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Dexter – 8×06 A Little Reflection

Por: em 5 de agosto de 2013

Dexter – 8×06 A Little Reflection

Por: em

“Potencial? Ele é um assassino, ele merece morrer”. – Dexter

“Isto não soa um pouco intolerante vindo de você?” – Vogel

Dexter, Dexter, Dexter. Não era nenhuma novidade para nós que Vogel se aproximou de uma maneira muito estranha de você, mas agora começamos a ver um sentido em tudo isto. E claro que você, na ânsia de achar mais uma pessoa com quem possa compartilhar suas peripércias sanguíneas, acatou o pedido da doutora louca (porque aquilo não é psiquiatra na minha concepção) em treinar o tal Zach Hamilton. Um estagiário para Dexter? É isto mesmo? Não sei vocês, mas não consegui ver alguma ponta de equilíbrio naquele rapaz, e claro que pode ser mais uma das raízes desta história que não vai acabar bem. Vale um lembrete que, a última vez em que Dex retirou alguém de seus plásticos, o desenrolar dos acontecimentos não foi dos mais felizes.

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Zach, o protótipo de serial killer.

O episódio de ontem foi mais uma boa continuação do fim desta história que já está pra lá de dramática. Mas me chamou mais atenção a construção das cenas do que o roteiro em si. Fica um grande destaque para as cenas que remetem ao passado de Dexter: as cenas de crime com linhas vermelhas para simular sangue, o velho hábito de Dex em comprar e oferecer donuts aos outros, o encontro dos irmãos Morgan regado a cerveja e steak…este episódio foi bastante baseado na nostalgia que estes momentos nos oferecem. Quero reforçar também o belo jogo de câmeras na cena de Dex e Deb na cozinha do apartamento do serial killer, onde o foco sai dos irmãos para a foto dos dois localizada em cima da mesa de Dex. Discretamente genial. Por outro lado, apesar de ser um episódio relativamente lento, os autores nos proporcionaram vários e diferentes plots para acompanhar. Tentarei abordar todos.

Falando ainda nos irmãos, é possível ver um leve desconforto na relação deles, mas é nítido que Deb está tentando administrar toda a informação que recebeu nas últimas temporadas. Mérito da Dra. Vogel ou não, neste momento ela aceita o irmão como ele é. Mas…nunca se sabe quando esta tranquilidade vai se quebrar. E claro, Dex mostra cada dia mais a importância que a irmã tem em sua vida, vide o diálogo sobre o steak no apartamento. Ainda no plot de Deb, gostei de finalmente colocarem as cartas na mesa para ela e Elway, ele não podia ser mais um personagem secundário, e confesso que, apesar de vê-la bem, trabalhando, longe do álcool e de confusões, ainda sinto um pouco de falta daquela personagem caótica construída por Carpenter nos primeiros episódios: ela demandava muito mais da atriz do que agora.

“Você disse uma vez que os meus steaks eram tão bons que valia a pena viver. Por alguma razão eu sempre lembrei disto.” – Dexter

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É claro que havia mais do que amizade para Elway e Deb.

Quinn me anima e me desorienta. É claro que não queremos que ele pegue Dexter com a mão na massa, mas a lentidão do policial é de tirar qualquer um do sério. Talvez Batista esteja certo em não colocá-lo para sargento, mas torço fortemente para que a incansável busca por provas contra Zach no caso Norma Rivera leve o policial a provas mais concretas sobre Dex. Inevitavelmente isto terá que acontecer. Ainda nos plots dos secundários, destaque para Massuka que continua um ogro em relacionamentos, conseguindo afastar a filha que, neste momento, não queria dinheiro.

massuka

Massuka e a filha (que não é interesseira).

Outro personagem com destaque no episódio de ontem foi Harrison. O filho de Dexter está crescendo em participações nesta temporada, o que me convence que o pequeno Morgan poderá ser importante para o encerrar da série. Finalmente estão usando o quão complexo para Dex é ser um pai. Quando Harrison questiona sobre as mentiras de Dexter logo imaginei como seria o futuro do relacionamento de pai e filho. Uma criança perdoa as mentiras (e os erros e ausências) do pai, mas e um adolescente? Dexter no fundo sabe que Harrison é um de seus pontos mais fracos, e pode ser através dele que ele pode ser pego. Começou com um cachorrinho de pelúcia sujo de sangue, mas e quando ele começar a entender as provas que o pai deixa para trás? Ainda falando no analista forense e seus relacionamentos, realmente não deve ser fácil para um serial killer conversar sobre assuntos alheios em um encontro. Uma pena. Sinto falta de uma mulher normal ao lado de Dex (sim eu gostava dele com Rita).

Episode 806

Jadon Wells: destaque na trama como o pequeno Morgan.

Mas vamos, mais uma vez, ao que importou em todo o episódio: a cena final. Era claro que Hannah ia voltar (ela não ia deixar a prisão sair barata), só não sabíamos que ia ser tão rápido e tão fácil. Ver os irmãos Morgan facilmente envenenados pela ex-namorada de Dexter só nos mostra o quando eles estão vulneráveis a ela. O que Hannah quer? Porque ela não os matou de vez? Adoro terminar os episódios em cliffhangers, só não gosto de lembrar que faltam mais seis episódios para o fim.

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Dexter com a cara que ficamos ao final deste episódio: Hannah, sério?

Até semana que vem!


Marina Sousa

Mineira radicada em SP. Pão de queijo + séries + música. É fã de listas, maratonas e, claro, trilhas sonoras.

São Paulo/SP

Série Favorita: Friends

Não assiste de jeito nenhum: Lost

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