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Criminal Minds 5×22 – Our Darkest Hour (Season finale)

Por: em 31 de maio de 2010

Criminal Minds 5×22 – Our Darkest Hour (Season finale)

Por: em

Criminal Minds é uma série da qual sempre espero mais do que vimos nessa Season Finale. O seriado segue uma fórmula muito boa para produzir episódios: Drama+ serial killer aterrorizante+ambientes propícios +boa participação dos personagens+ ação+excelente edição. E faltou  nesse episódio mais drama, mais perigo, mais ação… A história era excelente, o ator Tim Curry é ótimo, e nós sabemos que Criminal Minds é um Thriller capaz de fazer grandes seasons finales, com episódios tensos, de nos fazer pular da cadeira, mas este não foi um desses.

Durante os anos anteriores, as seasons finales foram muito mais empolgante e curiosas do que a dessa 5ª temporada. A 5ª temporada me arrisco a dizer que foi a melhor até aqui, com os melhores episódios, todos com um nível excelente, histórias diferentes, os atores vem melhorando constantemente, a edição continua brilhante, mas este… não seguiu o padrão da temporada, onde até a pacata cidade no Alaska foi mais aterrorizante.

O episódio passado, The internet is forever, foi muito mais tenso e aterrorizante que esse, no qual um serial killer caçava familias na escuridão, quando Blackouts aconteciam em Los Angeles por causa do grande calor que fazia. Imaginem o terror de estar num calor de 40°C, blackout acontecendo, ou seja, sem ar condicionado ou ventilador, e você não poder abrir as janelas por causa de um serial killer?

O ambiente onde os crimes ocorriam era a escuridão, quer coisa que dá mais medo que isso? O escuro é de fato uma das coisas que as pessoas tem mais medo, por causa do desconhecido, já viu como nossos sentidos ficam mais aguçados? O episódio começou excelente, e a primeira morte foi aterrorizante, e tinha tudo para continuar assim, mas pararam por aí. Mais uma familia vítima e tudo ficou pacato. O Assassino escolheu seu próximo alvo no tempo perfeito para a equipe do FBI descobrir né? Muito fácil assim.

Tim Curry interpreta muito bem seus personagens, e um assassino que não fica no mesmo lugar, que já passou por muitas cidades poderia ser aterrorizante se não tivessem mostrado um motivo meio bobo para a sua volta a Los Angeles. Ou até o motivo poderia ser o mesmo, já que o detetive agora é um ídolo da população da cidade, mas que não fosse isso o desfecho do episódio.  Que o drama fosse mais denso, como a conversa do detetive Spicer com o Morgan, sobre os sentimentos de uma perda brutal na infância.

As descobertas foram muito rápidas, o que o assassino estava procurando, porque ele voltou a L.A., onde ele iria, o encontro do detetive e Morgam com o assassino, foi tudo tão rápido que quando acabou, pensei, mas já? Além do desfecho não ter sido bom, achei que mais alguma coisa aconteceria antes do final para igualar esta season finales com as outras.  A história do detetive Spicer e seu passado poderia ter sido trabalhado de maneira diferente, para ficarmos curiosos, quem sabe só descobríssemos como ele realmente perdeu os pais no primeiro episódio da próxima temporada? Encontrassem uma outra maneira de colocar o assassino e sua filha na sua casa.

Shemar Moore (aka, Derek Morgan) também não é mais convincente dos atores da série. Penélope ou Dr. Reid são personagens muito mais expressivos, e na situação em que o Morgan se encontrou, o Dr. Reid teria sido mais persuasivo. Lembram quando na primeira temporada ele convenceu uma assassina a não atirar e se entregar? Quando o foco das histórias é no Derek, o ponto central é a ação, e os roteiristas erraram em coloca-lo numa situação em que ele não é dos melhores. Entendemos que ali cada um tem perfil diferente e eles tem que saber aproveitar essas diferenças, não forçar uma situação que não favorece nem o ator, nem o personagem, muito menos a história.

Our Darkest Hour tinha todos os ingredientes para ser um final de temporada perfeito para a excelente 5ª temporada, mas deixaram isso escapar. Agora é aguardar setembro e ver qual o desfecho darão para o caso e torcer para que não seja tão previsível.


Camila

Mineira, designer, professora que gosta tanto de séries que as utiliza como material didático.

Belo Horizonte/MG

Série Favorita: Fringe

Não assiste de jeito nenhum: Supernatural

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