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Desperate Housewives – 8×18 Any Moment

Por: em 29 de março de 2012

Desperate Housewives – 8×18 Any Moment

Por: em

Se o episódio anterior era só drama por conta da morte do Mike, este foi bem leve e praticamente só teve momentos divertidos. Já comecei rindo demais das “dicas” do Ben, com vários sinais de que ele iria pedir a mão da Renee e o momento tão esperado nunca chegava.

Por este comecinho, com os policiais indo até a casa do Ben, achei que teríamos um episódio tenso, com a Bree na delegacia tendo que se defender do mundo. Mas ao invés disso, tivemos um filler bem divertido. Mesmo tendo sido um episódio bom, estou começando a ficar preocupada com o final da série e tantas enrolações a poucos momentos do fim.

A Susan foi a única que teve um pouco de drama, com o MJ causando muita dor de cabeça na escola e ela dando apoio para as malcriações dele em casa. Eu não tive nem coragem de pensar algo ruim; estava bem claro que ela estava muito pior do que o filho e não ia ter condições de fazer a correção necessária. Até achei que a Julie fosse assumir o papel de mãe, por mais contraditória que seja a condição dela, e, sei lá, ter um insight e decidir ficar com o bebê. Isso porque o Marc Cherry é conservador e se a conversa sobre um possível aborto nem passou pela cabeça dos personagens quando descobriram a gravidez, estou começando a duvidar que a Julie realmente decida deixar o bebê para a adoção.

No fim, nada melhor do que quebrar algumas coisas para ver se extravasamos um pouco da dor, raiva e frustração. Não sei se essa terapia funciona mesmo, mas nos seriados, parece ser uma prática até que comum. Sempre fico a fim de comprar uns pratos super baratos e deixar estocado para esses dias em que eu vou precisar quebrar alguma coisa. Embora eu tenha me emocionado nessa cena, achei bizarro o MJ ter força para jogar o pote de geleia mais alto ou na mesma altura e com a mesma força do que a Susan. Foi um errinho bobo de continuidade (o primeiro pote nem poderia ter sido jogado com a intensidade que foi mostrada, porque o MJ estava um pouco relutante em fazê-lo), mas poderia ter sido evitado.

Aliás, quem ficar com saudades do Mason Vale Cotton, o ator que faz o MJ, pode vê-lo na quinta temporada de Mad Men, como um dos filhos de Don Draper.

Tivemos a volta de mais um personagem querido nesta reta final: Andrew foi visitar a mãe com uma história super esquisita sobre deixar de ser gay, estar super apaixonado por uma menina e casar com ela. Minha reação foi a mesma da Bree quando vi a menina: um grande “WTH?”. Gostei da festa que a Bree decidiu dar para (desmascarar) o filho, foi muito mais sutil do que eu pensaria em fazer com alguém. Muito do que aconteceu nesta história em específico foi muito estereotipado, mas fiquei pensando em quantas mulheres com baixa auto-estima decidem namorar ou casar com um gay só para não estarem sozinhas.

Bem, de qualquer forma, fiquei satisfeita em ver que a Bree colocou um pouco de senso na cabeça da menina e que o Andrew vai morar com ela por uns tempos. Nesses tempos que estão por vir, qualquer ajuda vai ser mais do que bem vinda.

Só eu achava que a polícia simplesmente apareceria em Wisteria Lane e prenderia a Bree? Não achei que precisasse grampear o telefone dela.

A Gaby, como quase sempre, foi a responsável pela maior parte cômica do episódio. As cenas dela na loja, indo de arara em arara, pegando os melhores itens e combinando-os rapidamente deram um tom muito leve e gostoso para o drama dela. Sempre acho fantástico quando as mulheres conseguem pegar várias peças e montar um figurino bonito sem ficar horas olhando a loja inteira.

Quando o dono do local disse que a Gaby era um gênio, imaginei que ele a chamaria para trabalhar ali. Tudo se encaixou perfeitamente nos planos da Gaby, só resta saber até quando o Carlos estará de boa com tudo. Mesmo sendo uma ideia boa para manter o padrão de vida deles, mandar as filhas para uma escola particular e, quem sabe, mandá-las para uma boa faculdade, tem um certo conflito com a filosofia que o Carlos quer seguir. Ele quer ajudar os outros e não vê mais sentido em viver uma vida tão cheia de futilidades; ela não quer abrir mão dos luxos que sempre teve com o marido.

Mas também não duvido que os roteiristas optem por focarem em problemas da Gaby no trabalho do que o Carlos e a Gaby entrarem em uma crise. Afinal, já temos a Lynette e o Tom nesse departamento.

E falando deles, eu passei o tempo todo do “mini-encontro” dos dois pensando que aquilo nunca daria certo. Quase em todas as séries, quando temos um ambiente cheio de velas, algum personagem acaba se queimando e isso levaria a Lynette a se entregar. O tempo todo, dava para perceber que os dois têm química e que viveram coisas lindas no passado, mas, de novo, o Tom está querendo ir em frente – mesmo que tenha ficado um pouco balançado depois.

A Penny foi a que me fez repensar um pouco sobre os dois. Ela citou uma música da Taylor Swift (que, me julguem, eu adoro!) e disse que não seria um bom vídeoclipe se o casal não ficasse junto no final. Acho que isso pode ter sido uma dica para o que o futuro reserva para o Tom e a Lynette.

Por fim, um comentário rápido: tadinha da Renee! Ninguém deu muita bola para o noivado dela! A Bree estava mais interessada em saber do corpo que encontraram na construção (obviamente) e a Lynette estava mais perdida nos próprios pensamentos do que em qualquer outra coisa.


Bianca

Feminista interseccional, rata de biblioteca, ativista, ama filmes, séries, cultura pop e BTS. Twitter sempre vai ser a melhor rede social.

São Paulo - SP

Série Favorita: Grey's Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: Lost

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