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Doctor Who – 7×11 Journey to the Centre of the TARDIS

Por: em 2 de maio de 2013

Doctor Who – 7×11 Journey to the Centre of the TARDIS

Por: em

Journey to the Centre of the TARDIS foi uma coisa linda de se ver. Fiquei muito feliz, principalmente porque o episódio atendeu todas as expectativas criadas por seu título fantástico. Acredito que este tenha sido um dos melhores da temporada até agora. Definitivamente um dos meus favoritos da 7ª temporada.

Doctor-Who-7x10-1Não tinha como não esperar muito de um episódio chamado “Jornada para o centro da TARDIS”. A história começa quando o Doutor, em uma tentativa de criar um bom relacionamento entre Clara e a TARDIS, coloca a nave no modo de voo básico para deixar Clara pilotar. O problema é que eles estavam voando próximos de uma base de salvamento de naves (pelo o que entendi, seria algo como um ferro velho intergaláctico, em que eles procuravam partes úteis no meio do lixo espacial).

O problema é que a TARDIS foi extremamente danificada pelo puxador magnético e Clara ficou presa dentro dela. Nesta situação, o Doutor pediu delicadamente para que os dois irmãos e o androide da base de salvamento ajudassem a encontrar a moça. Com todos trancados dentro da nave, começa uma história fantástica. A TARDIS é uma das melhores naves já inventadas no mundo da ficção. Conhecê-la de perto sempre foi o sonho de muito fã de Doctor WhoJá havíamos visto os corredores dela em episódios passados, mas acredito que esta foi a vez que tivemos mais detalhes do seu interior.

Adorei toda a exploração da nave com Clara. Doutor, como já esperado de um Senhor do Tempo de mil e tantos anos, guarda vários souvenirs de suas viagens e amigos. Pudemos ver novamente vários objetos já conhecidos por nós, como o berço e a TARDIS de papelão de Amy. Além disto, vimos outras coisas novas, como a piscina, a fantabulosa biblioteca e o (lindíssimo!) livro da “História da Guerra do Tempo”. Esta seria uma aula de história que manteria minha atenção do início ao fim.

Toda a história do episódio foi esplendidamente construída. Não estou tentando ser exagerada, mas realmente acho que a trama fez muito sentido e gostei do ritmo usado, que não foi nem exageradamente lento nem mais rápido do que deveria. Se na temporada passada tivemos a TARDIS em forma humana em The Doctor’s Wifeneste episódio tivemos a nave agindo com a mesma personalidade já apresentada, só que sem falar. Achei as atitudes da Sexy bem consistentes com o que já conhecíamos dela.

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Desde o princípio fiquei intrigada com os “monstros”. Fiquei imaginando porque haveria seres como este dentro da TARDIS. Mas em pouco tempo cheguei a conclusão de que qualquer coisa poderia habitar dentro da TARDIS e não seria impossível que o Doutor não tivesse conhecimento do fato. Tudo começou a fazer sentido quando percebemos que a TARDIS estava vazando o passado. Parece muito lógico que em uma situação como esta, o futuro também vazaria. Só consigo imaginar o desespero de Clara ao perceber que durante todo tempo ela esta fugindo do próprio futuro.

O episódio ficou melhor a cada minuto que passou. A parte na sala de máquinas foi excelente. Senti uma dor no coração quando vi a TARDIS explodida. Nesta etapa da história, Doutor não consegue mais aguentar o fato de não entender o mistério da existência de Clara. Ele deixa claro que a moça é companheira dele não só porque ele a achou interessante, mas porque no fundo ele suspeita dela. E todos sabemos que o Doutor adora cutucar um vespeiro. Ele não tem certeza absoluta de que ela é uma amiga de verdade, mas ainda assim ele a colocou dentro da TARDIS.

A resolução, apesar de não ser nada inédita em Doctor Who, foi bastante satisfatória. Fiquei triste de saber que Clara esqueceria de tudo que o Doutor contou para ela sobre todas as vezes em que ela morreu. Mas o que me chocou de verdade foi quando ela disse que viu o nome real dele no livro. Fico imaginando se nenhuma das companheiras anteriores teve a curiosidade de explorar aquela linda biblioteca. Tenho certeza que eu gostaria de passar um tempo ali e sem dúvidas daria uma espiadinha em um livro chamado “A História da Guerra do Tempo”. Mas talvez o Doutor simplesmente nunca apresentou a biblioteca a ninguém.

Sobre os tripulantes da base de salvamento, não tenho muito o que comentar. Foi interessante a história do androide e do irmão egoísta, mas dificilmente eles conseguiriam ter um destaque muito grande em uma história como esta. Não consigo imaginar que tipo de pessoa faria um irmão acreditar que é um androide (todos lembram que os androides sofrem um grande preconceito, certo?) simplesmente para assumir a posição de capitão da nave. Ainda bem que no fim o irmão encontrou um resto de decência dentro dele.


Keyla Mendes

Uma paulista vivendo em Minas esperando pacientemente o momento de sair para conhecer o mundo. Ou, quem sabe, o universo... Tudo depende de um certo Doutor e sua cabine mágica.

Lavras / MG

Série Favorita: Joan of Arcadia

Não assiste de jeito nenhum: Séries médicas

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