todo mundo ao redor. Famílias de comercial de margarina – mas com um toque todo especial de pimenta. Loss trouxe novamente esse foco para dentro da série, e por isso ele foi o episódio com mais cara de “Revenge” deste retorno.
O olhar para as tramas familiares já estaria bem explícito no episódio, mas eles não perderam a oportunidade de jogar um letreiro neon sobre ele com aquela comparação entre David e Jack sendo presos enquanto seus filhos gritavam desesperados (Adivinhem quem estava morrendo de saudade dos gritinhos estoura-tímpano da young Amanda? Isso mesmo, ninguém!). Vamos combinar que não era pra tanto, afinal, antes dos oito minutos de episódio o Jack já estava solto novamente.
Mas foi justamente essa velocidade nos acontecimentos que fez de Loss um episódio gostoso de acompanhar. É claro que não poderiam faltar alguns absurdos, como aquele sangue que fica no bolso do capanga da Margaux e não estraga e a mãe muito louca do Jack tentando salvar o filho da cadeia… indo para a cadeia. Mas sem esses detalhes a coisa toda não teria nenhum charme, não é mesmo?
Para provar a inocência de Jack, Emily usou todos os recursos possíveis: tribunal, luta, ameaça, análise de câmera de segurança, água batizada e por fim a boa e velha chantagem. Além dessa missão, ela ainda teve tempo para colocar o papo em dia com David, levantar a bandeira branca pra Margaux e resolver algumas pendências com Victoria. Emily estava especialmente emotiva nesse episódio, e pela primeira vez consegui ver uma ligação de verdade entre ela e o pai, mesmo que em gestos simples como cuidarem juntos do Carl ou darem um abraço.
Louise decidiu abrir o jogo com Nolan sobre a morte do irmão, o que é ótimo, pois nos poupa de algum plot dramático com ele descobrindo que ela mentiu, ficando magoado e etc. A família que eles formam não é exatamente convencional, justamente por isso eu espero que eles tratem o plot do boy magya do conselho tutelar como sendo parte do cotidiano de um casamento aberto, e não como uma traição.
Natalie desapareceu como se jamais tivesse existido na série, por isso Victoria foi a única personagem a fazer figuração de luxo em Loss. Ela até apareceu bastante, mas só pra corujar o filho do Daniel, falar sobre a fundação do Daniel e essas coisas de mãe. Se antes já dava pra suspeitar que ela acabaria se aliando à Margaux contra Emily, agora que o Grayson sementinha se foi e ela acha que a loira é a culpada por isso, não resta a menor dúvida! Mas realmente não entendi qual é a da Margaux… a única coisa que explica essa mudança toda no seu caráter é ela ter assumido a vaga de personagem descaracterizado que Daniel deixou em aberto.
Algumas observações:
– O romance de Emily e Ben parece que subiu no telhado, né?
– A cara de “gente, qual é a necessidade disso?” que o Carl fez pra Emily no início do episódio foi ótima. O guri não tem nem dois anos e já é melhor que muitos atores que já passaram pela série.
– Já estava com saudade do olhar com sangue nos olhos da Victoria pra cima da Emily. Convenhamos, Natalie nunca foi uma rival à altura.
– Margaux tinha um objetivo: limpar a memória do Daniel por causa do filho. Daí o filho morre por causa dessa ideia de jerico e em vez de deixar pra lá, ela resolve continuar? Amiga, assim não dá pra te defender. Por isso vou terminar o post com esse lindo momento Mastercard (dsclp, Daniel Jr.):