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Desperate Housewives 7×22 e 7×23 – And Lots of Security… e Come on Over for Dinner (Season Finale)

Por: em 23 de maio de 2011

Desperate Housewives 7×22 e 7×23 – And Lots of Security… e Come on Over for Dinner (Season Finale)

Por: em

Eis que Desperate Housewives terminou a sétima temporada (já renovada para uma oitava) mantendo a coerência dos 21 episódios anteriores: alternando bons momentos com alguns não tão bons assim.

Boa parte da minha falta de animação com a season finale vem das minhas próprias expectativas. Quando vi que seria um episódio duplo, pensei que a resolução da trama do Paul/Felicia duraria os dois episódios e não fosse resolvido da forma simplória como foi. E esperava que a aparição do padrasto da Gaby ficaria para aterrorizar a próxima temporada.

Não posso negar que fiquei com o coração na mão quando vi que a Felicia insistiria em matar o Paul lentamente. Por um lado, fiquei pensando “Mas que tonta, é assim que todos os vilões são derrotados. Se é para matar, que seja algo rápido – e fuja logo em seguida”. Por outro, queria mesmo que a Susan (ou qualquer outro vizinho) os encontrassem e salvassem o Paul. Comecei a temporada com um baita pé atrás – e me divertindo com as maldades dele -; terminei torcendo muito pela salvação. Afinal, ele se arrependeu, mudou, queria viver em paz.

A Susan, com sua ingenuidade e vontade de fazer o bem… pensei mesmo que ela fosse ficar a season finale inteira presa. Tinha outras formas de se expressar sem se acusar ainda mais!

Uma coisa que me deixou revoltada na primeira parte do episódio foi a facilidade com que a Felicia foi eliminada do mapa. Anos assistindo séries dramáticas me ensinaram que não devo acreditar que um personagem morreu se eu não vi o corpo e o enterro, mas foi esta a sugestão que nos deram: sofreu um acidente de carro e morreu pela própria obsessão. Não duvido nada que ela volte daqui alguns episódios, culpando o Paul pela batida.

Outras cenas que me deixaram quase sem fôlego foram as protagonizadas pelo casal Lynette e Tom. Eles são a minha dupla preferida na série e foi de partir o coração ver que eles podem mesmo se separar. Eu não conseguia nem pensar em formas ou alternaivas para os dois se reconciliarem sem ser um tempo separados.

Depois de tantos anos de casado e tendo superado cinco filhos, desastres naturais e a quase falência, é complicado dizer que eles vão simplesmente superar a crise porque o amor vai falar mais alto. Não tenho dúvidas de que eles se amam, mas parecem que estão em lugares bem diferentes na vida e precisam ver primeiro o que querem da vida separadamente antes de decidirem voltar (se é que irão voltar a ficar juntos). Esta história é o maior cliffhanger para a próxima temporada, na minha humilde opinião.

Até mais do que o corpo escondido na sala.

Antes de falar da Gaby, vamos à Renee e seu “amor para a vida toda” que durou algumas horas e a Bree com o Chuck. Eu estou tentando, mas não consigo gostar totalmente do detetive, tem algo nele que não bate. Achei engraçada a teoria do Lee de que ele seria gay (e, assim como a Bree, também cheguei a começar a acreditar nela), mesmo sendo um baita de um clichê tudo o que vimos na balada. Esta foi a parte divertida do casal.

Infelizmente, tivemos uma ideia de jerico da Bree de ir gastar na loja de roupas da ex do Chuck só para atrapalhar o divórcio, né? Era óbvio que, uma hora, ela ia escorregar no disfarce e a mulher descobriria tudo.

Não me sinto confortável com o Chuck aparecendo de uma hora para outra, sem o mínimo de satisfações, “passeando” por Wisteria Lane, stalkeando a Bree e iniciando um relacionamento com ela. Acho isso doentio demais, algo vai dar muito errado nessa história.

A Renee está sendo um ótimo alívio cômico para a temporada. A adição da Vanessa Williams ao elenco foi perfeita e a Renee é fútil na medida certa: é a típica personagem que age da forma mais superficial possível só para esconder que ela tem um coração, que se preocupa com as amigas, que se ressente quando elas voltam a morar na rua e não batem na sua porta (né, Susan?) e gosta da companhia das pessoas porque não consegue viver bem sozinha consigo mesma.

Fiquei muito feliz em ver que ela continuará no elenco da próxima temporada. A Lynette vai precisar de todas as amigas que puder.

A trama da Gaby me decepcionou um pouco porque eu esperava ver mais do Paul na finale. Acho que seria um cliffhanger melhor se o Alejandro continuasse na espreita e só a atacasse em casa na season premiere. A não ser que ele ainda esteja vivo no baú, não acho a trama de “esconder o corpo” uma das melhores.

Claro que, a parte que mais gostei disso tudo foi o Carlos voltar a ser amigo da Bree. Já dizia o ditado que “amigos de verdade são aqueles que ajudam a esconder o corpo” e foi isso o que as donas de casa da vizinhança fizeram. A partir desse dia, o Carlos vai ter que pensar duas vezes antes de reclamar que a mulher passa tempo demais fofocando com as vizinhas.

Por fim, tenho que dizer que não gostaria de ser a Gaby neste ano que se passou. Se eu fosse ela, estaria gastando horrores na terapia. Não consigo nem imaginar o quão difícil é superar a perda de uma filha e a volta de um pesadelo. Foi sensacional a coragem que ela teve de fazer aulas de tiro para tentar se defender; eu estaria um caco emocionalmente e só ia querer me enfiar na terra e esperar o mundo acabar.

Apesar de Desperate Housewives não ter tido uma temporada espetacular, teve uma série de bons episódios, mantendo o ritmo sempre constante. O Paul foi um ótimo vilão e a transformação que ele sofreu nestes 23 episódios são de bater palmas. Ele evoluiu muito e me fez torcer para que ele ficasse na rua, mesmo com alguns vizinhos não apreciando a presença dele. E o melhor: ele conseguiu dar uma história para a Susan, que andava bem apagadinha.

Ainda não temos a data de retorno das séries, mas devemos nos ver de novo em setembro. Até lá!


Bianca

Feminista interseccional, rata de biblioteca, ativista, ama filmes, séries, cultura pop e BTS. Twitter sempre vai ser a melhor rede social.

São Paulo - SP

Série Favorita: Grey's Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: Lost

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